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08 fevereiro 2024

Coisas interessantes que aprendi em 2023



Ao final de cada ano há uma mania de listas: os melhores filmes, os melhores livros e assim por diante. Uma das listas favoritas é “Coisas Interessantes que aprendi no ano”. Originalmente por Tom Whitwell, que lista 52 coisas. Jason Kottke também faz sua lista. Para 2023 e usando as duas listas, selecionei o seguinte algumas preciosidades. O link para fonte você poderá encontrar no original: 

  • O Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem receita de 100 milhões de dólares com máquinas de caça-níqueis usadas por soldados nas bases
  • Nos dias atuais, uma de cada cinco pessoas possui uma deficiência e 100% das pessoas terão alguma forma de deficiência durante a vida
  • Alguns policiais mexicanos corruptos estão usando maquinhas de cartão para coletar os subornos no trânsito
  • Originalmente a bebida champanhe era adoçada em graus diferentes, conforme o gosto local. Os russos tinham uma adição de 300 gramas de açúcar e o britânicos 50. Um dia, em 1842, Perrier-Jouet resolveu lançar o champanhe sem açúcar. Inicialmente foi um fracasso e deram um nome de Brut. Mas o lançamento deu certo. 
  • 75% dos assassinatos na cidade de Chicago começam com discussões que foram longe demais. 
  • Uma geladeira média dos Estados Unidos usa de 3 a 5 vezes a eletricidades que uma pessoa na Nigéria consome
  • A Escócia recuperou sua cobertura florestal que tinha há mil anos. E está ocorrendo com a Inglaterra, que atualmente possui um nível de 1350. 
  • O pão ciabatta foi inventado em 1982
  • O metrô da cidade de São Francisco é operado pelos moderno disquetes de 5 ¼
  • A montanha de Gangkhar Puensum (foto) possui 7.570 metros de altura e nunca foi escalada. A principal razão é que o montanhismo é proibido no Butão, onde a montanha está localizada. 
  • Os furacões não atravessam a linha do Equador. 
  • Os juízes de futebol da Premier League não podem apitar os jogos dos seus times favoritos ou de rivais próximos. Se a regra for adotada no Brasil, para alguns times será necessário trazer árbitros do exterior 
  • A palavra computador no difícil idoma islandês tem o significado poético de “profetisa de números”
  • Ernest Hemingway usou somente 59 pontos de exclamação na sua obra. Lembrei que sabia de alguém na literatura brasileira e o Gemini (ex-Bard) afirmou que Clarice Lispector não gostava da pontuação excessiva, incluindo o ponto de exclamação. Segundo o Gemini, em uma carta a seu amigo Paulo Rónai, Lispector escreveu: "Eu não gosto de ponto de exclamação. Acho que ele é um sinal de fraqueza. Se a frase não é forte o suficiente por si mesma, então não vale a pena exclamá-la."
  • Quase 75% dos filmes da idade de ouro do cinema mudo, entre 1912 e 1929, se perderam

Aceitável ou não no Zoom


Com a pandemia, nos acostumamos com as reuniões virtuais. Passados quatro anos, já podemos falar em uma etiqueta de comportamento para esses encontros. O gráfico acima apresenta o resultado das respostas para a seguinte pergunta: "O que você pensa sobre... em uma reunião virtual de trabalho?". Foram entrevistados mil adultos dos Estados Unidos. (Alguém poderia argumentar que se trata de outra cultura, mas devemos lembrar que muitas reuniões virtuais são internacionais e há uma grande chance de prevalecer a cultura dos americanos).

Se você estiver em uma reunião, não beba uma cerveja gelada, mesmo que esteja em casa. Fumar e vaporizar também não devem fazer parte da etiqueta. E ter a TV ligada é o maior dos pecados. Olhando para a lista, devo reconhecer que às vezes cometo o pecado de comer nessas reuniões. E é o único pecado que cometo, pois não está na lista tomar o meu café.

O crime ambiental mais sem sentido do século XX

 Li um grande texto sobre o crime ambiental mais sem sentido do século XX. O link para o texto está aqui e irei fazer um resumo da história. O crime era um programa ilegal de caça à baleia da União Soviética, entre 1948 e 1973, quando este ex-país comunista matou pelo menos 180.000 baleias a mais do que o relatado, principalmente baleias jubarte no Hemisfério Sul e outras espécies no Pacífico Norte. 


O número acima é uma estimativa, já que os registros da época do comunismo ainda possui um certo sigilo. Mas os jornais da época noticiavam que navios pesqueiros soviéticos realmente estavam matando as baleias. 

E aonde entra o fato de ser um crime sem sentido? O governo soviético estabelecia cotas de produção, o que incluía na área de pesca. A questão é que estas cotas não eram “sustentáveis”. Inicialmente, era fácil matar as baleias, já que os animais eram comuns no oceano. Além disso, existia o desejo de "alcançar" outras nações baleeiras e a falta de preocupação com as consequências a longo prazo de suas ações.

O relato do texto mostra que a matança adquire um tom trágico ainda maior quando se sabe que os soviéticos não usavam os produtos derivados da baleia e que muitos animais eram mortos e deixados no próprio oceano. Ou seja, matava por matar. 

A caça ilegal teve um impacto devastador nas populações de baleias, com algumas espécies como a baleia franca do Pacífico Norte provavelmente à beira da extinção. O programa ilegal de caça à baleia terminou na década de 1970 devido a uma combinação de fatores, incluindo o esgotamento dos estoques de baleias e a pressão internacional. Neste sentido, o programa ilegal de caça à baleia da União Soviética foi um crime ambiental significativo que teve um impacto importante nas populações de baleias. 

07 fevereiro 2024

Vida difícil das Big Four na Austrália

O resultado líquido? Os gastos do governo federal com as quatro grandes empresas de consultoria, juntamente com a Accenture e a Scyne (o antigo braço de consultoria do setor público da PwC), caíram mais de US$ 240 milhões entre julho e o final de dezembro - o nível mais baixo em 10 anos.

Não ajudando as empresas está o fato de que a demanda do setor privado também diminuiu durante 2023, à medida que as empresas reduziram os gastos com consultores externos. O impacto combinado levou todas as empresas a reduzirem o número de funcionários no ano passado (e, mais discretamente, os parceiros também). (Da newsletter do AFR)

A descoberta do escândalo em que a PwC ajudava o governo na legislação tributária e usava a informação para conquistar/manter seus clientes, informando-os sobre os novos procedimentos, parece que prejudicou a todos. 

Promessas das empresas sobre o clima estão

Quando a preocupação ambiental ganhou destaque nas empresas, muitas anunciaram que estavam agindo de maneira ambientalmente responsável. Isso incluiu promessas climáticas. No entanto, com o tempo, essas empresas estão sendo cobradas e algumas estão percebendo que não conseguem cumprir suas promessas.


Essa situação pode ser problemática, pois promessas feitas anteriormente podem ter sido enganosas para investidores e para a sociedade em geral. Existem vários exemplos disso. Em 2022, a gigante dos seguros AIG declarou que não faria mais seguros para projetos de combustíveis fósseis, uma atitude elogiável para alguns investidores e setores da sociedade. No entanto, a empresa está envolvida em projetos de extração de petróleo no Canadá e de gás na Austrália. A Amazon também fez promessas sobre emissões até 2030, mas recentemente alterou suas metas, alegando que o novo objetivo é mais ambicioso, embora o prazo agora seja 2040.

Empresas que têm grande parte dos lucros provenientes da exploração de petróleo tiveram resultados expressivos nos últimos anos. Isso levou empresas como Shell, BP e Chevron a recuarem em suas metas. No Brasil, a Petrobrás, cujo lucro está ligado ao petróleo, está se distanciando de questões ambientais devido à exploração de novas reservas no norte do país.

Uma reportagem do Washington Post (de Evan Halper, traduzido pelo Estadão) revelou que apenas cerca de 4% das empresas que se comprometeram a zerar emissões até 2050 estão cumprindo as metas do Acordo de Paris. Isso significa que as empresas mencionadas aqui não estão sozinhas nesse cenário. Apesar de muitas empresas terem estabelecido metas voluntárias com horizontes temporais até 2030 ou 2050, poucas estão cumprindo essas promessas. A sociedade precisa cobrar responsabilidade das empresas e dos executivos que anunciaram essas metas, especialmente se essas promessas foram oficialmente divulgadas nos documentos da empresa, como suas demonstrações contábeis.

06 fevereiro 2024

O custo da implantação da IA pode ser um entrave para seu uso

Uma pesquisa do MIT encontrou que em muitos casos fazer a substituição de trabalhadores humanos por inteligência artificial pode não ser vantajoso. A pesquisa observou um conjunto de mil tarefas de em 800 ocupações e concluiu que é mais interessante manter o ser humano, em razão dos custos iniciais da inteligência artificial. 


Segundo o site Futurism, que divulgou a pesquisa, o resultado parece sugerir que a substituição dos empresas será gradual. As conclusões do artigo são limitadas, já que a pesquisa trabalhou com “tarefas assistidas pela visão computacional”. Um exemplo seria o trabalhador de padaria verificando visualmente os ingredientes para garantir que eles sejam de boa qualidade. Uma câmera e um sistema treinado poderia substituir o empregado. Mas o custo de implantação de um sistema como este seria muito elevado. 

Um ponto importante, considerado pelo Futurism, é que a pesquisa foi apoiada, financeiramente, pelo Watson AI Lab da IBM. Assim, poderia ter existido um interesse em minimizar os riscos da IA. 

Segundo Neil Thompson, um dos autores da pesquisa, "nossos resultados revelam que esse processo (de substituição do empregado) levará anos, ou mesmo décadas, para se desenrolar e, portanto, que há tempo para que iniciativas políticas sejam implementadas".

Melhor fotografia da Nature

 

"Este panorama mostra a beleza da Chapada dos Veadeiros, um parque nacional brasileiro que abriga uma rica biodiversidade e paisagens de tirar o fôlego.

As flores brancas que se destacam no primeiro plano são uma espécie rara de Paepalanthus, um gênero de plantas endêmicas da região.

Elas foram iluminadas por uma lâmpada scurion para criar um contraste com o céu escuro.

Ao fundo, a Via Láctea se curva sobre as colinas, revelando as cores e as formas das estrelas e nebulosas.

Esse pano foi tirado com uma câmera especializada em astrofotografia, que permite capturar mais detalhes do universo."

Foto: Marcio Cabral. Fonte: aqui