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21 janeiro 2024

Potência industrial

 

Uma comparação entre os países do mundo mostra que a grande potência industrial nos dias de hoje é a China. O país asiático possui cerca de um terço da produção industrial, seguido de longe pelos Estados Unidos. E da listagem dos principais países industriais do mundo, três são economias de industrialização recente. 

A última vez que um país líder foi retirado do trono de maior produtos mundial foi quando os Estados Unidos passaram o Reino Unido, antes da primeira guerra. Mas foi preciso um século para que isso ocorresse. A mudança que temos agora ocorreu em duas décadas. 

A figura abaixo mostra esta evolução. Em 1998 a China tinha passado a Alemanha como nação industrial. Dez anos depois, em 2008, foi a vez dos Estados Unidos. E a China continua crescendo e aumentando sua participação na produção. 

20 janeiro 2024

Illimitez-vous ! Campanha para atrair jovens para a contabilidade

A Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, entidade francesa de profissionais, lançou uma campanha para atrair a geração mais jovem no início do ano, com um forte convite: "Ilimize-se ! ". Com 21 mil profissionais liberais e 170 mil funcionários nas empresas de contabilidade, os números franceses são respeitáveis. Mas parece que existe uma dificuldade de atrair talentos. O vídeo a seguir faz parte desta campanha:
 
O canal do Youtube da entidade possui mais de seis mil inscritos e até agora 568 assistiram ao vídeo. (Parece pouco, não?)

19 janeiro 2024

Custo do litígio


As empresas petrolíferas estão sob crescente pressão jurídica, e isso pode custar caro para seus investidores.

Esta semana, a Suprema Corte dos EUA disse que não ouvirá uma proposta da principal associação comercial do setor petrolífero para transferir um processo de responsabilidade por mudanças climáticas contra ela e a ExxonMobil para fora de Minnesota, onde o procurador-geral do estado as acusou de marketing enganoso. A Big Oil tem mais chances de vencer as acusações no tribunal federal, dizem os especialistas jurídicos; em Minnesota, é mais provável que elas enfrentem penalidades multibilionárias. O julgamento de Minnesota estará entre os mais importantes a serem observados este ano, mas é apenas um dos inúmeros processos judiciais em andamento contra as empresas petrolíferas nos EUA.

Algumas delas podem ser favoráveis às empresas: um juiz de Delaware determinou esta semana que o procurador-geral do estado precisa limitar o escopo de uma ação judicial para se concentrar apenas nos danos causados pelas emissões no estado. No entanto, em um artigo publicado esta semana, especialistas em direito da Universidade de Oxford argumentam que o risco legal enfrentado pelas empresas petrolíferas representa um risco importante e subestimado para seus investidores. Somente a Chevron, segundo os pesquisadores, está sujeita a até US$ 8,5 trilhões em indenizações por vários processos em que está envolvida, enquanto a empresa obteve apenas cerca de US$ 300 bilhões em lucro líquido nos últimos 20 anos. Além das penalidades diretas, os litígios climáticos aumentam o risco de os ativos das empresas perderem valor prematuramente - por exemplo, se os tribunais obrigarem as empresas a acelerar seus cortes de emissões, como um tribunal holandês decidiu em 2021 que a Shell deve fazer - e de elas enfrentarem custos de empréstimos mais altos.

Em outras palavras, o negócio de combustíveis fósseis pode não valer mais o risco legal, disse o autor do estudo, Rupert Stuart-Smith, pesquisador associado do Programa de Direito Sustentável de Oxford, em um comunicado: "É possível que o negócio da Chevron esteja, de fato, destruindo o valor líquido."

Da newsletter Semafor, de 12 de janeiro de 2024. 

Lembrando que uma empresa como Petrobras tem ações no mercado de capitais no exterior e está investindo pesado em petróleo. Litígio à vista? 

18 janeiro 2024

Propagando enganosa

Uma influencer italiana, Chiara Ferragni, com quase 30 milhões de seguidores no Instagram, anunciou que parte da venda do bolo seria destinada a um hospital de Turim, para crianças doentes. Veja a foto dela segurando o produto.


Chiara realmente fez uma doação para o hospital, mas antes de começar a promoção. Ou seja, a receita obtida na venda não foi destinada para a entidade de saúde. Com dezenas de contratas com marcas, o regulador multou Chiara em 1 milhão de euros, por propaganda enganosa. Chiara respondeu que a multa foi exagerada e isso piorou a situação perante seus seguidores: redução de 200 mil seguidores em menos de um mês. 



A melhor fonte ...

Há dois dias postamos sobre o anúncio no Twitter em que a SEC, a entidade que regula o maior mercado de capitais do mundo, afirmava que os fundos com Bitcoin seriam regularizados. Tudo não passava de um trote, já que a conta da SEC tinha sido invadida. Tudo muito embaraçoso para a agência que tenta colocar ordem no mercado, mas não consegue cuidar da sua conta na rede social.  


Durante meses a SEC combateu uma possível regulamentação dos fundos baseados em criptomoedas e um dos argumentos era a questão da segurança. Uma notícia da Bloomberg informa que a conta invadida não tinha o básico do básico em matéria de segurança na internet: autenticação em duas etapas. 

O curioso é que logo a seguir, a SEC anuncia que os ETFs de Bitcoin tinham sido aprovados. Foram 16 horas depois da conta ser invadida. 

17 janeiro 2024

Gramado mais feio do mundo


Um juri internacional escolheu o gramado mais feio do mundo. A foto acima mostra Kathleen Murray, da Tasmânia, Austrália, com uma camiseta onde está escrito: proprietária orgulhosa do gramado mais feio do mundo". 

O juri considerou que o gramado merece os olhares de desprezo dos vizinhos pois o terreno possui buracos criados por bandicoot selvagens, um pequeno animal local. Entre os jurados, a presença de especialistas da Irlanda, Nova Zelândia, Estados Unidos, Austrália e Suécia. Por sinal, a competição nasceu na Suécia. 

(Fiquei um tempo pensando se postava ou não a notícia. Mas certamente é bem mais interessante que muita coisa que lemos por aí, não?)

16 janeiro 2024

Custo de um tapa


Na cerimônia do Oscar, o ator Will Smith sobe ao palco e dá um tapa no comediante Chris Rock. Hoje, depois de quase dois anos, é possível dizer com certeza que Smith perdeu muito com sua atitude. A Semafor mostra um lado pouco visível do custo deste tapa. 

Alguns meses antes, em outubro de 2021, Will Smith e sua esposa Jada Pinkett Smith receberam uma proposta para vender sua empresa de mídia, a Westbrook. Um semestre antes, a atriz Reese Witherspoon tinha conseguido 1 bilhão por sua produtora e clube do livro, a Hello Sunshine. O casal Smith estava negociando uma transação parecida e acreditavam ser possível obter também 1 bilhão pela Westbrook. 

Mas o comprador potencial avaliou a empresa em 600 milhões e o casal considerou o pedido absurdo. Afinal a Westbrook estava preste a fechar uma série de produções, além de outras que tinha ocorrido. O filme King Richard fazia parte do catálogo e a empresa tinha 100 funcionários. 

Bom, então ocorreu o Oscar. Desde então, a Westbrook tenta fechar negócios com empresas, mas não consegue. A receita caiu para 75 milhões de dólares e demitiram metade dos funcionários. Dos contratos existentes, vários deles não foram renovados. E teve a greve dos roteiristas, que parou muitas produções. E teve Cleopatra, produção de Jada para Netflix, que foi um grande fracasso. 

Mas tudo começou com um tapa.