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17 fevereiro 2024

Rir é o melhor remédio

 

Mais tarefa para fazer: consequência de ser competente

Realidade, mídia social e contabilidade

O mundo da mídia social não é o mundo real. Só uma pessoa muito inocente para não saber disso. A Bloomberg estranhou como a conta do Instagram ou do TikTok da empresa WeWork parecia que nada estava ocorrendo (foto abaixo), exceto naturalmente para alguns dos comentários. 


Em novembro - poucos dias depois que a WeWork entrou com pedido de falência - a empresa comemorou a Semana de Gratidão aos Membros. Em dezembro, eles publicaram um vídeo "Year in Review", no qual um seguidor perguntou por que os problemas não com a falência não foram incluídos. Em janeiro, eles publicaram uma foto de um cachorro bebendo uma xícara de matcha gelado. (...) É tão ilusório que eu até adoro.

Se você quiser saber sobre uma empresa, afaste da mídia social. Parece uma regra simples, não? 

Um método estranho de imputação de dados no Excel

Este é um daqueles casos em que você não acredita no que está lendo. Um estudo com 27 países, já publicado, empregou um método pouco usual para lidar com os dados faltantes. O primeiro autor é um professor de uma universidade da Suécia, e o caso foi descoberto por um aluno de doutorado.

O estudante estava trabalhando com algo semelhante e sabia que existiam informações ausentes. Na linguagem mais técnica, seriam os "missing". Há diversas formas de tratar essa situação: você pode substituir pela média, fazer uma correlação entre duas variáveis, entre outras maneiras. Um livro básico, como "Análise Multivariada", de Hair et al., tem uma explicação sobre isso. Alguns softwares ajudam no tratamento desse problema, como o SPSS.

O que o estudante descobriu não se encaixava em nenhum dos casos. Ele ficou curioso, pois o artigo afirmava que tinha tratado os dados como se não existissem lacunas, e por isso entrou em contato com Almas Heshmati (foto), o professor de economia da Universidade Jönköping, na Suécia, perguntando como ele lidou com os dados ausentes.


O professor respondeu que tinha usado a função de preenchimento automático do Excel para corrigir os dados. Mas se o espaço tivesse sido preenchido com números negativos, Heshmati usava o último valor positivo. Detalhe, do Excel. (Nada contra a planilha) O processo de imputação é comum em pesquisa, mas o uso do preenchimento automático do Excel como técnica é algo inusitado.

Mas o aluno descobriu também que, em vários casos, quando não havia observações para o preenchimento, os autores usaram os dados de um país adjacente. E com esse método, o professor preencheu milhares de células do seu banco de dados. A proporção de intervenção dos pesquisadores é maior que 10% do total.

Rir é o melhor remédio

Liderança, teoria e prática
 

16 fevereiro 2024

O caso da "amizade" entre auditor e empregado da empresa auditada

O GoingConcern apresenta uma situação onde o auditor aproximou-se demais da empresa auditada. Sendo mais claro, um dos auditores se envolveu “romanticamente” com o executivo da empresa. O caso ocorreu com a empresa Asda, cujo executivo Mohsin Issa, iniciou um relacionamento com uma das auditoras da EY. 


A EY afirmou que a auditora envolvida não tinha realizado nenhum trabalho relacionado com a auditoria da Asda e que a mesma tinha deixado a empresa. A Asda é uma empresa de varejo, que atua no Reino Unido, com 630 lojas físicas e 160 mil empregados. Fatura 23 bilhões de libras e é a segunda empresa do setor. Apesar de ter sido adquirida pelo Walmart, a Asda atua de forma independente. 

O caso que afetou a EY não é o primeiro para a big four. Em 2014 a EY descobriu um relacionamento entre um auditor e o ex-diretor de contabilidade e controlador da empresa Ventas. E pagou uma multa por isso nos Estados Unidos. 

Ou seja, nada de amizade entre o auditor e qualquer empregado da empresa auditada. 

Rir é o melhor remédio

Mude a forma de medir
 

15 fevereiro 2024

Anguilla tem na internet uma importante fonte de receita

Anguilla é um conjunto de ilhas localizado no Caribe. Sua capital é The Valley e seus 15 mil habitantes possuem o inglês como língua oficial. Sua economia dependia do turismo, pesca e setor financeiro. Nos últimos meses, a pequena ilha passou a receber um fluxo de recursos oriundos de uma fonte diferente de divisas: o aluguel de domínio da internet. Toda vez que alguém decide colocar a terminação de inteligência artificial com seu nome, que corresponde a “ai” em língua inglesa, é necessário pagar uma taxa para o proprietário do domínio “ai”, no caso Anguilla. 


Parece pouco, mas segundo o administrador do registro corresponde a 3 milhões de dólares por mês, com estimativa de dobrar para 6 milhões em um ano. Ao contrário de Tuvalu, domínio “tv”,  que terceirizou o domínio, a gestão, o gerenciamento é feito localmente, o que significa que boa parte da receita está chegando aos cofres públicos.