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17 dezembro 2024

Austrália exige a divulgação completa de relatórios país a país


Do blog de Richard Murphy

A Austrália tornou-se o primeiro país do mundo a exigir a divulgação pública completa de relatórios país a país.

Os relatórios país a país para empresas multinacionais revelam como essas empresas podem estar utilizando e abusando de paraísos fiscais, transferindo seus lucros para esses locais e, assim, evitando o pagamento de impostos.

Por que isso é relevante para mim? Porque fui eu [Richard Murphy] quem criou o conceito de relatório país a país em 2003.

Também fui um dos principais autores da versão deste padrão para a Global Reporting Initiative, que serve de base para a exigência de divulgação na Austrália.

O comentário australiano sobre a legislação está disponível aqui, e

CFC e sua participação nos comitês internacionais de contabilidade

Do site do CFC:

A entidade participa de uma série de comitês, compostos por profissionais da contabilidade especializados, indicados pela entidade, que analisam documentos e desenvolvem os conteúdos das contribuições.

Quando as consultas são provenientes do International Accounting Standards Board (Iasb), o CFC participa da construção das sugestões por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) do qual participa por meio de representantes. Somente de fevereiro a novembro de 2024, o grupo desenvolveu e enviou dez conteúdos. Essas contribuições podem ser conferidas aqui

Para os documentos disponibilizados pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) e outras entidades relacionadas à sustentabilidade, o Conselho participa com comentários por meio de dois representantes no Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS). Para acessar as contribuições enviadas, clique aqui.    

A autarquia também trabalha para desenvolver cartas técnicas voltadas para a área pública. Dessa forma, para as normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público, o CFC elabora respostas para o International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB). Isso é feito por meio do Comitê Permanente para Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CP CASP). Veja os documentos aqui.

Leitor não especializado prefere poesia gerada pela IA


Uma pesquisa mostrou que a Inteligência Artificial está fazendo poemas que foram avaliados, por leitores não especializados, mais favoravelmente em termos de ritmo e beleza. Eis o resumo:

À medida que os textos gerados por IA continuam a evoluir, torna-se cada vez mais difícil distingui-los dos conteúdos escritos por humanos. Este estudo examinou se leitores não especializados poderiam diferenciar de forma confiável entre poemas gerados por IA e aqueles escritos por poetas humanos renomados. Realizamos dois experimentos com leitores de poesia não especializados e descobrimos que os participantes tiveram um desempenho abaixo do nível de chance ao identificar poemas gerados por IA (46,6% de precisão, χ²(1, N = 16.340) = 75,13, p < 0,0001). Notavelmente, os participantes eram mais propensos a julgar poemas gerados por IA como sendo escritos por humanos do que os poemas realmente escritos por humanos (χ²(2, N = 16.340) = 247,04, p < 0,0001). Descobrimos que os poemas gerados por IA foram avaliados mais favoravelmente em qualidades como ritmo e beleza, o que contribuiu para que fossem erroneamente identificados como de autoria humana. Nossos achados sugerem que os participantes utilizaram heurísticas compartilhadas, mas falhas, para diferenciar poesia de IA da humana: a simplicidade dos poemas gerados por IA pode ser mais fácil de entender para não especialistas, levando-os a preferir poesia gerada por IA e a interpretar erroneamente a complexidade dos poemas humanos como incoerência produzida por IA.

16 dezembro 2024

O que o GPT sabe sobre o blog?


Perguntei: o que você sabe sobre o blog Contabilidade Financeira? Eis a resposta:

O "Contabilidade Financeira" é um blog brasileiro dedicado a temas de contabilidade, finanças e áreas correlatas. Fundado pelo professor César Augusto Tibúrcio Silva, o blog oferece análises, notícias e discussões relevantes para profissionais, estudantes e interessados no campo contábil.

O blog aborda uma variedade de tópicos, incluindo:

  • Análises de Séries Históricas: Apresenta estudos sobre indicadores econômicos ao longo do tempo, como a diferença entre taxas de juros e crescimento econômico desde o século XVI. 

  • Ciência Comportamental: Discute iniciativas como a NudgeRio, a primeira unidade governamental de ciência comportamental do Brasil, que busca melhorar a vida dos cidadãos por meio de soluções baseadas em "nudges".

  • Paradoxo de Jevons: Explora como avanços tecnológicos, embora destinados a aumentar a eficiência, podem levar ao aumento no consumo de recursos e na carga de trabalho, aplicando o conceito ao contexto contábil.

Além do conteúdo informativo, o blog promove a integração da comunidade contábil por meio de iniciativas como o "Amigo Secreto dos Blogs de Contabilidade", que reúne blogueiros da área para troca de experiências e fortalecimento de laços profissionais.

O "Contabilidade Financeira" é reconhecido por sua contribuição significativa ao debate contábil no Brasil, oferecendo conteúdo atualizado e relevante para a comunidade. 

Ele tomou algumas as últimas postagens. E esqueceu da Isabel e Pedro, blogueiros também. 

Citação e raça

 Eis o resumo em português:

Este artigo investiga a existência de disparidades raciais na disseminação de ideias, utilizando a rede de citações de artigos em economia. Com base em um conjunto de dados abrangente de mais de 330.000 publicações entre 1950 e 2021, combinado com dados coletados manualmente dos currículos de milhares de economistas, documentamos que artigos de autores não brancos (negros, hispânicos ou asiáticos) recebem de 5,1% a 9,6% menos citações do que aqueles de autores brancos.  A diferença nas citações persiste, ou até aumenta, com o avanço na senioridade do autor e nos indicadores convencionais de qualidade, sendo especialmente pronunciada para autores negros. Além disso, artigos de autores não brancos têm menor probabilidade de atuar como pontes de citação e são menos frequentemente citados por artigos altamente citados, conforme medido pelos índices de centralidade, o que limita tanto sua influência direta quanto indireta.  Nossa análise indica que essa disparidade não pode ser atribuída a diferenças na qualidade da pesquisa, habilidade do autor ou visibilidade. Em vez disso, ela é amplamente impulsionada pela homofilia nos padrões de citação e por clusters raciais nas redes, onde estudiosos tendem a citar autores do seu próprio grupo racial.  Esses resultados podem ser explicados por um modelo teórico simples, no qual os custos de citação e as preferências no processo de revisão por pares influenciam o comportamento de citação. Em seguida, apresentamos evidências sugestivas de que a redução de fricções informacionais — diminuindo, assim, o custo de citação — poderia reduzir a lacuna racial nas citações em até 50%.  Finalmente, usando processamento de linguagem natural, destacamos a complementaridade entre grupos raciais na pesquisa e discutimos as potenciais perdas causadas pelas barreiras raciais na difusão de ideias.

Eis um trecho da Tabela 1:



Ao contar, mudamos o que conta


Eis o resumo, via tradução GPT:

As pessoas frequentemente se baseiam em métricas numéricas para tomar decisões e formar julgamentos. Embora números possam ser difíceis de processar, levando à sua subutilização, eles são particularmente adequados para comparações. Será que as pessoas decidem de forma diferente quando algumas dimensões de uma escolha são quantificadas e outras não? Exploramos essa questão em 21 experimentos pré-registrados (8 no texto principal, N = 9.303; 13 no suplemento, N = 13.936) envolvendo decisões gerenciais, de políticas públicas e de consumo. Os participantes enfrentam escolhas que envolvem trade-offs (por exemplo, escolher entre funcionários, um dos quais tem maior probabilidade de promoção, mas menor probabilidade de retenção), e randomizamos quais dimensões de cada trade-off são apresentadas numericamente e quais são apresentadas qualitativamente (usando estimativas verbais, visualizações discretas ou visualizações contínuas). Demonstramos que as pessoas sistematicamente mudam suas preferências em direção às opções que se destacam em dimensões de trade-off apresentadas numericamente — um padrão que chamamos de "fixação na quantificação". Além disso, mostramos que essa fixação tem consequências financeiras — ela surge em tarefas de contratação com incentivos reais e em decisões de doação para caridade. Identificamos um mecanismo-chave que sustenta a fixação na quantificação e modera sua intensidade: ao fazer julgamentos comparativos, essenciais para decisões envolvendo trade-offs, informações numéricas são mais fluídas do que informações não numéricas. Nossos achados sugerem que, ao contar, mudamos o que conta.

Rir é o melhor remédio

Pior é que isso é verdade.