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31 dezembro 2023

Futuro climático

 

Parte do futuro do clima no nosso planeta passa pela contabilidade de custos. O gráfico acima, via newsletter da Nature, mostra da produção da energia solar em 30 anos. 


Em termos comparativos, a energia solar já é bastante competitiva em relação à produção de combustível fóssil. A foto a seguir é reveladora:

Prédios em uma cidade chinesa, refleto de painéis solares. Ganho de escala contribui muito para o resultado. Mas há mudança tecnológica muito grande. 

A energia solar tem um problema de armazenamento. Quem sabe isso não será resolvido brevemente? 

"Bitcoin é um detector de tolos"

 Do sempre polêmico Taleb:

(...) [Há] "golpe nigeriano" [uma forma de golpe pela qual alguém recebe uma grande quantia em dinheiro em troca de um pequeno pagamento inicial, que deveria ser usado para obter a grande quantia . Quando a vítima faz o pagamento, o fraudador inventa uma série de outras taxas a serem pagas ou desaparecem.]


Bem, a mensagem enviada pelos fraudadores é tão primitiva que a maioria das pessoas detecta imediatamente a fraude. Mas ainda funciona porque filtra uma certa categoria de pessoas: os idiotas. (...) O Bitcoin teve o mesmo efeito, agora é um ímã para idiotas, um detector de tolos.

Fonte: aqui. Traduzido via Vivaldi

Rir é o melhor remédio


 Paciência em objetivos

30 dezembro 2023

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Persuadir, Influenciar, Conquistar

Eu terminei de ler esse livro há dois meses e agora estou escrevendo a resenha com minha opinião sobre seu conteúdo. É uma obra que eu terminei a leitura o que significa uma leitura agradável. Mas há algo que incomodou desde que acabei de ler: eu sei que é um livro sobre influência, mas termino sem saber direito o conteúdo mesmo. Agora, ao olhar minhas marcações, eu vejo pouca coisa realmente interessante. Há uma história de Neil Gaiman e Neil Armstrong, quase no final, e algumas poucas ensinamentos que retiro do livro. Fico pensando o que aconteceu para que eu tenha tido essa incapacidade de absorver mais o conteúdo da obra. Talvez tenha sido o momento da minha leitura. Mas algo que parte do problema esta na exposição da autora. 

Conforme a página de fundo do livro, são apresentadas técnicas para alcançar os objetivos de influenciar as pessoas e que pequenas mudanças podem trazer grandes resultados. Mas não fiquei convencido disso, tanto que não lembro, francamente, das técnicas ensinadas. Creio que há muita coisa sendo apresentada e de uma forma inadequada. 

Um último ponto é que muitos autores gostam de apresentar na sua obra o fato de serem “especialistas” na área. A impressão que fiquei é que isso aparece no livro de maneira artificial. 

Preparados para o risco

O livro Preparados para o Risco foi escrito em 2014. Gerd Gigerenzer é um dos grandes nomes na área comportamental e isso aparece claramente na obra. Unindo o seu conhecimento médico, com uma análise estatística e uma sagacidade lógica, Gigerenzer derruba alguns mitos na obra. Apesar de escrito em 2014 e publicado no Brasil em 2022, vale a pena ler o livro. O cientista alemão trabalha com muita informação dos Estados Unidos e da Alemanha para analisar a heurística e a tomada de decisão. Há diversos ensinamentos na obra mas irei limitar em três deles. 


Primeiro, acredite nas regras simples. O livro traduziu o termo para regras de polegar, que são aquelas regras de decisão usadas em situações complexas do tipo não faça investimento naquilo que você não conseguiu entender. A regra, “não invista do que não entende”, para simples demais para ser usada, mas para Gigerenzer, regras simples funcionam na maioria dos casos. É obvio que não existe uma regra que seja infalível e no final da obra Gigerenzer sente esse peso ao propor uma regra: “quanto mais noticiada uma doença, menor o risco para a saúde”. Ele falava da vaca louca, mas seis anos depois a grande notícia da imprensa provou ser muito letal. Nesse ponto, a leiturra da obra A Navalha de Ockham, de McFadden, pode ajudar a entender a posição do autor. 

A segunda regra é “não pergunte ao médico o que ele recomenda, mas o que ele faria se estivesse em seu lugar”. Nesse ponto, a obra traz ensinamentos valiosas sobre saúde, derrubando alguns mitos e apresentando pontos instigantes. De uma maneira geral, médicos não compreendem estatística e são perigosos na gestão de risco. Há uma citação no livro em que é dito se um avião fosse administrado como um hospital, cairia 1 ou 2 aeronaves por dia. Na área de saúde a ausência de seguir um checklist é muito danoso para as pessoas. Tendo uma grande experiência com saúde e risco, Gigerenzer afirma que você deveria pensar duas vezes antes de fazer um exame de prostrata (regra simples: não faça) ou uma tomografia (idem, o risco de contrair cancer é muito elevado e isso não é informado). Uma regra similar que ele anuncia no livro é não pergunte ao garçom o que tem de bom, mas o que ele comeria. 

A terceira regra é semelhante ao que li em um artigo de Tim Harford: se tiver dúvida, jogue uma moeda para decidir. Particularmente eu uso essa regra para decidir qual os livros que adquiri na minha estante eu devo ler. É uma regra simples, mas eu entendo que se comprei o livro é que deve ter algum valor. Então a decisão de leitura por um número aleatório pode ser um critério válido na minha próxima leitura. Espero que essa seja sua próxima leitura, pois você certamente aprenderá algumas coisas interessantes. 

Espero que outros livros do autor sejam traduzidos para língua portuguesa, para que os ensinamentos apresentados possam alcançar um público mais amplo. 

29 dezembro 2023

Chipre, PwC, Angola, Portugal ...

O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos anunciou o vazamento de 3,6 milhões de documentos do Chipre. Na revelação, a acusação que o braço cipriota da PwC trabalhou no sentido de ajudar oligarcas russos de serem punidos, logo após a invasão da Ucrânia. 


Apesar da PwC ter cortado vínculos com o escritório russo logo após o início da guerra com a Ucrânia, o escritório do Chipre trabalhou muito para ajudar os amigos com dinheiro. Isso incluiu transferência de recursos. Em um dos casos, a PwC ajudou Alexey Mordashov (foto)de retirar 1,4 bilhão de dólares de seu nome. 

Ao mesmo tempo, a polícia de Portugal visitou os escritórios da PwC em Lisboa. O motivo foi a ajuda que a empresa deu para Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola, no desvio de recursos públicos.