Translate

16 maio 2024

Efeito Streissand

A cantora e atriz Barbra Streisand resolveu reclamar de um cineasta que tinha filmado sua mansão. O protesto de Streisand deu origem ao efeito Streisand, onde a tentativa de calar alguém chama ainda mais atenção para o fato.

Um efeito similar ocorreu na Austrália. A bilionária Gina Rinehart parece que não gostou de um quadro que a retratava. Veja a imagem a seguir e parece que Rinehart tem uma certa razão. A foto dela aparece ao lado, para fins de comparação.  

A pintura estava na Galeria Nacional e é de autoria de Vincent Namatjira. O resultado é que a Galeria rejeitou a solicitação. E parece que atraiu muito mais atenção. Graças a própria pessoa que se sentiu insultada. 

Veja aqui e aqui

15 maio 2024

JCP, Ambev e Carf

A 2ª Turma da 3ª Câmara da 1ª Seção do Conselho Administrativo De Recursos Fiscais (Carf) rejeitou parcialmente nesta terça-feira, 14, um recurso da Ambev em processo no qual a Receita questiona métodos contábeis usados pela empresa para pagamentos de Juros sobre Capital Próprio (JCP). O caso somava R$ 6,9 bilhões em discussão, mas, em alguns pontos do julgamento, os conselheiros deram razão à companhia, o que reduz esse impacto. No Formulário de Referência de 2023, a Ambev já classificava a perda como “possível”. A empresa pode recorrer da decisão na Câmara Superior do Carf ou no Judiciário. Em nota, a Ambev afirmou entender que a conclusão não tem amparo legal e que a companhia está “suportada por argumentos jurídicos sólidos”.

O debate jurídico travado entre a Ambev e o Fisco remonta a uma operação de 2013, quando a companhia implementou uma reestruturação societária, que envolveu uma troca de ações. Com isso, a Ambev reconheceu em seus registros contábeis a contrapartida da diferença entre o valor de seus papéis emitidos para a troca e o valor patrimonial das ações da controlada no patrimônio líquido por meio da conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP).

A Receita, contudo, contesta o uso desta conta, por entender que a prática infla o patrimônio líquido e aumenta a base do JCP, pelo fato de a APP não ser utilizada no cálculo dos proventos, que ficam livres desse lançamento redutor. O JCP permite que a remuneração aos acionistas seja enquadrada como despesa – e, assim, abatida do Imposto de Renda, o que é vantajoso para as empresas.

A discussão bilionária que opõe a Ambev e o Fisco se refletiu, inclusive, nas mudanças que o governo negociou para o JCP, aprovadas no ano passado pelo Congresso. A equipe econômica reclamava de registros de entradas relevantes para patrimônio líquido, enquanto o lançamento redutor era feito em outra conta. Para o cálculo do JCP, o valor positivo era considerado e o negativo não era excluído. Isso, agora, está expressamente vedado.

“A empresa escolheu fazer esses lançamentos, aumentando em R$ 97 bilhões seu patrimônio líquido. E, na hora de fazer o ajuste, fez ajustes que não tem efeitos fiscais. É legítimo? Essa é a discussão. E não é apenas inconformismo por efeitos tributários. A empresa violou a expressa previsão da Lei das S.A”, argumentou a procuradora da Fazenda Nacional, Livia Queiroz, durante o julgamento.

O relator no Carf, Wilson Kazumi Nakayama, descartou que a Ambev tenha recorrido a alguma “simulação” na reestruturação societária, mas não concordou com o uso da conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial. “O procedimento tornou o patrimônio líquido inflado, pelo fato de ter ajustado o patrimônio líquido pela AAP, que não é utilizada no cálculo do JCP”, disse o conselheiro.

Para os advogados da empresa, a mudança legal aprovada pelo Congresso no ano passado é um dos indicativos de que a prática adotada – uso da conta de AAP – não era vedada, o que não justificaria a ação do Fisco em suas autuações após a operação de 2013. “E a conta de AAP é a mais vocacionada para receber na contabilidade a diferença de valor justo e valor contábil. Esse foi o raciocínio adotado pela Ambev. E as duas auditorias consideraram esse tratamento adequado também (…) Se a lei precisou ser mudada, e essa linha atinge essa operação, é porque no período anterior, o que ela prevê não se aplicava”, afirmou o advogado Gustavo Haddad durante o julgamento no Carf.

Em nota sobre o resultado, a Ambev afirmou entender que a decisão proferida não possui amparo legal. “Trata-se de caso decorrente da divergência de interpretação da legislação tributária e a defesa da Companhia está suportada por argumentos jurídicos sólidos, corroborados por pareceres externos”, disse a companhia, destacando ainda que eventual decisão desfavorável no tribunal administrativo não é definitiva e “que irá recorrer, cabendo a palavra final, em última instância, ao Poder Judiciário”.

A previsão era que a turma julgasse também nesta terça outro processo da Ambev com o mesmo pano de fundo, com R$ 4,6 bilhões em discussão. A relatora deste caso, Maria Angelica Echer Ferreira Feijo, no entanto, avaliou que uma nova diligência é necessária para o julgamento do recurso, envolvendo um laudo apresentado pela Ambev. Já o processo analisado, sob relatoria do conselheiro Nakayama, é de uma autuação referente à dedução de JCP nos anos de 2015 e 2016, questionando os efeitos contábeis e societários da reestruturação societária e seus impactos no incremento do cálculo do limite da dedutibilidade do JCP.

Fonte: aqui

Ciência resolve um mistério sobre Beethoven

 A ciência parece ter resolvido um mistério sobre Beethoven. O grande músico ficou famoso por perder a audição aos 20 anos. Mas este não foi o único problema de saúde. Durante sua vida, Beethoven teve que conviver com problemas como câimbras abdominais, flatulência e diarreia. Existia uma grande especulação sobre a causa: doença de Paget, síndrome do intestino irritável, sífilis, diabetes e outras doenças foram especuladas.


Usando mechas de cabelo do músico, o mistério foi resolvido. A Clínica Mayo realizou testes nos cabelos do compositor quando ele tinha 56 anos. E encontraram de 258 a 380 microgramas de chumbo. Uma pessoa normal deveria ter 4 microgramas. No mundo de Beethoven, o chumbo era usado em vinho barato para dar um sabor adocicado. Além disso, eram fermentados em caldeiras de chumbo. E as rolhas eram embebidas com chumbo para melhorar a vedação.

Cientistas do Clima e Filhos

 Muito bom este texto

Todas as pessoas (normais) reconhecem que as mudanças climáticas estão chegando e vão alterar seriamente a forma como praticamente todos vivem. Eu sempre me perguntei se as pessoas vão parar de escolher ter filhos - afinal, só Deus sabe como será o mundo que eles herdarão em 50 anos.


O The Guardian consultou especialistas, entrevistando exclusivamente cientistas do clima do sexo feminino sobre como se sentem em relação a ter filhos. Os resultados não são encorajadores. Mas também não são surpreendentes. 

Uma pesquisa exclusiva do The Guardian descobriu que quase um quinto das especialistas em clima que responderam optaram por não ter filhos, ou ter menos filhos, devido às crises ambientais que afligem o mundo.

Essas não são pessoas aleatórias apocalípticas ou conspiratórias. E elas não são aquelas liberais do tipo "sonho febril" da Fox News, obstinadas em destruir a economia mundial para promover uma agenda marxista/venezuelana/ateísta. Essas mulheres têm uma bola de cristal chamada ciência que lhes permite ver o futuro e estão pensando duas vezes em trazer filhos para o mundo que veem se aproximando.

Mais do que apenas impulsos biológicos, ter filhos é um ato fundamentalmente otimista - você olha ao redor e decide que, no balanço geral, o futuro parece brilhante. Para pensar sobre o futuro, você tem que acreditar que continuará a haver futuro.

E isso é preocupante.

Confesso que fiquei questionando se a decisão não está vinculada ao ambiente pessimista da área. Afinal, você precisa ser pessimista para obter verbas para suas pesquisas. 

Celular e escola

 Um pesquisa mostrou os efeitos da política contra os celulares em escolas da Noruega. Onde os alunos ficaram sem os telefones foi considerada uma política rigorosa; em algumas escolas, os celulares podiam ser acessados nos intervalos foi classificado como política branda. 

Quatro anos após a adoção da medida, foi verificado o efeito sobre os alunos. Houve efeitos na saúde mental, em razão do número de consultas médicas na área. Em alguns casos, ocorreu um aumento na pontuação, especialmente nos casos de proibições mais rigorosas, mas tudo leva a crer que o principal benefício foi na saúde mental.