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17 fevereiro 2024

Um método estranho de imputação de dados no Excel

Este é um daqueles casos em que você não acredita no que está lendo. Um estudo com 27 países, já publicado, empregou um método pouco usual para lidar com os dados faltantes. O primeiro autor é um professor de uma universidade da Suécia, e o caso foi descoberto por um aluno de doutorado.

O estudante estava trabalhando com algo semelhante e sabia que existiam informações ausentes. Na linguagem mais técnica, seriam os "missing". Há diversas formas de tratar essa situação: você pode substituir pela média, fazer uma correlação entre duas variáveis, entre outras maneiras. Um livro básico, como "Análise Multivariada", de Hair et al., tem uma explicação sobre isso. Alguns softwares ajudam no tratamento desse problema, como o SPSS.

O que o estudante descobriu não se encaixava em nenhum dos casos. Ele ficou curioso, pois o artigo afirmava que tinha tratado os dados como se não existissem lacunas, e por isso entrou em contato com Almas Heshmati (foto), o professor de economia da Universidade Jönköping, na Suécia, perguntando como ele lidou com os dados ausentes.


O professor respondeu que tinha usado a função de preenchimento automático do Excel para corrigir os dados. Mas se o espaço tivesse sido preenchido com números negativos, Heshmati usava o último valor positivo. Detalhe, do Excel. (Nada contra a planilha) O processo de imputação é comum em pesquisa, mas o uso do preenchimento automático do Excel como técnica é algo inusitado.

Mas o aluno descobriu também que, em vários casos, quando não havia observações para o preenchimento, os autores usaram os dados de um país adjacente. E com esse método, o professor preencheu milhares de células do seu banco de dados. A proporção de intervenção dos pesquisadores é maior que 10% do total.

Rir é o melhor remédio

Liderança, teoria e prática
 

16 fevereiro 2024

O caso da "amizade" entre auditor e empregado da empresa auditada

O GoingConcern apresenta uma situação onde o auditor aproximou-se demais da empresa auditada. Sendo mais claro, um dos auditores se envolveu “romanticamente” com o executivo da empresa. O caso ocorreu com a empresa Asda, cujo executivo Mohsin Issa, iniciou um relacionamento com uma das auditoras da EY. 


A EY afirmou que a auditora envolvida não tinha realizado nenhum trabalho relacionado com a auditoria da Asda e que a mesma tinha deixado a empresa. A Asda é uma empresa de varejo, que atua no Reino Unido, com 630 lojas físicas e 160 mil empregados. Fatura 23 bilhões de libras e é a segunda empresa do setor. Apesar de ter sido adquirida pelo Walmart, a Asda atua de forma independente. 

O caso que afetou a EY não é o primeiro para a big four. Em 2014 a EY descobriu um relacionamento entre um auditor e o ex-diretor de contabilidade e controlador da empresa Ventas. E pagou uma multa por isso nos Estados Unidos. 

Ou seja, nada de amizade entre o auditor e qualquer empregado da empresa auditada. 

Rir é o melhor remédio

Mude a forma de medir
 

15 fevereiro 2024

Anguilla tem na internet uma importante fonte de receita

Anguilla é um conjunto de ilhas localizado no Caribe. Sua capital é The Valley e seus 15 mil habitantes possuem o inglês como língua oficial. Sua economia dependia do turismo, pesca e setor financeiro. Nos últimos meses, a pequena ilha passou a receber um fluxo de recursos oriundos de uma fonte diferente de divisas: o aluguel de domínio da internet. Toda vez que alguém decide colocar a terminação de inteligência artificial com seu nome, que corresponde a “ai” em língua inglesa, é necessário pagar uma taxa para o proprietário do domínio “ai”, no caso Anguilla. 


Parece pouco, mas segundo o administrador do registro corresponde a 3 milhões de dólares por mês, com estimativa de dobrar para 6 milhões em um ano. Ao contrário de Tuvalu, domínio “tv”,  que terceirizou o domínio, a gestão, o gerenciamento é feito localmente, o que significa que boa parte da receita está chegando aos cofres públicos. 

Rir é o melhor remédio

Imagino isso, com dois professores, falando do absurdo de alguém não conseguir fechar o balanço sem o auxílio de uma calculadora. 
 

14 fevereiro 2024

Séries "antigas" de comédia que valem o seu tempo

Passei alguns dias com covid-19 (cuidem-se bem!) e o lado bom foi me atualizar um pouco nos streamings. Estou devendo muitas postagens por aqui, mas no propósito de ir aos poucos, aqui vai uma light e ainda em clima carnavalesco: séries “antigas” que valem o seu tempo!

THE MIDDLE


Se você curte comédias familiares leves, em um bom estilo “Jovem Sheldon” (Netflix, HBO Max e Prime Vídeo) ou “Todo Mundo Odeia o Cris” (Prime Vídeo e Paramount), recomendo fortemente “The Middle: uma família perdida no meio do nada”, disponível na HBO Max. A série, que foi ao ar de 2009 a 2017, em nove temporadas, acompanha as aventuras de uma família comum tentando lidar com os desafios do dia a dia. Do irmão mais velho implicando com a irmã do meio, ao irmão caçula que passa despercebido e não recebe muita atenção, além das dificuldades dos pais, cada episódio tem a dose certa de humor e familiaridade.

Preferido: Há um episódio na segunda temporada intitulado “uma história de aniversário” em que o caçula, Brick, organiza uma festa de aniversário de última hora que quase enlouquece a mãe. Para piorar, ele pede que finalmente seja contada a história do seu nascimento, que por algum motivo é sempre evitada. A essa altura já aceitamos algumas licenças poéticas, pois já nos sentimos parte da família, mas esse episódio em especial mostra como há determinadas ousadias geniais na tentativa de não cair em uma mesmice.

O único defeito de The Middle é eventualmente que tem um fim.


THE NANNY
Ainda na vibe família, The Nanny é uma sitcom que passava na Band lá nos anos 1990 e também na Sony Channel, da TV a cabo. Atualmente está disponível no Prime Vídeo e na HBO Max. A trama acompanha Fran, uma vendedora de beleza que por acaso se torna babá de uma família desesperada por ajuda. Com métodos pouco convencionais, mas divertidos, ela conquista não só as crianças, como todos nós com seu carisma e leveza. Se você desconsiderar algumas piadas que não envelheceram bem, especialmente as frequentes tiradas em relação à idade e solteirice da protagonista, essa série familiar vai te dar alguns momentos leves de entretenimento.

COMMUNITY
Community, atualmente disponível no Prime Vídeo, é uma série que mergulha na vida de um grupo de amigos universitários enquanto enfrentam situações cotidianas. A trama se desenrola em uma faculdade comunitária, frequentadas por aqueles considerados “fracassados”. O grupo improvável se reúne em uma sala privativa da biblioteca para estudar espanhol, dando origem a uma série de histórias engraçadas e bastante atenta a detalhes.

Personagens: O líder é um espertalhão cheio de lábia que fingia ser advogado e desfrutava de muito sucesso até descobrirem que seu diploma universitário era fraudulento; há também uma ex-aluna-brilhante que sofreu um colapso decorrente do vício em Ritalina; uma ex-estrela de futebol americano que perdeu a bolsa de estudos após uma lesão; uma pessoa com transtorno do espectro autista apaixonado por cinematografia, mas pressionado a estudar “algo mais prático”; uma dona de casa divorciada em busca de autodesenvolvimento; um aposentado ocupando o tempo; e uma pessoa distraída, mas sempre engajada em alguma causa.

A série foi ao ar entre 2009 e 2015, com seis temporadas. Seu elenco inclui o renomado comediante Chevy Chase, conhecido pelos seus papéis na franquia Sessão da Tarde “Férias Frustradas”, e o rapper Donald Glover, também conhecido como Childish Gambino, que posteriormente criou e estrelou Atlanta, que lhe rendeu dois Emmys, e atualmente pode ser visto em Mr. e Mrs. Smith, disponível no Prime Video.



SEINFELD


Pra quem prefere um humor mais adulto e sarcástico, Seinfeld é a escolha certa. Disponível na Netflix, a série foi ao ar entre 1989 e 1997 e foi descrita como: uma série sobre o nada. A história gira em torno do comediante de stand up Jerry Seinfeld e suas relações cotidianas (e absurdas) com o vizinho Kramer, sua ex-namorada Elaine e seu melhor amigo, George.

Vale a pena: Um dos meus episódios preferidos se passa inteiramente em um estacionamento, quando os quatro vão ao shopping e esquecem onde pararam o carro, enquanto Kramer carrega uma caixa com um ar condicionado. Achei simples e muito bem executado!

Não tão bom: Há também algumas tomadas no início e fim de cada episódio com o Jerry performando seu stand up e isso dá algum tom, mas é a parte menos empolgante do todo, então não se deixe desanimar, caso não aprecie estes momentos.



Você já assistiu algumas dessas séries ou tem mais alguma para indicar? Participe nos comentários!