Fazer doutorado não é fácil, e pesquisas mostram que uma das principais dificuldades enfrentadas pelos alunos está relacionada à saúde mental. Um estudo realizado com 20 mil estudantes de doutorado na Suécia revelou que os doutorandos eram 40% mais propensos a receber medicação psiquiátrica. No entanto, após a conclusão do curso, parece que a situação volta ao normal.
02 outubro 2024
Saúde mental dos estudantes de doutorado
Inteligência Artificial: preferência por fingir que sabe do que admitir ignorância
Um estudo (via aqui) comparou versões recentes dos três chatbots de inteligência artificial (IA) mostrou que as ferramentas escolhem gerar respostas incorretas, em lugar de admitir que não sabem. A comparação foi feita com as versões anteriores. Além disso, o estudo mostrou que as pessoas não são boas em encontrar as respostas ruins. Isso significa que as pessoas não conseguem identificar os erros, superestimando as respostas oferecidas.
Os pesquisadores espanhóis também descobriram que as versões maiores e melhores da IA são mais precisas, por ser montadas de maneira mais adequada e com o uso do feedback humano. Isso é uma boa notícia.01 outubro 2024
Religião e tecnologia
Uma série de textos pelo Rest of World com uma ligação interessante entre tecnologia e religião. Um deles, mostra um robô elefante, chamado Raman, que foi presenteado pela entidade PETA Índia e a atriz Parvathy Thiruvothu. Com isso, os elefantes reais podem ser substituídos, reduzindo a crueldade com os animais e o risco para os humanos.
Na China, a varredura dos túmulos dos antepassados mortos é uma tradição. Em razão da migração interna, a tradição que inclui depositar flores e comida para que o falecido possa usar após a morte ficou prejudicada. Um empresário lançou a lembrança online, mas não é o único que presta o serviço.
O chatbot JainGPT, lançado há dois anos, responde perguntas sobre o Jainismo, uma religião antiga fundada no sétimo século antes de Cristo na Índia. A população dos seguidores chega a 4 milhões de pessoas.
Já o projeto da Labbaik VR, do Paquistão, criou o primeiro simulador de realidade virtual do mundo para o Hajj e a Umrah – a peregrinação que os muçulmanos fazem para Meca e Medina. Levou cinco anos para ficar pronto e oferece aos usuários fotografias com ângulo de 360 grau de lugares santos.
Para difundir a religião Oshun, em 2022, Osunsemilore Adetut usou o TikTok. Oshun é a deusa do rio Oshun, com associação com a pureza, amor e fertilidade, da tribo Yoruba, uma das maiores da Nigéria. A religião Oshun é minoria, em um país que tem uma predominância muçulmana no norte e católica no sul. São mais de 350 mil seguidores.
Em Chennai, na Índia, a tecnologia também tem sido uma aliada da religião. Usando QR Code, os visitantes podem comprar ingressos para cerimônias e fazer doações. Em razão disso, o códigos substituem o uso de dinheiro, reduzindo o risco de desvio já que o pagamento digital vai direto para conta do templo.
Na Indonésia foram criados aplicativos para ajudar os muçulmanos durante o Halal. Com a maior população muçulmana do mundo, a comida Halal refere-se aos alimentos que seguem a lei religiosa, o que exclui a carne de porco.
Um chat que responde as dúvidas dos seguidores da Igreja Adventista do Sétimo Dia também foi desenvolvido recentemente. Inclui lições sobre livros da Bíblia e orientações sobre família, sexualidade e outros assuntos. O chat usa linguagem informal e emojis.
O TikTok também tem sido usado por monges. Um deles, o vietnamita Giac Minh Luat, tem mais de 3 milhões de seguidores. Ele fala sobre bac xiu, uma bebida local que usa leite condensado e café, família, relacionamentos e outros temas.
Na Coreia do Sul, um pastor interpreta a Bíblia com auxílio da IA. Nesse caso, a tecnologia ajuda na gravação da sua voz, com a leitura do livro. Ele usa uma plataforma de IA generativa e oferece áudio religiosos. Com a ajuda da IA, ele registrou a Bíblia inteira em apenas cerca de uma hora.
Os muçulmanos precisam rezar cinco vezes ao dia, voltado para Caaba, Meca. Isso não é uma tarefa fácil. O aplicativo Miqat ajuda os crentes, usando o sensor de campo magnético do telefone para indicar a direção da oração.
A impressão 3D foi usada na Índia para criar um templo dedicado a três divindades: Ganesh, Shiva e Parvati. As regras do Agama Shastra foram usadas para construir o templo. Essas regras são de 1.100 antes de Cristo.
Outros exemplos estão disponíveis no site da organização.
Processo judicial e valor de mercado
Preço do petróleo para o equilíbrio orçamentário da Arábia Saudita
A Arábia Saudita precisa de preços mais altos para o petróleo a fim de manter um orçamento público equilibrado. O país está gastando muito em projetos grandiosos, como Neom, a cidade futurista, e também em competições, como a Copa do Mundo. No entanto, a redução do crescimento econômico da China, o maior importador de petróleo do mundo, fez com que o preço do barril ficasse abaixo do ponto de equilíbrio, que é de 96,2 dólares por barril.
OpenAI pode deixar de ser uma entidade sem fins lucrativos
Uma entidade, ao ser constituída, pode escolher o tipo de atuação que terá. Isso inclui as formas jurídicas, mas também se será uma entidade com ou sem fins lucrativos. A empresa OpenAI, que trouxe o ChatGPT, foi constituída como uma entidade sem fins lucrativos. Isso pode parecer estranho, mas foi a decisão dos seus fundadores.
Depois de lançar um produto de enorme sucesso, a OpenAI está planejando uma grande transformação: deixar de ser uma instituição sem fins lucrativos e tornar-se uma empresa com fins lucrativos. Sendo talvez a startup mais importante do mundo hoje, dominando um mercado enorme de IA, a mudança pode facilitar o processo de captação de recursos pela empresa.
Manter uma empresa de IA exige um grande volume de investimentos. Existe uma previsão de financiamento estimada em 150 bilhões de dólares, mas para isso deve ocorrer a mudança, conforme destacou a newsletter da Semafor. Na estrutura de empresa tradicional, o atual CEO, Sam Altman, teria uma participação entre 5% e 7%, e os acionistas, incluindo a Microsoft, também seriam recompensados.
Os impactos do horário de verão
Fonte da imagem: aqui |
Já comentamos diversas vezes sobre o horário de verão: aqui,
A Superinteressante publicou uma matéria em que cientistas argumentam um outro lado: o impacto na população.
Um grupo de 26 cientistas assinou um manifesto que diz que, apesar da possível economia energética, a adoção do horário de verão não compensa os possíveis desgastes na saúde da população, que tem que se adaptar ao novo padrão do relógio. [...]
De acordo com eles, os ritmos biológicos dos seres humanos estão muito relacionados ao ciclo natural de dia e noite. A luz e a escuridão naturais são essenciais para regular nosso sono, apetite, funções cardiorrespiratórias, desempenho cognitivo e até humor. “A exposição à luz natural”, escrevem os especialistas, “é crucial para sintonizar nosso relógio biológico com o ambiente”. Esse alinhamento natural dos ritmos do corpo com os ciclos da natureza já tem sido profundamente modificado nos últimos séculos. Luzes artificiais nos ajudam a estender o dia até a madrugada, se quisermos ou precisarmos. Para os cientistas, a volta do horário de verão só vai contribuir mais para esse descompasso. Os especialistas ainda explicam que várias pessoas conseguem se adaptar ao horário de verão, mas muitas continuam fora de sintonia.