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Sobre débitos e créditos da vida real
Hoje vamos explorar algumas dicas simples e eficazes que podem transformar a rotina de estudos (ou de trabalho) e melhorar o bem-estar geral.
Inicialmente, para os desavisados: como sugerido pelo nome do nosso blog, sou contadora e não médica, então os meus pitacos aqui são apenas isso: pitacos embasados por links. Ao mesmo tempo, são coisas tão inequívocas que todos nós deveríamos não apenas saber, como também aplicar.
Foto de Oliver Plattner na Unsplash |
O mais óbvio: hidratação
A desidratação, mesmo leve, pode diminuir o desempenho, a capacidade de concentração e a memória de curto prazo.
Fato curioso: sou conhecida por ser a pessoa que, quando
alguém relata qualquer sintoma de vida para mim, questiono: você está bebendo
água?
E sabe porque sou assim? Primeiro porque curto muito uma aguinha
com gás gelada, mas principalmente porque me ensinaram que tudo fica mais
difícil quando estamos desidratados. A cabeça dói, o cansaço aperta, o humor
oscila. É um mal estar muito fácil de ser resolvido. Então, por que não?
A BBC diz aqui que “se manter
devidamente hidratado pode fazer uma grande diferença em nosso cérebro,
desempenho físico e saúde geral. [...] Vários estudos mostraram que beber mais
água também leva a melhorias na memória de curto prazo, na atenção e na memória
de trabalho. Pode reduzir ainda significativamente dores de cabeça regulares,
melhorar o aspecto da pele e seu humor. Por último, mas não menos importante,
pode te ajudar a perder peso.”.
Você não gosta de água? Tente água com gás, ou água com
gengibre e hortelã, ou água de coco, ou qualquer umas das diversas variações de
hidratação disponíveis. (E se não gostar de nenhuma, engula o choro, até porque
ele desidrata, e beba água normal do filtro mesmo. Será só mais uma frustração
da vida, mas você ficará com a pele linda!)
Outro ponto de atenção: quando se tratar de garrafas
reutilizáveis, deve haver higienização diária. Isso mesmo. Não é muito saudável
deixar aquela garrafa a vida inteira na sua mesa de trabalho e só ir enchendo.
(Aqui outra
reportagem da BBC sobre o assunto.) As opções são: utilizar copos ou matar a
natureza e comprar garrafas descartáveis. De vez em quando opto por fingir que
um dia dura 72h. Essa alienação me ajuda, então deixo como sugestão.
O muito óbvio: atividade física
Eu sei, eu sei. Você está aí, em casa, na paz, curtindo o
seu domingo, e cá estou eu falando esse tipo de coisa. Mas outro dia eu estava desanimada, fui para academia e, infelizmente, tive que relatar para
algumas amigas que: sim, ajudou. Deixar de estudar um pouco para, em troca,
praticar alguma atividade física interessante, tem a chance de te trazer muito
mais rendimento do que passar horas e horas a fio, com a cara nos livros. Eu
sei que você sabe. Eu também sei. Mas escrevo aqui por todos nós, para o dia em
que sentirmos: até parece que alguma coisa vai salvar o meu dia! Mas sim,
algumas coisas salvam. Além disso, você dormirá melhor e isso é parte
fundamental para o aprendizado (aqui, outra da BBC),
com o tempo você terá mais disposição, então renderá melhor; também terá humor,
foco e disposição aprimorados.
Sugestões simples e baratas: caminhadas e corridas na rua, exercícios com professores no YouTube, tal como exercícios de alta intensidade
(HIIT), flexões, agachamentos, calistenia, dança. Há um canal no YouTube que
adoro, da Pri Leite, com exercícios de yoga, relaxamento e alongamento, como,
por exemplo, “yoga para
fortalecer a coluna”, “yoga
para escritório” e “yoga
para foco e disposição”.
Foto de Alex Ronsdorf na Unsplash |
O óbvio mais discreto: exposição ao sol
Além dos benefícios relacionados à vitamina d que a
exposição solar nos traz, há também evidências de que aumenta a nossa
serotonina, melhora o humor e a disposição. A BBC acrescenta que o tempo de exposição ao sol pode ajudar o coração e o
sistema imunológico. Bastam 5 a 10 minutos ao dia.
Uma reportagem
da Time diz que não há evidências científicas claras que façam com que os
médicos passem a receitar a luz do sol como cura, mas brinca que se você se
sentir desanimado, talvez não seja uma má ideia levantar-se e procurar um pouco
de luz — desde que ela venha do sol, e não do teto.
Embora essas dicas possam parecer óbvias, incorporá-las à nossa rotina pode fazer uma grande diferença no bem-estar e desempenho acadêmico.
Resumo das postagens anteriores
Em julho de 2024, o FASB completou a alteração em sua estrutura conceitual com o capítulo sobre mensuração.
O FASB entende que devem existir múltiplos sistemas de mensuração e propõe o uso de dois: preço de entrada e preço de saída.
O preço de entrada é o sistema de custo histórico.
O entendimento do preço de saída é fácil depois do que já comentamos nas postagens anteriores. Refere-se ao montante que seria registrado se a entidade tivesse que vender um ativo ou ao quanto pagaria para liquidar, ou transferir, um passivo. Quando o preço de saída é calculado a partir de um participante do mercado, temos o valor justo. O FASB faz uma distinção entre valor justo e preço de saída específico: o valor justo é o preço que um participante do mercado esperaria receber; e o preço específico é o preço que uma entidade específica esperaria receber na venda de um ativo ou no pagamento de um passivo. Um detalhe sutil é que, em todo o documento até agora, há uma ênfase na palavra "preço" em vez de "custo" ou similar. Mas aqui o FASB usa o termo "valor".
Acho que seria interessante expor aqui o conceito de valor justo do documento. Eis: "Um preço de saída determinado ou estimado (usando fluxos de caixa ou de outra forma) a partir da perspectiva de um participante do mercado é mais comumente referido como valor justo, que é o preço que um participante do mercado esperaria receber para vender um ativo ou esperaria pagar para liquidar ou transferir um passivo em uma transação ordenada." Veja que são duas perspectivas de medição pelo preço de saída: do participante do mercado e da entidade. O valor justo está associado à primeira. E quando for feita a estimativa pelo valor justo, deve ser calculado com as suposições que um participante do mercado consideraria no seu cálculo.
Uma das diferenças entre o sistema de medição de preço de entrada e o de preço de saída é que o segundo não resulta na alocação de custos para cada período do relatório. Assim, os ativos depreciáveis e os passivos onerosos são medidos a partir do sistema de preço de entrada. Mas a mensuração de saída apresenta algumas complexidades que são rapidamente consideradas no documento do FASB. Isso inclui transações onde não exista independência entre as partes, como entre partes relacionadas, contribuições de caridade, participações acionárias, entre outras. O FASB trata do caso geral no documento e indica que casos particulares devem ser objeto de discussão nos padrões específicos.
Resumo das postagens anteriores:
* Em julho de 2024, o FASB completou a alteração em sua estrutura conceitual com o capítulo sobre mensuração.
* O FASB entende que devem existir múltiplos sistemas de mensuração e propõe o uso de dois: preço de entrada e preço de saída.
Nesta postagem, iremos detalhar o preço de entrada.
Em uma nota, o FASB esclarece que o sistema de mensuração pelo preço de entrada é muitas vezes considerado, nos textos, como sistema de custo histórico. Em outras palavras, é o "preço de entrada (custo)", podendo o montante ser alocado ao longo do período de benefício. Isso ocorre com a amortização de um ativo depreciável. Da mesma forma, ocorre algo similar com o passivo, com a acumulação de despesa financeira.
A finalidade não é aproximar-se de um preço, mas alocar parte do preço de entrada para receita ou despesa em cada período. Este é um procedimento bastante conhecido na contabilidade. Quando uma entidade compra uma máquina, ela usa o preço de entrada. E o número registrado no balanço é levado a resultado por meio da despesa de depreciação.
Por mais de uma vez, o FASB lembra que o preço de entrada não pode ser superior ao recuperável — por disposição ou uso — assim como o preço do passivo não pode ser inferior ao valor líquido a pagar. Quando isso não ocorrer, o preço de entrada deve ser reavaliado para refletir a perda de valor do ativo ou a alteração no valor de liquidação do passivo. Nessa situação, a nova mensuração deve imputar ao ativo ou passivo um preço de saída.
A estrutura reconhece que todos os itens necessários para fazer o ativo ser usado pela entidade devem ser incluídos no preço de entrada inicial. Um exemplo seria uma empresa que compra uma máquina, mas deve pagar o frete, alguns impostos para o governo e um especialista para realizar a instalação. Todos os itens devem estar inclusos no preço de entrada que irá constar nas demonstrações financeiras. O mesmo é válido para o passivo: os custos de transação necessários para se ter uma obrigação devem ser considerados no preço de entrada do passivo.
Fazendo um breve resumo da postagem anterior:
* Em julho de 2024 o Fasb completou sua Estrutura Conceitual com o capítulo de mensuração
* O Fasb optou por adotar múltiplos sistemas de mensuração, por entender que isso cumpre melhor o objetivo da informação