Translate

25 maio 2014

Curso de Contabilidade Básica: Sinal

Uma das informações mais relevantes de uma empresa é sua capacidade de geração de caixa com as atividades operacionais. No longo prazo, uma empresa só sobrevive se conseguir gerar dinheiro com suas operações. Por este motivo, os principais indicadores relacionados com a demonstração dos fluxos de caixa estão focados na linha “caixa gerado (aplicado) nas atividades operacionais”.

Veja a demonstração da Cristal Pigmentos do Brasil (aqui outra postagem sobre a mesma empresa) referente a 2013 e 2012. Destacamos o caixa das atividades operacionais. No destaque, a empresa está informando que gerou 24 milhões de reais com suas atividades.

Mas atenção para o sinal. Existe uma grande diferença do valor positivo e do valor negativo nesta linha. Se o valor é positivo, a empresa gerou caixa com suas operações; negativo, a empresa consumiu caixa com suas atividades básicas. Neste caso, a empresa deve buscar recursos nos investimentos, nos financiamentos ou na reserva de caixa e equivalentes.

Voltando para a demonstração da empresa: é possível notar que “esqueceram” o sinal. O valor de quase 24 milhões é negativo. Verifique que a linha “caixa proveniente das (aplicado nas) atividades operacionais” é de menos 23.865 mil. Somando os juros pagos, negativo em 100 mil, tem-se menos 23.965 mil. Outra forma de comprovar este valor é fazer a soma do caixa das operações, de investimento e de financiamentos. No caso: -23965 + 8825 -23164. Isto corresponde a -38304, o valor que aparece na “variação no caixa e equivalente de caixa”.


Criação da graduação em Administração no Brasil foi um erro




Ao longo de 35 anos, o professor Paulo Roberto Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), foi executivo de grandes companhias transnacionais, como Microsoft, Citibank, Iron Mountain e Ernst & Young. Em 2011, ele resolveu escrever um livro chamado "Empresas Latino-Americanas", sobre suas percepções acerca de temas pertinentes à administração, com base em sua experiência nas empresas pelas quais passou. No ano seguinte, uma editora americana, a Springer, o procurou para fazer uma adaptação da obra para o mercado americano, focada nos executivos e empreendedores de lá que vem atuar no Brasil e seus vizinhos.

O resultado foi o livro "Management in Latin America: Threats and Opportunities in the Globalized World", lançado há algumas semanas no mercado americano e disponibilizado também na Amazon.com. "O objetivo do livro é analisar a qualidade da gestão empresarial e o desenvolvimento econômico na América Latina, e explicar o jeito latino-americano de gerir os negócios", diz comunicado divulgado à imprensa por ocasião do lançamento.

Feldmann conversou com o Administradores.com, destacou alguns pontos abordados na obra e compartilhou sua visão sobre temas comuns ao universo empresarial brasileiro. Alguns pontos de vista do professor são polêmicos e prometem gerar um bom debate por aqui, como sua posição de que a criação da graduação específica em Administração no Brasil foi um erro e de que franqueados não são, necessariamente, empreendedores. Ele destaca ainda a resistência do brasileiro a correr riscos e a preferência por amigos e familiares na gestão dos negócios como pontos que dificultam o crescimento e a competitividade dos negócios tupiniquins.

[...]

Voltando ao assunto das características, quais outras você pode citar?

Nós brasileiros, e os latino-americanos, em geral, também somos muito apegados à família e aos amigos. A dedicação do brasileiro à família e aos amigos é exagerada, quando comparada com outros povos. E isso é levado para o campo da empresa. Na empresa brasileira, é muito comum que cargos importantes sejam, às vezes, ocupados por pessoas que são da família ou só amigos. Não há o rigor de se fazer questão de preencher os cargos com o melhor profissional, porque o brasileiro valoriza muito a confiança pessoal. Nos Estados Unidos, não existe isso. Nos Estados Unidos, indicações de amigos ou de familiares são muito mal vistas e os cargos são preenchidos sempre por profissionais.

Uma outra coisa (voltando a comparar com os americanos): os norte-americanos são muito pragmáticos. Quando eles abrem uma empresa, o objetivo é ganhar dinheiro. Já o brasileiro não é tão pragmático. Claro que ele quer dinheiro, mas quer, acima de tudo, não perder o controle do negócio. Quando um cidadão americano abre uma empresa - mesmo que pequenininha, em sua garagem - depois de um tempo, ele abre o capital. Com isso, ele chama os acionistas e a empresa cresce. Só que ele não vai mais ter o controle, vai passar a ter 1% da empresa, talvez, porque a empresa crescerá e os acionistas assumirão o controle. Isso não existe no Brasil, porque o empresário nunca admite a hipótese de perder o controle. Ele prefere não crescer, mas não vai perder o controle. Isso acaba acontecendo até nas grandes empresas. Você pega os grandes grupos empresariais brasileiros, mesmo aqueles que abriram o capital, abriram de uma forma muito pequena.

O fato de o empresário não querer perder o controle tem aspectos positivos e negativos ou isso é necessariamente algo negativo?

Eu considero isso principalmente negativo, por que dificulta muito o crescimento da empresa. Você tem nos Estados Unidos empresas que são totalmente abertas e são empresas em que não há um dono específico com controle sobre ela. Vou te dar alguns exemplos: você pega as maiores empresas americas como City Banks, por exemplo, a GM (General Motors), são empresas que não têm donos, são milhões de acionistas, ninguém sabe quem é o dono, porque todo mundo é acionista. Graças a isso, essas empresas cresceram muito e cresceram de uma forma profissional.

Você acha que isso pode estar um pouco ligado à qualidade do empreendedor e do empresário brasileiro, à formação do empreendedor por aqui, que ainda tem uma qualidade inferior à americana?

Esse é um ponto muito polêmico que você está levantando. O que ocorre é o seguinte: nós somos um dos únicos países do mundo que tem curso de Administração a nível de graduação. Inclusive, eu dou aula em um deles. Mas, se você pega países como Alemanha e Japão, não existe curso de Administração a nível de graduação. Fulano tem que fazer Economia. Se ele quer trabalhar com empresa, ele faz Economia e depois uma pós-graduação ou um MBA. Na maior parte dos países desenvolvidos é assim. E nós do Brasil criamos o curso de Administração. E fizemos, na minha opinião, uma coisa errada, porque, quando criamos o curso de Administração, separamos o curso de Economia. Eu não sou economista, sou engenheiro, e fiz mestrado e doutorado em Administração - mas eu acho que a parte mais importante na formação de um administrador é a parte de Economia, é a teoria econômica. A principal fundamentação teórica que um administrador deve ter está na Economia. Então, o que acaba acontecendo no Brasil é que não estamos formando bons administradores, pois estamos formando administradores sem uma base de economia, e isso é uma falha grave, na minha opinião. Isso não ocorre em países importantes como a Alemanha e o Japão, por exemplo.

[...]

Fonte: aqui

As veias abertas ...

O livro "As Veias Abertas da América Latinas", de Eduardo Galeano, é considerado um clássico para aqueles que não gostam do capitalismo e dos EUA. Chávez, o finado populista venezuelano, chegou a presentear Obama com um exemplar.

Agora, Galeano, com 73 anos de idade, reconhece que o livro é ruim (e mal escrito). Esta afirmação ocorreu numa feira de livro no Brasil.

"Eu não seria capaz de ler este livro de novo"

Apesar disto, o livro já foi traduzido para diversos idiomas e já vendeu mais de um milhão de cópias. Leia mais aqui

Mais um é multado

Depois das multas ao Credit Suisse, JP Morgan, HSBC e Credit Agricole, o Barclays também é multado:

O banco Barclays foi multado em 26 milhões de libras (cerca de R$ 100 milhões) no Reino Unido por manipulação do preço do ouro. A FCA (regulador do setor financeiro, na sigla em inglês), afirmou nesta sexta-feira (23) que a multa foi imposta após um dos agentes do banco manipular a cotação do ouro, para beneficiar-se à custas de um de seus clientes apenas um dia depois de o banco ter sido multado por manipulação da taxa de juros Libor (taxa interbancária fixada em Londres), em 2012. A autoridade ainda afirmou que o Barclays fracassou na hora de resolver "conflitos de interesses entre o banco e seus clientes", assim como nos mecanismos de controle sobre a fixação de preços do ouro entre os anos de 2004 e 2013 –o principal evento teria ocorrido em 28 de junho de 2012, um dia depois de reguladores dos Estados Unidos e do Reino Unido terem multado o banco em US$ 450 milhões por tentativa de manipular a Libor.

Aprendendo novas línguas


Quando pequenos, aprendemos a pensar e nos comunicar intuitivamente, absorvendo inclusive regras gramaticais da nossa língua materna. A partir de então, aprendemos todos os novos idiomas em relação ao que primeiro conhecemos, que usamos para compreender o mundo à nossa volta.

O cérebro humano não só é inclinado a processar e adotar a linguagem, como parece que tem “limitações linguísticas comuns”, independentemente da língua que sabemos falar. Certas sílabas, que não são corriqueiras em qualquer idioma, são difíceis para o cérebro processar, mesmo em recém-nascidos que não iniciaram o aprendizado de qualquer língua ainda.

À medida que envelhecemos, a plasticidade do nosso cérebro (sua capacidade de criar novos neurônios e sinapses) é reduzida. Após uma lesão cerebral que provoca uma perda da fala, por exemplo, os pesquisadores observam que as crianças são mais propensas a recuperar o poder da fala através da criação de novos caminhos no cérebro para substituir os danificados do que os adultos.

Uma teoria de por que aprender uma língua estrangeira é tão difícil para os adultos se concentra mais sobre o processo que usamos para fazê-lo, ao invés da perda de plasticidade.

Robert Bley-Vroman explica que os adultos tendem a aprender uma nova língua com um processo de solução de problema adulto, em vez de fazer isso da mesma maneira que uma criança desenvolve linguagem pela primeira vez.

Embora isso signifique que adultos geralmente progridem através dos estágios iniciais da aprendizagem de uma nova língua mais rápido do que as crianças, as pessoas que são expostas a uma língua estrangeira pela primeira vez durante a infância costumam atingir uma proficiência maior do que aquelas que começam adultos.

Ainda há esperança, porém. Podemos estar em desvantagem agora, mas, com alguns métodos de aprendizagem, podemos resgatar esse instinto como qual nascemos e nos dar a melhor chance de aprender uma nova língua.

Repetição espaçada
Repetição espaçada é uma técnica comprovada de memória que lhe ajuda a lembrar o que você aprendeu.

Nessa técnica, você deve revisar cada palavra ou frase que você aprendeu em intervalos espaçados. Inicialmente, os intervalos serão menores: você pode rever uma nova palavra algumas vezes em uma sessão, e depois novamente no dia seguinte. Depois de conhecê-la bem, você será capaz de ficar dias ou semanas sem revisá-la e sem esquecê-la.

Caso queira utilizar um aplicativo para lhe ajudar com essa técnica, o app de vocabulário e expressão prática Duolingo é interessante. Ele mantém informações de quais palavras você não tem praticado por um tempo e lhe lembra a fortalecer o seu entendimento delas. Durante cada lição, ele mistura palavras familiares com novas para espaçar a repetição.


Estude antes de dormir
Um dos muitos benefícios que recebemos do sono é que ele ajuda a limpar a “caixa de entrada” do cérebro - o armazenamento temporário de novas informações e memórias que adquirimos durante nosso tempo acordados.

Precisamos de sono (mesmo que apenas um cochilo) para mover qualquer coisa que aprendemos recentemente de um armazenamento a curto para um a longo prazo no nosso cérebro.

Uma vez que você tenha armazenado de forma segura o novo conhecimento, a repetição espaçada vai lhe ajudar a fortalecer essa conexão para que você possa recordar a informação mais rápido e com mais precisão.

Estude conteúdo, e não o idioma
Embora a maioria das aulas e programas de aprendizagem de idioma foquem puramente em aprender uma nova língua, um estudo com alunos do ensino médio que estudavam francês descobriu que quando eles estudaram um outro assunto ministrado em francês em vez de uma classe de francês, se saíram melhor em entender a língua e ficaram mais motivados para aprender.

Os alunos da turma francesa padrão se saíram melhor em testes de leitura e escrita, então os pesquisadores concluíram que ambos os métodos têm mérito.

Uma vez que você já domina o básico de uma nova língua, tente incluir alguns conteúdos em outro tópico que você seja interessado para melhorar a sua compreensão. Você pode ter conversas com amigos aprendendo a mesma língua, ler artigos online na língua, ou ouvir músicas para testar seu entendimento.

Pratique um pouco todos os dias
Se você estiver ocupado, pode adiar o seu estudo e resolver fazer grandes lições de uma vez a cada duas semanas, por exemplo. No entanto, estudar um pouco a cada dia é mais eficaz.

Como a “caixa de entrada” do seu cérebro tem espaço limitado e só o sono pode limpá-la, você vai esbarrar em um “limite” do quanto você pode absorver muito rapidamente se estudar por horas de uma só vez.

Estudar um pouquinho por dia combina repetição espaçada com o melhor uso do armazenamento temporário do cérebro.

Misture novo e velho
O cérebro anseia por novidade, mas tentar aprender muitas novas palavras ou frases de uma só vez pode ser contraprodutivo.

Novos conceitos funcionam melhor quando são misturados com informações familiares. Quando você adicionar novas palavras ao seu vocabulário, tente espaçá-las entre palavras que você já conhece para que as diferentes de destaquem e seu cérebro as absorva mais facilmente.

Divirta-se aprendendo
Aprender uma nova língua pode dar preguiça quando a gente pensa que terá de enfrentar anos em um curso de idiomas. Aprender linguagem de maneira informal, no entanto, não é impossível.

Uma dica é tentar aprender novos conteúdos por meio de jogos. Pesquisadores da Universidade de Nottingham (Inglaterra) apresentaram uma técnica que, aparentemente, dá resultado. Eles reuniram um grupo de falantes de inglês para ter contato com um idioma que, apesar da proximidade geográfica, era totalmente desconhecido para eles: o galês. Ao participar de um game que continha a linguagem nova, os psicólogos perceberam que os participantes retiveram conhecimento sobre ela mesmo sem ter essa intenção.


Via: LifeHacker e HypeScience

24 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana

Fato da Semana: Punição aos bancos europeus. O Credit Suisse foi multado por fraude fiscal. O JP Morgan, o HSBC e o Credit Agricole foram multados por manipulação da taxa de juros.

Qual a Relevância disto?  A imagem que as grandes instituições financeiras passam para o público está associada à manipulação, a grupos de pressão, privilégios e imunidade. A crise financeira deixou muitas pessoas desempregadas. Estas pessoas sentiram os efeitos das decisões destas instituições. Depois de muitos anos, algumas punições começam a aparecer.
Entretanto, as decisões foram tomadas pelos executivos destas instituições financeiras. E parece que não serão punidos. Em outras palavras, o prejuízo ficou para o acionista, que contratou estes executivos.

Positivo ou negativo? Positivo pelo efeito demonstração. Mas por que fica a impressão de que a punição foi pequena?


Desdobramentos: Mais punição deve estar a caminho.