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19 fevereiro 2009

Problemas

Peço desculpas, mas ainda estou com problemas na internet.

Teste #24

1. Moonitz poderia ter encontrado com Henry Gantt?
2. Arthur Andersen poderia ter usado uma camisa de raiom?
3. James Mckinsey teria assistido o Brasil ganhar a primeira copa do mundo?

Resposta do Anterior: Ativo

Executivos e a crise


Finanças
Demitidos ainda desfrutam de benesses nos bancos

18 February 2009
Valor Econômico

Procurando por Charles "Chuck" Prince, demitido há 15 meses do cargo de presidente-executivo do Citigroup? É só ligar para o seu ramal no banco, que ainda paga o aluguel de seu escritório e secretária no centro de Manhattan.

O ex-presidente da divisão de banco de investimento do Citigroup Michael Klein também tem um escritório e secretária gratuitos, depois de receber um pacote de US$ 34,3 milhões quando saiu do banco em julho de 2008. John Reed, 70, que não trabalha no Citi desde que abriu mão do cargo de presidente-executivo adjunto em 2000, com uma bonificação de saída de US$ 5 milhões, tem direito a um escritório e secretária pelo tempo que quiser.

Sandord I. "Sandy" Weill, que se aposentou como presidente do conselho de administração em 2006, termina em abril um contrato de consultoria de dez anos com o banco, depois de apenas três anos. O acordo deu a ele milhões de dólares em benefícios, incluindo um escritório, carro com motorista e o uso do avião da companhia, do qual ele abriu mão em fevereiro.

Os bancos que receberam socorro do governo americano vêm sendo criticados pelo presidente Barack Obama, o Congresso e a população por gastos opulentos com remuneração e benefícios a altos executivos. Os bancos continuam distribuindo benefícios, incluindo a antiga prática de escritórios gratuitos e ajuda com secretárias para ex-presidentes. Alguns dos beneficiados são acusados de terem contribuído para a crise financeira.

(...)

O Citigroup não está sozinho na concessão de espaço de escritório, secretárias e outros benefícios para ex-executivos. O Merrill Lynch, que teve de ser vendido no ano passado para o Bank of America, está fornecendo um escritório e um auxiliar para o ex-presidente-executivo Stan O'Neal por três anos, a contar de sua saída do banco em outubro de 2007, segundo documentos enviados à Securities and Exchange Commission (SEC). Esses custos são absorvidos pelo Bank of America, que recebeu um socorro do governo de US$ 45 bilhões e US$ 118 bilhões em garantias de ativos.

Kennedy Thompson, que deixou o cargo de presidente executivo do Wachovia Corp. no ano passado, recebeu um escritório e um assistente por três anos, segundo documentos enviados à SEC. O Wells Fargo de San Francisco, que recebeu US$ 25 bilhões do governo, está bancando o escritório desde que comprou o Wachovia em 31 de dezembro, segundo afirmou a porta-voz Mary Eshet. "Este é um item contratual que permanece após a aquisição", disse Eshet.

Prince, 59, aposentou-se em novembro de 2007, quando as perdas do Citigroup com as hipotecas subprime se aproximavam do recorde de US$ 9,83 bilhões no quarto trimestre daquele ano. Após pagar a ele um total de US$ 66,8 milhões nos três anos anteriores, o Citigroup lhe deu uma bonificação de US$ 10,4 milhões por seus dez últimos meses no cargo, segundo documentos que estão na SEC.

Ele também recebeu benefícios de cerca de US$ 1,5 milhão por ano, incluindo um escritório, assistente, carro com motorista e o pagamento do imposto de renda referente a esses benefícios. De acordo com os documentos na SEC, esses benefícios têm a duração de cinco anos ou até que ele consiga um outro emprego em período integral.

Weill, 75, construiu o Citigroup através de aquisições realizadas num período de 17 anos, incluindo a fusão em 1998 do seu Travelers Group com o Citicorp de John Reed. Weill e Reed dividiram as responsabilidades de presidente-executivo, até que Weill venceu uma disputa no conselho em fevereiro de 2000.

Reed recebeu uma bonificação de saída de US$ 5 milhões naquele ano e um "benefício de aposentadoria" anual de US$ 2 milhões. Ele também recebeu serviços de planejamento financeiro por até cinco anos, um carro com motorista, um escritório com secretária "pelo período que você considerar adequado", segundo o Citigroup. Uma mensagem deixada pela Bloomberg no escritório de Reed no Citigroup foi retornada por um assistente que disse que Reed não está dando entrevistas.

Weill recebeu um escritório e uma secretária sob o contrato de consultoria concedido a ele quando deixou o cargo de presidente do conselho de administração em 2006, segundo documentos enviados pelo Citigroup à SEC. Ele também recebeu uma aposentadoria de US$ 1 milhão por ano, honorários de consultoria de US$ 3.846 por dia por até 45 dias por ano, um carro com motorista, segurança pessoal, honorários de planejamento financeiro e cobertura médica e dentária.

O banco concordou em reembolsá-lo pelo imposto de renda que ele teve de pagar sobre os benefícios. Ele recebeu US$ 69 milhões em salários, bonificações e outros pagamentos durante seus três últimos anos de trabalho no banco, segundo os documentos.

Em agosto de 2008, Weill disse ao Citigroup que queria encerrar o contrato, decorridos menos de três anos. Os benefícios foram interrompidos em abril. Prince, Klein e Weill não responderam a mensagens deixadas pela Bloomberg.

Uma possível solucão para contabilidade da TARP?

Um dos pontos discutidos sobre a ajuda que o governo dos EUA está fornecendo aos bancos através do programa denominado Troubled Asset Relief Program corresponde a transparência no uso dos recursos. Em outras palavras, como a entidade pode mostrar a ajuda que está recebendo do governo (e dos contribuintes).

James Deitrick e Michael Granof (Soup-Kitchen Accounting, 18/2/2009, The New York Times, 27) consideram a possibilidade de usar a contabilidade por fundo, um tipo de contabilidade utilizada em entidades sem fins lucrativos.

Nonprofit accounting is designed to ensure that the recipients of grants from the federal government and other benefactors are held accountable for the funds they receive. Regrettably, the big banks that have been granted billions from the Troubled Asset Relief Program are less transparent in their financial reporting than the local soup kitchen that gets federal support.

Nonprofits use what is known as ''fund accounting.'' Fund accounting requires that a separate set of books be maintained for all grants that are designated for a specific activity. The aim is to ensure that the resources are spent for their intended purpose.

Executives of banks that have received TARP cash have said that it is too hard to account separately for how they spend their federal dollars. Money is fungible, they argue, and therefore they cannot readily distinguish between outlays of their own resources and those provided by the government. But that's the type of doublespeak that would get the head of a town's homeless shelter thrown in jail. If bankers are unable to segregate cash by source and specifically account for expenditures, why are they in charge of banks in the first place?

O problema Fiscal com Madoff

Muitos advogados dizem que aqueles que investiram com o Sr. Madoff pode estar apto a deduzir suas perdas como perdas de roubo, que pode ser usada para reduzir outros lucros. Mas isto não está claro se o IRS [o fisco dos EUA] irá aceitar isto ou outros itens, tais como o que os investidores poderiam fazer sobre impostos que foram pagos em anos anteriores por um lucro que eles pensavam que receberiam no futuro mas que agora parece ilusório.

Madoff Victims Turn to IRS To Get Relief --- 'Theft Loss' Claims May Help Investors Recoup Some Money; 'A Lot of Them Are Desperate', Jane J. Kim & Tom Herman, 18/2/2009, The Wall Street Journal, D1

Comportamento e Fusão

Historicamente, as fusões nos Estdos Unidos tem sido julgadas sob o prima do que alguns chamam de hipótese do Homem Econômico. Sob este pensamento, reguladores tentam determinar o impacto da competição assumindo que empresas irão agir logicamente, racionalmente e no seu próprio interesse – uma variação da mão invisível de Adam Smith.

Mas existe um movimento crescente na comunidade antitruste para mudar esta teoria de escolha racional da economia neoclássica em favor da economia comportamental. Sob esta escola de pensamento – parcialmente apoiada pelo chefe do conselho econômico de Obama, Lawrence Summers, economistas examinam como as pessoas realmente agem fazendo decisões.

Wall Street, prepare for another headache: stepped-up antitrust enforcement.
18 February 2009 - The New York Times - National Edition - 2

Efeitos colaterais da crise

Num artigo muito interessante, Daniel Drezner cita os efeitos colaterais da crise. (The Long Legs of the Crash: 13 Unexpected Consequences of the Financial Crisis):

=> o governo ficará mais esperto, já existe uma grande quantidade de mão-de-obra de boa qualidade que pode ser recrutada no mercado.

=> mas aumentará a corrupção. A Transparência Internacional já notou que em períodos de crise a corrupção aumenta pois a prioridade é sobreviver

=> a poluição irá diminuir

=> os jornais, que esperavam obter receitas na internet, terão dificuldades pois teremos menos anunciantes

=> as igrejas receberão mais fiéis

=> as crianças que nascerão neste período serão mais avessas ao risco

=> as saias das mulheres ficarão maiores (já foi comprovado que em recessão as saias aumentam de tamanho), as coelhinhas da Playboy serão mais velhas e mais pesadas (isto também já provado)

=> haverá um aumento na procura do alistamento militar

=> as escolas públicas terão um aumento da demanda

=> aumentará a idade de aposentadoria

=> aumentará o protecionismo e as barreiras a estrangeiros. Reduzirá o número de estudantes em programas de mestrado e doutorado no exterior

=> Os profetas do apocalipse ganharão muito dinheiro

=> Os livros sobre a Depressão (qualquer uma) estarão na lista dos mais vendidos

Fonte: Aqui