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22 julho 2010

Economia informal

A economia informal no Brasil equivale a uma Argentina, ou a R$ 578,4 bilhões por ano, o equivalente a 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Também conhecida como economia subterrânea, a informalidade compreende toda a produção de bens e serviços não informada aos governos. A perda de arrecadação anual chega a R$ 200 bilhões.

Esse conjunto de atividades foi mensurado em um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). Eles calcularam o Índice da Economia Subterrânea. A proporção em relação ao PIB apresentou queda em relação a 2003, quando o índice chegou a 21% do PIB.

Segundo o responsável pelo estudo, professor Fernando Holanda Barbosa Filho, os principais fatores que respondem pela redução da economia subterrânea no Brasil são o aumento do crescimento do PIB, a elevação do número de pessoas formalizadas no mercado de trabalho e a expansão do crédito.

Outros elementos importantes estão relacionados à modernização da economia, maior abertura comercial, com o avanço das exportações e a evolução de sistemas de arrecadação, como notas fiscais eletrônicas.

A redução da burocracia tributária, com a instituição do regime Super Simples, também colaborou para a formalização.

“O crescimento do PIB é um santo remédio”, comentou Luiz Schymura, diretor do Ibre. Segundo ele, a expansão do nível de atividade permite melhorias institucionais no País, como a busca de eficiência produtiva e o aumento da formalização no mercado de trabalho.

Na avaliação de Barbosa Filho, se o Brasil crescer cerca de 7% neste ano, é factível que o índice de economia subterrânea chegue a 18% do PIB ao final de 2010.

Investimento. “Com a continuidade da expansão do País, a economia subterrânea deve continuar em queda, embora não seja possível afirmar agora qual seria o nível exato de redução”. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a informalidade no Brasil ainda é muito alta. Nos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa está ao redor de 10% do PIB.

André Franco Montoro Filho, presidente executivo do instituto Etco, diz que em outros países da América Latina o índice de informalidade é ainda mais preocupante, chegando a 30% do PIB.

Na avaliação de Montoro Filho, a redução da economia subterrânea indica a evolução do nível de desenvolvimento da economia. Ele pondera que o termo economia informal é uma espécie de eufemismo para a economia ilegal, que comporta quem não paga impostos por suas atividades. “Isso é ruim, pois emite sinais negativos para os empresários formais e gera um mau ambiente de negócios”, comentou.

Segundo ele, a economia subterrânea inibe investimentos, pois parte das empresas não encontra incentivos para ampliar suas atividades se os concorrentes não pagam tributos. “Considerando a carga tributária, é possível estimar que há sonegação de aproximadamente R$ 200 bilhões por ano no País”, diz Montoro Filho. “Muitos empregos poderiam ser gerados, pois todo o investimento do governo federal no ano chega a R$ 30 bilhões”.


Economia informal representa 18,3% do PIB - Ricardo Leopoldo - O Estado de São Paulo - 22 julho de 2010

21 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Fraude em Pombal

A Policia Judiciária deteve ontem o contabilista que é suspeito de ter desviado cerca de 500 mil euros da Câmara de Pombal. Vítor Leitão, 58 anos, estava a ser vigiado pela Polícia e foi apanhado, com uma mulher brasileira, a levantar dinheiro num banco, em Leiria.

O suspeito, que começou a ser interrogado por um juiz, ao início da noite de ontem, terá caído numa ratoeira armada pelos investigadores da Directoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ(, que também apanhou a mulher que o acompanhou ao banco, ontem de manhã.

Depois de a Câmara de Pombal se ter queixado do desfalque, na sexta-feira à noite, a PJ interrogou Vítor Leitão, no dia seguinte, e não o sujeitou logo a interrogatório judicial. Deixou-o em liberdade, mas manteve-o sob vigilância e, ontem de manhã, ele fez o mais óbvio: dirigiu-se a um banco, para levantar dinheiro que se presume ter desviado, por via informática, de uma conta da Câmara de Pombal no BPI. A PJ acompanhou os movimentos de Vítor Leitão e da referida mulher e apanhou-os já com a mão na massa.

O levantamento suscitou a hipótese de Vítor Leitão pretender fugir. E sendo o perigo de fuga pressuposto para a prisão preventiva, é provável que o arguido fique sujeito a esta medida de coacção - à hora de fecho desta edição, era desconhecido o resultado do interrogatório judicial, no Tribunal de Pombal.

À beira da reforma

Vítor Leitão era funcionário da Câmara de Pombal há 33 anos e tinha requerido a aposentação antecipada, o que deveria conseguir no próximo mês de Setembro. Segundo as informações recolhidas pelo JN, o técnico superior não tinha autonomia para fazer transferências bancárias, na secção de contabilidade da autarquia, onde estava colocado. Para o efeito, necessitava do aval de um superior hierárquico.

A verdade, porém, é que Vítor Leitão começou a fazer transferências da uma conta bancária da Câmara para outras, a partir do final do ano passado. Tem-se comentado que, para o efeito, ele terá obtido ilicitamente a palavra- passe que permitia, informaticamente, movimentar a conta da autarquia, mas não foi possível confirmar essa informação. Resta também apurar a identidade dos titulares das contas a que se destinou o meio milhão de euros, sendo provável que pertencessem a terceiros que, posteriormente, transferiam uma parte do dinheiro para Vitor Leitão.

Foi por mero acaso que o funcionário foi apanhado, a dois meses da reforma. Na última sexta-feira, terá sido detectada uma nota contrafeita num depósito em numerário da autarquia, o que suscitou a análise dos movimentos dessa conta no BPI e a detecção dos desfalques.

No dia seguinte, Vítor Leitão assumiu os crimes perante a PJ, demitiu-se do cargo de vogal do Núcleo Sportinguista de Pombal e, em declarações à Radio Cardal, justificou-se: "[Fui] enrolado por indivíduos que me iludiram com situações estranhas de empreendimentos turísticos no Brasil. Estava convencido que iria buscar algum dinheiro e levaram-me a cometer esta loucura".

Vítor Leitão não tem carta de condução e, ontem de manhã, uma funcionária do referido Núcleo Sportinguista conduziu-o até Leiria. Frequentadores do Núcleo ouvidos pelo JN contaram que Vitor Leitão manteve sociedade, entre Maio e Junho deste ano, numa "boite" de Alfeizarão onde trabalhavam cidadãs brasileiras. Um dos três sócios do estabelecimento terá, entretanto, desaparecido de circulação.

Vítor leitão, ontem, no tribunal de Pombal, ainda antes de começar a ser inquirido por um juiz de instrução


Contabilista da Câmara preso a levantar dinheiro - Jornal de Notícias - 20 jul 2010
NELSON MORAIS

Custos na Aviação Civil

O objetivo deste estudo é analisar a tecnologia das aeronaves como determinante de custos, investigando o seu efeito nos custos das principais companhias aéreas brasileiras no período de 1997 a 2005. (...) Ao final da investigação, demonstra-se que o determinante de custos com tecnologia das aeronaves tem influência direta nos principais custos do setor: o consumo de combustível, o custo de manutenção e a depreciação ou arrendamento de aeronaves. A GOL demonstrou êxito ao alinhar o determinante de custos com tecnologia das aeronaves e apresentou os menores custos dentre as empresas pesquisadas. A TAM reestruturou a sua frota de aeronaves e reduziu significativamente seus custos. No caso da VASP, que atuou com aeronaves sucateadas, verificou-se que a companhia incorreu em custos significativamente mais elevados que as demais concorrentes analisadas.



Análise da Tecnologia das Aeronaves como Determinante de Custos no Setor de Aviação Comercial Brasileiro - Carlos Alberto Diehl, Genossi Rauch Miotto, Marcos Antônio Souza - RBGN, 2010

Q de Tobin na Siderurgia

Modelos de avaliação de investimentos, que empregam medidas financeiras com base no mercado, como o q de Tobin, ainda são incipientes na literatura nacional. Assim, o presente trabalho tem por objetivo analisar o comportamento do q de Tobin para Companhias Siderúrgicas Brasileiras e Norte-americanas, com ações negociadas na BOVESPA e NYSE, apresentando um estudo econométrico sobre alguns de seus principais determinantes macro e microeconômicos no período de 1997 a 2005. O q de Tobin calculado para as empresas brasileiras selecionadas apresentou-se crescente ao longo do período selecionado. Em relação ao q de Tobin para as empresas norte-americanas, verificou-se que este indicador foi menor que 1, demonstrando um desestímulo a novos investimentos. A análise econométrica realizada indicou que, as variáveis econômicas tais como a taxa de juros, a taxa de desemprego e o nível de produção industrial foram fatores de influência determinantes para explicar o comportamento do q de Tobin, tanto para as empresas brasileiras como para as empresas norte-americanas. Conclui-se que este indicador captura informações relevantes dos principais determinantes macro e microeconômicos do setor siderúrgico, destacando o seu potencial para a análise financeira deste setor.



O q de Tobin e o Setor Siderúrgico: um estudo em companhias abertas brasileiras e norte-americanas - Igor Vasconcelos Nogueira, Wagner Moura Lamounier, Romualdo Douglas Colauto - RBGN, 2010

20 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Boingboing

Teste #315

Em 1878, um anúncio de um Externato Particular no jornal A Província de São Paulo, informava que os alunos teriam aulas de

primeiras lettras
noções de grammatica francesa
contabilidade
systhema metrico decimal

Qual item não constava do anúncio do Externato?

Resposta do anterior: 1875, publicado no A Província de Sao Paulo, 11 de maio, atualmente O Estado de São Paulo, p. 3.