23 março 2009
Teste #41
Usando a chave abaixo, encontre a palavra a partir das pistas fornecidas:
1. Possui sete letras e a soma é 74;
2. A soma da primeira, que é um número primo, com a última é igual a segunda letra. Todas são diviseis por três.
3. O resultado da terceira letra vezes a quarta corresponde a sexta letra.
4. A raiz da quinta letra é três.
Resposta do Anterior: Ativo – Baixa – Caixa – Circulante – Competência – Continuidade – Credito – Debito – Despesa – Diferido – Entidade – Equivalência – Essência – Iasb – Material - Passivo – Provisão – Prudência – Reconhecimento – Sociedade - Veículos
1. Possui sete letras e a soma é 74;
2. A soma da primeira, que é um número primo, com a última é igual a segunda letra. Todas são diviseis por três.
3. O resultado da terceira letra vezes a quarta corresponde a sexta letra.
4. A raiz da quinta letra é três.
Resposta do Anterior: Ativo – Baixa – Caixa – Circulante – Competência – Continuidade – Credito – Debito – Despesa – Diferido – Entidade – Equivalência – Essência – Iasb – Material - Passivo – Provisão – Prudência – Reconhecimento – Sociedade - Veículos
Mudanças no Fasb
Decisão do Fasb abre portas para festa dos bancos
Valor Econômico - 23/3/2009
Os bancos pediram aos auditores mais liberdade de movimento na forma como divulgam seus prejuízos para os investidores. Os auditores responderam cedendo-lhes até a alma.
Nesta semana, o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb) dos Estados Unidos revelou o que pode ser a proposta mais tola e falha em seus 36 anos de história. Caso siga adiante, o Fasb deveria trocar seu nome para Conselho de Padrões de Contabilidade Fraudulenta. É ruim assim.
Aqui está o que o conselho apresentou: a partir deste trimestre, as companhias dos Estados Unidos terão permissão para registrar os números do resultado líquido ignorando declínios profundos e de longo prazo no preço dos valores mobiliários que possuam. Não apenas títulos de dívidas, preste atenção, mas até ações ordinárias (ON, papéis com direito a voto) e outros papéis de renda variável.
Tudo que uma empresa teria de fazer é informar que não pretende vendê-los e que provavelmente não precisaria fazê-lo. Na maioria dos casos, não importaria quanto o valor caiu ou por quanto tempo. De fato, uma companhia teria de admitir estar em seu leito de morte antes que as regras a obrigassem a ter os lucros atingidos.
Portanto, se essas normas tivessem vigorado em 2008, uma empresa com ações da American International Group (AIG) ou da Fannie Mae, por exemplo, poderia excluir inteiramente o declínio do valor dessas ações de seu lucro líquido. Não faria diferença alguma que as empresas tivessem sido arrebatadas pelo governo no ano passado ou que ambas as cotações valessem pouco. A perda ficaria enterrada fora da demonstração de resultados, em uma linha no balanço patrimonial chamada "outros lucros amplos acumulados".
Estes são os resultados que temos quando as pessoas que escrevem os padrões contábeis cedem ante executivos de banco desesperados. E não é mistério por que motivos os três integrantes do Fasb que votaram pela mudança - Leslie Seidman, Lawrence Smith e o presidente Robert Herz - o fizeram. Os dois que se opuseram foram Tom Linsmeier e Marc Siegel.
Desde o início da crise de crédito, os membros do conselho estão sob fogo cerrado do setor bancário e dos membros que este controla integramente no Congresso. A mostra mais recente veio na semana passada, na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, onde o deputado democrata Paul Kanjorski e outros parlamentares surraram Herz como a um cachorro. Herz declinou de meu pedido para ser entrevistado. Uma porta-voz do Fasb, Chandy Smith, confirmou a forma como compreendi que a mudança de regra funcionará.
Os bancos querem licença irrestrita para avaliar seus ativos da forma que entenderem adequada e manter as explosivas perdas fora de seus resultados e das exigências de capital. O Fasb vinha mantendo seu terreno, durante a maior parte do tempo. Agora, no entanto, o conselho colocou-se em posição fetal.
Pelas atuais regras, os valores mobiliários recebem diferentes tratamentos contábeis dependendo de como são classificados no balanço patrimonial. Quando rotulados como valores negociáveis, precisam ser registrados com marcação a mercado a cada trimestre, com todas as mudanças fluindo até o resultado líquido. Fora isso, as mudanças de valor não atingem a demonstração de resultados, a menos que os papéis tenham sofrido o que os auditores chamam de "deteriorações que não sejam temporárias".
Embora o termo possa ser incômodo, a ideia é que as empresas tenham de mostrar as perdas no resultado líquido quando não consigam mais fingir que o declínio no valor dos ativos é apenas passageiro. Imagine um homem que recebe pena de 20 anos de prisão. Não é uma sentença permanente. No entanto, definitivamente, não é temporária.
A proposta do conselho joga o antigo princípio de lado. Mesmo se um prejuízo não é considerado temporário, as companhias ainda terão permissão para mantê-lo fora do resultado líquido. Há uma exceção: se uma companhia com títulos de dívidas concluir que parte do declínio deve-se a perdas de crédito, esta porção terá de ser incluída na demonstração de resultados. De outra forma, as perdas ficam de fora.
Vocês sabem como isto vai acabar: os que tiverem dívidas dirão que suas perdas quase sempre decorrem de alguma outra coisa que não perdas de crédito, como risco de liquidez, por exemplo, porque é impossível provar se sua abordagem está certa ou não. Então, os golpes ao resultado líquido serão mínimos. E é exatamente isso o que o Fasb tenta conseguir.
Há algo que os investidores podem fazer para proteger-se: ignorar o resultado líquido e começar a centrar-se no verdadeiro resultado, um termo chamado de "resultado amplo" (comprehensive income, em inglês), que se encontra na conta do patrimônio líquido. A General Electric (GE), por exemplo, divulgou lucro líquido de US$ 17,4 bilhões em 2008 - e um prejuízo amplo de US$ 12,8 bilhões.
Por anos, o Fasb usou o resultado amplo como um aterro para perdas que considerava politicamente radioativas para incluir na demonstração de resultados. Entre estas perdas estavam mudanças no valor dos planos de pensão empresariais, moedas estrangeiras, certos instrumentos de derivativos e valores classificados como disponíveis para venda. É por isso que os investidores deixaram de confiar no lucro líquido.
Já o fizeram com o chamado "Tier One", principal medida do governo para a solvência dos bancos, que ignora montes de perdas e trata alguns tipos de dívidas como se fossem ativos.
Atualmente, os acionistas de bancos estão obcecados com um referencial de capital sem firulas, chamado "capital ordinário tangível" (TEC, na sigla em inglês). O dado deixa de fora ativos intangíveis, como ágio de aquisições passadas, e ações preferenciais, que funcionam como dívidas e precisam ser pagas antes que os acionistas ordinários possam reclamar qualquer participação nos ativos da companhia.
O que é bom para o balanço patrimonial também é bom para a demonstração de resultados. Chega de erros. O resultado líquido está morto.
O Fasb também pode estar, caso siga adiante com isso.
(Jonathan Weil é colunista da Bloomberg News. As opiniões expressas neste artigo são pessoais.)
SPED
Empresas retardam uso de contabilidade digital
Valor Econômico - 23/3/2009
Apesar de ser uma das prioridades na agenda das empresas, cerca de um terço das companhias ainda está nos estágios iniciais em relação à implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A conclusão é de pesquisa da Ernst & Young , realizada com 44 empresas entre 21 de janeiro e 6 de fevereiro.
O Sped Contábil é um sistema que permitirá a substituição dos registros contábeis em livros para equivalentes em arquivos digitais, o que viabilizará um melhor acompanhamento da fiscalização e deverá alterar a forma de prestação de informações dos contribuintes ao fisco. As empresas enquadradas no acompanhamento econômico-tributário diferenciado precisam entregar até junho deste ano arquivos magnéticos com as informações contábeis de 2008 já inseridas no Sped.
O acompanhamento diferenciado alcança, no geral, as maiores empresas, segundo critérios que levam em conta arrecadação, faturamento e regime de apuração do IR. Para as demais empresas, a transmissão de arquivos do Sped Contábil começa em 2010.
Wilson Gellacic, sócio de serviços de assessoria e gerenciamento de riscos da Ernst & Young, explica que muitas empresas acreditam que o Sped é uma mera informatização de dados e, por isso, ainda não possuem equipes próprias para o sistema e também não contrataram serviços de terceiros. "Essa contratação costumar ser necessária, a menos que a empresa seja da própria área de tecnologia."
Cerca de 30% do universo pesquisado não tem equipe própria para a implementação do Sped. E 32% das empresas não sabem ou não planejam contratar serviços de terceiros para entrar no novo sistema. "Provavelmente essas são as cerca de 30% das empresas que ainda não começaram nenhum procedimento ou estão em estágios muito iniciais, como o início da mobilização de pessoal e a análise das exigências do fisco para o Sped", diz Roberto de Paiva, gerente-sênior de impostos da Ernst & Young. Para ele, a experiência mostra que é fundamental a formação de um grupo dedicado ao projeto Sped, composto por especialistas em TI e tributação, além de integrantes que conheçam os processos negociais da empresa.
Para Gellacic, as empresas que já estão com a aplicação do Sped em estágio mais avançado já percebem que o novo sistema deve ser tratado como mudança de cultura importante. Passar de um processo manual para um automatizado, diz, vai além das questões de sistema, porque resulta em mudanças de procedimentos e de fluxo de dados dados, com impacto na administração da empresa.
Importância do Texto na Contabilidade - 2
CAPITAL ABERTO: Release tem de ser claro e acessível, diz Codim
5/3/2009
Gazeta Mercantil News
SÃO PAULO, 5 de março de 2009 - O conteúdo de um release deve ser explicativo e de linguagem acessível para qualquer público, seja acionista, investidor e público em geral", afirmou Helio Garcia, subcoordenador do comitê do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) e um dos relatores do pronunciamento de Orientação n° 6 sobre Releases, anunciado pelo Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim), esta manhã.
"A divulgação de um release deve ser feita à comunidade financeira, às agências de notícias e à imprensa em geral", confirmou Alexande Oliveira, membro do comitê pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e também relator do evento que focou a importância da ferramenta no auxílio de divulgação de informações.
O documento contém 16 itens que propõem as melhores práticas para que as companhias abertas preparem seus releases. "Vale ressaltar que os releases não devem substituir os procedimentos de publicação e arquivamento de informações na forma exigida pela legislação", ressaltou Oliveira.
Dentre os pontos contidos no documento e mencionados por ambos os relatores estão as informações merecedoras de divulgação imediata através de releases - resultados financeiros, fusões, aquisições, guidance, parcerias, prêmios, desdobramento de ações e mudanças importantes na direção da companhia, entre outras. "Ou seja, todo fato relevante e notícia tida como importante dentro da empresa", disse Garcia.
Ainda de acordo com os executivos, a abrangência e simultaneidade das divulgações são fundamentais para que todos os grupos financeiros estejam dentro de uma equidade. "Além disso, os desdobramentos das informações também devem ser divulgadas", afirmou Oliveira.
Um assunto bastante frisado pelos executivos foi a divulgação de informações desfavoráveis. "Esse tipo de informação também deve ser divulgada ao mercado com a mesma presteza e franqueza que as informações consideradas", completou Garcia.
(Vanessa Correia - InvestNews)
Importância do Texto na Contabilidade 1
(...) Uma pesquisa entre os membros do Chartered Institute of Management Accountants (CIMA) revelou que 93% acreditam que a complexidade das demonstrações aumentou nos últimos cinco anos. (...)
Demonstrações contábeis devem ir além de números prescritos pela legislação. (...) Embora seja muito difícil provar seu impacto positivo no rating da empresa diretamente, a PricewaterhouseCoopers (PwC) produziu uma evidencia interessante do seu efeito muitos anos atrás. Dois grupos de analistas tiveram acesso a níveis diferentes de informação sobre a mesma empresa. O primeiro grupo, que recebeu somente números, mas não narrativas, recebeu uma menor avaliação que o segundo grupo, que foi dado relatórios de narrativas contextuais.
(…) Minha paixão é a narrativa. Este estilo apresenta uma oportunidade vital para administração explicar sua estratégia para os investidores, discutindo o ambiente e informando como eles implementam sua estratégia. (...)
O ambiente em que nós operados é tão dinâmico que como a informação é apresentada pode ser muito diferente de dois anos atrás.
Corporate reports in narrative style give better impression
Charles Tilley - chief executive of the CIMA e autor de Complexity, Relevance and Clarity of Corporate Reporting; Views of CIMA FTSE350 Directors - 3 March 2009 - The Times – 1 – 52
Tenho realizado em conjunto com meus orientandos uma série de pesquisa na área de narrativa contábil. Isto inclui tanto o Relatório de Administração quanto as Notas Explicativas. Algumas destas pesquisas resultaram em dissertações de mestrado. Neste momento estou trabalhando em duas pesquisas sobre o assunto.
Racionalidade
Uma proteção contra nossos próprios impulsos irracionais
17/3/2009 - Valor Econômico
(...) A crise atual é, portando, uma grande oportunidade para que organismos de supervisão, analistas e investidores incorporem os conceitos ligados aos estudos de finanças comportamentais como complemento à Teoria Moderna de Finanças, que atualmente rege o campo das finanças. As finanças comportamentais explicam exatamente como a irracionalidade e o desconhecimento dos aspectos comportamentais podem ter fomentado a crise por meio do agravamento das perdas das carteiras.
Esses fatos, vistos inicialmente como cotidianos no ambiente de bolsa de valores, decorrem, por exemplo, da tendência dos investidores de movimentarem seus ativos na mesma direção que os demais investidores, o que produz o denominado efeito manada e a tendência à sobrerreação de quedas e subidas.
(...) Esta cegueira dos analistas é explicada na área comportamental por vários conceitos. Em um deles, o excesso de otimismo, pesquisadores comportamentais, verificaram que os analistas financeiros tendem a não acertar sobre a ocorrência de momentos de baixa dos investimentos. Além disso, verifica-se que, à medida que o mercado cai, os erros de previsão vão aumentando proporcionalmente, o que indica um viés de alta nas previsões destes profissionais.
Outro conceito é a sabedoria "ex-post", que consiste no fato de o profissional acreditar, depois de um evento já ter acontecido, que ele o previu com antecedência. A teoria comportamental mostra que quando o analista financeiro acredita que tinha previsto o resultado da crise anterior, ele pode ser levado a subestimar os demais resultados que poderiam ter ocorrido, ou seja, os cenários alternativos, o que provoca um despreparo para as situações futuras. (...)
Eduardo Camilo-da-Silva & Claudio Henrique Barbedo
17/3/2009 - Valor Econômico
(...) A crise atual é, portando, uma grande oportunidade para que organismos de supervisão, analistas e investidores incorporem os conceitos ligados aos estudos de finanças comportamentais como complemento à Teoria Moderna de Finanças, que atualmente rege o campo das finanças. As finanças comportamentais explicam exatamente como a irracionalidade e o desconhecimento dos aspectos comportamentais podem ter fomentado a crise por meio do agravamento das perdas das carteiras.
Esses fatos, vistos inicialmente como cotidianos no ambiente de bolsa de valores, decorrem, por exemplo, da tendência dos investidores de movimentarem seus ativos na mesma direção que os demais investidores, o que produz o denominado efeito manada e a tendência à sobrerreação de quedas e subidas.
(...) Esta cegueira dos analistas é explicada na área comportamental por vários conceitos. Em um deles, o excesso de otimismo, pesquisadores comportamentais, verificaram que os analistas financeiros tendem a não acertar sobre a ocorrência de momentos de baixa dos investimentos. Além disso, verifica-se que, à medida que o mercado cai, os erros de previsão vão aumentando proporcionalmente, o que indica um viés de alta nas previsões destes profissionais.
Outro conceito é a sabedoria "ex-post", que consiste no fato de o profissional acreditar, depois de um evento já ter acontecido, que ele o previu com antecedência. A teoria comportamental mostra que quando o analista financeiro acredita que tinha previsto o resultado da crise anterior, ele pode ser levado a subestimar os demais resultados que poderiam ter ocorrido, ou seja, os cenários alternativos, o que provoca um despreparo para as situações futuras. (...)
Eduardo Camilo-da-Silva & Claudio Henrique Barbedo
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