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25 julho 2014

Rir é o melhor remédio


A contabilidade dos candidatos à eleição

Temos ouvido críticas por parte de alguns candidatos que irão concorrer nas próximas eleições, em função da exigência estabelecida pelo TSE (Resolução 23.406/14) de que os candidatos deste ano têm que submeter a sua prestação de contas ao crivo de um profissional da Contabilidade. O objetivo deste escrito não é defender os profissionais contábeis. O que queremos dizer é que a Contabilidade possui normas técnicas próprias que a maioria da sociedade e dos profissionais de outras áreas desconhecem.

Prestar contas, para os profissionais contábeis, não é simplesmente lançar recebimentos e pagamentos, mas registrar todos os atos monetários praticados pelo candidato referente à sua candidatura, obedecendo ao princípio das partidas dobradas, em que se identifica tudo o que se adquiriu (débito) e como estas coisas foram adquiridas (créditos). Este registro deve, ainda, obedecer ao regime de competência, no qual o lançamento é feito independentemente do seu pagamento, “dia a dia” e “conta por conta”. No final, é apurada a situação financeira ou patrimonial e a situação econômica de cada participante do pleito.

Portanto, devemos aplaudir a exigência de que a prestação de contas dos participantes do pleito eleitoral seja executada de acordo com as técnicas contábeis e assinada por profissionais da Contabilidade. Esta exigência é um dos primeiros passos no sentido de o Brasil começar a colocar ordem nos gastos de campanha. Amanhã, certamente, a contabilidade de cada candidato será integrada à contabilidade dos partidos, e, desta forma, poderemos apurar o resultado total da movimentação de cada pleito. É o que esperamos. Afinal, Ordem é sinônimo de Progresso.

Salézio Dagostim, Contador e ex-presidente do Sindicato dos Contadores/RS

Curso de Contabilidade Básica: Pessoas e Cargo

Um economista disse certa vez que uma empresa é uma ficção jurídica. Uma consequência disto é que as decisões de “uma empresa” foram tomadas por pessoas. Por trás de uma empresa existem recursos humanos. Em certas situações é importante investigar quem são as pessoas.

Vamos mostra isto através da Usiminas e seu Comitê de Auditoria. Um documento obtido no endereço da empresa mostra a relação dos membros deste comitê:


Acreditamos que o pressuposto para pertencer a este comitê seja o conhecimento em auditoria e, por consequência, em contabilidade. Esta é uma informação que podemos obter analisando o currículo de cada um dos profissionais acima. Uma forma mais simples de fazer esta verificação é pesquisa no endereço do Conselho Federal de Contabilidade se alguns dos nomes apresentados acima possuem registro neste conselho. (Aqui uma ressalva importante: não é condição sine qua non para pertencer a este conselho que o membro tenha registro no CFC, mas se nenhum dos sete nomes tiver registro ...). Para isto, basta digitar o nome e esperar a resposta do sistema do Conselho.

Se o leitor tiver a paciência de fazer isto irá perceber que nenhum dos nomes foi encontrado. Ou seja, nenhum dos membros do comitê de Auditoria da Usiminas possui registro no Conselho Federal de Contabilidade. O mesmo documento informa a seguinte composição do Comitê de Recursos Humanos:

Leitor: faça as contas. Dos sete membros do Comitê de Auditoria, cinco também são do Comitê de Recursos Humanos. Agora pense: você conhece alguém que conheça profundamente auditoria e ao mesmo tempo recursos humanos? 

A desigualdade vem diminuindo no mundo

Income Inequality Is Not Rising Globally. It's Falling.
The New York Times, JULY 19, 2014

Income inequality has surged as a political and economic issue, but the numbers don’t show that inequality is rising from a global perspective. Yes, the problem has become more acute within most individual nations, yetincome inequality for the world as a wholehas been falling for most of the last 20 years. It’s a fact that hasn’t been noted often enough.
The finding comes from a recent investigation by Christoph Lakner, a consultant at the World Bank, and Branko Milanovic, senior scholar at the Luxembourg Income Study Center. And while such a framing may sound startling at first, it should be intuitive upon reflection. The economic surges of China, India and some other nations have been among the most egalitarian developments in history.
Of course, no one should use this observation as an excuse to stop helping the less fortunate. But it can help us see that higher income inequality is not always the most relevant problem, even for strict egalitarians. Policies on immigration and free trade, for example, sometimes increase inequality within a nation, yet can make the world a better place and often decrease inequality on the planet as a whole.
International trade has drastically reduced poverty within developing nations, as evidenced by the export-led growth of China and other countries. Yet contrary to what many economists had promised, there is now good evidence that the rise of Chinese exports has held down the wages of some parts of the American middle class. This was demonstrated in a recent paper by the economists David H. Autor of the Massachusetts Institute of Technology, David Dorn of the Center for Monetary and Financial Studies in Madrid, and Gordon H. Hanson of the University of California, San Diego.
At the same time, Chinese economic growth has probably raised incomes of the top 1 percent in the United States, through exports that have increased the value of companies whose shares are often held by wealthy Americans. So while Chinese growth has added to income inequality in the United States, it has also increased prosperity and income equality globally.
The evidence also suggests that immigration of low-skilled workers to the United States has a modestly negative effect on the wages of American workers without a high school diploma, as shown, for instance, in research by George Borjas, a Harvard economics professor. Yet that same immigration greatly benefits those who move to wealthy countries like the United States. (It probably also helps top American earners, who can hire household and child-care workers at cheaper prices.) Again, income inequality within the nation may rise but global inequality probably declines, especially if the new arrivals send money back home.
From a narrowly nationalist point of view, these developments may not be auspicious for the United States. But that narrow viewpoint is the main problem. We have evolved a political debate where essentially nationalistic concerns have been hiding behind the gentler cloak of egalitarianism. To clear up this confusion, one recommendation would be to preface all discussions of inequality with a reminder that global inequality has been falling and that, in this regard, the world is headed in a fundamentally better direction.
The message from groups like Occupy Wall Street has been that inequality is up and that capitalism is failing us. A more correct and nuanced message is this: Although significant economic problems remain, we have been living in equalizing times for the world — a change that has been largely for the good. That may not make for convincing sloganeering, but it’s the truth.
A common view is that high and rising inequality within nations brings political trouble, maybe through violence or even revolution. So one might argue that a nationalistic perspective is important. But it’s hardly obvious that such predictions of political turmoil are true, especially for aging societies like the United States that are showing falling rates of crime.
Furthermore, public policy can adjust to accommodate some egalitarian concerns. We can improve our educational system, for example.
Still, to the extent that political worry about rising domestic inequality is justified, it suggests yet another reframing. If our domestic politics can’t handle changes in income distribution, maybe the problem isn’t that capitalism is fundamentally flawed but rather that our political institutions are inflexible. Our politics need not collapse under the pressure of a world that, over all, is becoming wealthier and fairer.
Many egalitarians push for policies to redistribute some income within nations, including the United States. That’s worth considering, but with a cautionary note. Such initiatives will prove more beneficial on the global level if there is more wealth to redistribute. In the United States, greater wealth would maintain the nation’s ability to invest abroad, buy foreign products, absorb immigrants and generate innovation, with significant benefit for global income and equality.
In other words, the true egalitarian should follow the economist’s inclination to seek wealth-maximizing policies, and that means worrying less about inequality within the nation.
Yes, we might consider some useful revisions to current debates on inequality. But globally minded egalitarians should be more optimistic about recent history, realizing that capitalism and economic growth are continuing their historical roles as the greatest and most effective equalizers the world has ever known. 
Tyler Cowen is professor of economics at George Mason University.
The Upshot provides news, analysis and graphics about politics, policy and everyday life. Follow us on Facebook and Twitter.
A version of this article appears in print on July 20, 2014, on page BU6 of the New York edition with the headline: All in All, a More Egalitarian World.

Listas: 5 motivos para procrastinar – e como cortá-los pela raiz

Você não está sozinho na procrastinação. Deixar para depois é uma das características fundamentais do ser humano, mas dá para amenizar seus efeitos. Enviado por Núbia Batista, a quem agradecemos.

O Facebook, o WhatsApp ou o colega tagarela da mesa ao lado podem até ser vilões da boa administração do tempo, mas não o principal motivo para que, todos os dias, milhares (senão, bilhões) de pessoas decidam procrastinar.

Na base do hábito de deixar a vida para depois estão características fundamentais da condição de ser humano e outras questões internas condicionadas pela formação de cada um.

“Procrastinar é próprio da espécie. Se há uma situação em que posso adiantar o instinto de descansar, comer e estar limpo, eu vou fazer”, afirma Luiz Fernando Garcia, psicólogo e autor do livro “O cérebro de alta performance”.

O impulso para se manter vivo não é a única razão para prorrogar. Segundo o especialista, em maior ou menor grau, todos são movidos (ou tolhidos) por três grupos de motivações internas: o medo de ser preterido e humilhado, de perder o status quo ou o medo de perder o controle.

Ficou muito abstrato para entender? Veja alguns desdobramentos desta combinação que conduzem mortais à procrastinação.

Motivo 1 As metas são vazias de sentido

Sem metas claras, ninguém vai para frente. O mesmo acontece quando o objetivo em questão não faz qualquer sentido para você.

“Se você não valoriza a mudança, ação, comportamento ou meta, sempre vai encontrar uma desculpa para não fazer aquilo”, diz Andrea Piscitelli, professora da FIA e consultora de estratégia humana.

Um exemplo claro é o objetivo de ir à academia. Quantas vezes você já não ouviu relatos de pessoas que pagaram anos inteiros e sempre procrastinaram o compromisso?

Provavelmente, para muitas delas, a meta de se exercitar era fruto de alguma pressão externa – não uma ideia que compraram de fato.

Motivo 2 Falta habilidade técnica

Já se rendeu à timeline do Facebook e deixou uma tarefa para depois só porque ela era mais difícil? Se a resposta é sim, você não é o único.

Diante de atividades com uma complexidade superior ao nosso alcance imediato, é comum que se prorrogue ao máximo o momento de executá-las.

Motivo 3 A zona de conforto é boa demais para deixá-la

Deixar uma posição conhecida (e confortável) para migrar para um espaço no qual os passos ainda são incertos pode assustar – e paralisar. Nesta toada, decisões são adiadas, conflitos varridos para debaixo do tapete e nada é mudado.

Motivo 4 O reservatório de energia está seco

Saco vazio não para em pé, já dizia a sua avó. Mas não só. Sem energia (conquistada por meio de uma boa alimentação e boas noites de sono), é quase impossível tocar com afinco todas as atividades da agenda.

Motivo 5 Seu cérebro caça recompensas

“Como em qualquer vício, nosso sistema nervoso elege comportamentos que vão nos levar à obtenção de recompensas imediatas”, afirma Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora na área de neurociências.

Como resultado disso, deixamos para depois o que não é tão prazeroso em nome daquilo que traz prazer – seja conversar, ver a vida dos outros no Facebook ou ceder a um filme quando se tem um projeto para desenvolver.

Como mudar

"Todo comportamento difícil requer uma atitude virtuosa", diz a pesquisadora. A seguir, veja uma seleção de dicas virtuosas para diminuir o ímpeto da procrastinação.

Estratégia 1 Listas com o verbo certo

Antes de qualquer coisa, aprenda a fazer listas de tarefas do jeito certo. E isso começa, segundo Garcia, usando a forma nominal correta do verbo. “Ao usar o verbo de ação no infinitivo, você localiza um alvo, cria uma imagem, um desejo de concluir”, afirma.

Feito isso, descreva, item por item, as ações que você deve concluir para alcançar aquela tarefa.

Estratégia 2 Ciclo de recompensas

Outro meio para diminuir os índices de procrastinação é criar um sistema de recompensas para cada ação da sua agenda. “Você precisa dar a si mesmo algumas recompensas imediatas, porque ninguém é de ferro, mas também pontuar as tardias”, diz Carla.

Agora, atenção: estes, digamos, “prêmios” devem vir de você mesmo. Ou seja, as recompensas não podem estar ligadas a sistemas externos. Afinal, o mundo muda – e os sistemas de premiação também – e elas podem não se concretizar.

Estratégia 3 Hora da culpa

Reserve na agenda um momento para revisar seu progresso ao longo da semana. “Quando tocar o alarme, mapeie quais as atividades que você está procrastinando”, diz a neurocientista. Com isso em mente, monte um plano de ação para tirá-las do papel.

Estratégia 4 Rede de comprometimento

Uma estratégia matadora para diminuir a tentação de procrastinar é se comprometer com outras pessoas. “Quando só eu sei, é mais fácil arrumar uma desculpa. Se eu contei para alguém, eu reduzo a tendência de me sabotar”, afirma Andrea.

Estratégia 5 Disciplina

Por fim, ter disciplina é fundamental. “Não há outro jeito para lidar com esta crescente demanda que não seja com disciplina”, diz Carla.

24 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Argentina envia missão aos EUA para reunião sobre a dívida

Funcionários argentinos viajaram para Nova York para se reunir na quinta-feira com o mediador judicial no litígio com fundos especulativos por sua dívida soberana. O juiz norte-americano convocou as duas partes para negociar, a fim de evitar a moratória de Buenos Aires.

O juiz federal Thomas Griesa informou, inicialmente, que o encontro aconteceria nesta quarta-feira de manhã, mas, segundo o escritório de Dan Pollack, o encontro foi prorrogado por 24 horas porque a comitiva argentina não conseguiria chegar a tempo.

"O senhor Pollack foi informado pela delegação argentina ontem (terça-feira) à tarde que não poderia chegar em Nova York hoje. A reunião foi adiada para amanhã", informou o texto do mediador divulgado nesta quarta-feira.

Algumas horas antes, o chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou em Buenos Aires que "uma comitiva do ministério da Economia se reunirá na quinta-feira com Pollack".

"Sempre temos esta via do diálogo, de esclarecer ao juiz quais são as restrições que a Argentina sob o ponto de vista das leis e do cumprimento do contrato", disse Capitanich em coletiva de imprensa.

A imprensa argentina informou que o ministro da Economia, Axel Kicillof, não estará na comitiva.

A viagem foi decidida pela presidente Cristina Kirchner que convocou uma reunião com Kicillof e sua equipe na noite de terça-feira na Casa Rosada, após ser informada de que Griesa se negou a de restabelecer a medida cautelar pedida pela Argentina para suspender a execução de sua sentença favorável aos fundos especulativos.

No dia 27 de junho, Griesa emitiu uma decisão que impediu a Argentina de depositar em bancos de Nova York a parte devida aos credores que aceitaram a renegociação da dívida. Griesa determinou que o país deve pagar simultaneamente suas obrigações com o NML Capital e outros fundos especulativos pelo valor total de 1,33 bilhão de dólares.

Caso não pague os 539 milhões de dólares bloqueados atualmente no Bank of New York Mellon (BoNY) antes do vencimento do prazo de carência em 30 de julho, o país pode entrar em moratória técnica, que, apesar de ser diferente do colapso vivido em 2001, pode ter consequências imprevisíveis para a sua economia.

- "A moratória é o pior" -

Os fundos em questão, que Buenos Aires chama de "abutres", compraram os títulos já em default e depois cobraram na justiça 100% do valor mais os juros atrasados, rejeitando as renegociações da dívidas efetuadas em 2005 e 2010 com remunerações de até 70% sobre o valor nominal e que contaram com a aceitação de 92,4% dos credores.

"A moratória é o pior. Não quero isso. O povo que sofrerá as consequências", disse Griesa às partes.

A Argentina nega que se trate de uma suspensão dos pagamentos.

"Moratória é não pagar, e a Argentina paga. O dinheiro não pode ser bloqueado porque pertence aos credores", argumentou Capitanich, indicando que "a responsabilidade pelas transferências (dos depósitos para os credores) compete ao juiz".

O país se afastou dos mercados de capital depois da moratória e as necessidades de financiamento do governo são cobertas, em grande parte, por uma política comercial que prioriza o superávit.

As tentativas até o momento do mediador Pollack para aproximar as partes não deram resultados, pelo menos segundo as declarações públicas de Argentina e os fundos.

Fonte: Aqui