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22 abril 2015

Petrobras: Recorde

Como a empresa gosta de se gabar: mais um recorde. O maior prejuízo da história da contabilidade brasileira.

Petrobras: Fluxo de Caixa

A empresa teve um fluxo das atividades operacionais de 62 bilhões, seis bilhões a mais que em 2013. Estranhei o fato disto não ter sido destacado.

Na verdade existe outros aspectos que precisariam de análise. Mas o foco é a questão da amortização

Petrobras: Conta


O valor da amortização foi de 51 bilhões. O prejuízo foi de 22 bilhões. No ano passado a empresa teve um lucro de R$24 bilhões. Agora façam a conta:

Valor da baixa + Prejuízo =~ Lucro do ano anterior
51 bilhões - 22 bilhões = 29 bilhões

A empresa mandou uma mensagem subliminar para o mercado? (Em outras palavras, se não fosse a amortização o resultado seria até melhor que do ano de 2013)

Petrobras: Perguntas e respostas

Numa postagem recente consideramos quatro questões que deveriam ser respondidas com as demonstrações:

1) Qual o tamanho da amortização? Resposta de 6 bilhões para corrupção e 45 pela recuperabilidade, totalizando 51 bilhões.

2) Haverá uma separação entre a amortização decorrente da corrupção daquela referente ao teste de recuperabilidade? Sim.

3) Haverá uma redução no passivo avaliado a valor justo? Qual o tamanho desta redução? Não

4) Haverá um esclarecimento adequado da metodologia utilizada? Sim.

Petrobras: Auditores

No arquivo divulgado agora não constam notas explicativas, nem o parecer do
auditor.

Afinal, o parecer foi com ou sem ressalvas?

Petrobras: Metodologia

Desenvolvemos uma metodologia para estimar os gastos adicionais frutos do esquema de pagamentos indevidos revelado pela Operação Lava Jato.

Mas a empresa não contratou consultores para fazer isto?

Petrobras: Quem praticou?

A empresa fez questão de afirmar que “a companhia não realizou qualquer pagamento indevido”. Lembrando Jensen, uma empresa é uma ficção jurídica. Assim, um preposto da empresa teve recebimento indevido.

Mas o que importa é saber se este argumento irá funcionar na justiça. Os processos contra a empresa em outros países talvez resulte em pesadas punições para a empresa e seus gestores. Mesmo não tendo realizado nenhum pagamento, a empresa participou de um “esquema” e foi leniente.