Eis um detalhe curioso do julgamento de Donald Trump, que está ocorrendo em Nova York. Só para recapitular, Trump e sua empresa estão sendo julgados por entregar informações superestimadas do seu patrimônio. Se for condenado, o ex-presidente dos Estados Unidos poderá pagar uma multa. Uma das questões envolvidas é quem foi o responsável por prestar informações enganosas, se Trump, sua empresa, seus funcionários ou a empresa de contabilidade.
Em sua defesa, Trump trouxe especialistas para fortalecer os argumentos. Uma investigação da Business Insider mostrou que alguns dos especialistas chegam a cobrar 1.350 dólares por hora ou 22,50 dólares por minuto.
Dois dos especialistas, que trabalham desde o início, afirmaram que não foram pagos. Eram amigos de Trump. Mas nove especialistas provavelmente foram contratados. A estimativa é que o custo talvez chegue a 2,33 milhões de dólares. O professor da Universidade de Nova York, Eli Bartov, foi um dos contratados e afirmou que passou 650 horas trabalhando no assunto. Supondo que ele tenha trabalhado 40 horas por semana, isso corresponde a 16 semanas de labuta, algo em torno de três meses e meio de regime integral. A estimativa do site é que Bartov talvez esteja recebendo pelo menos 877 mil dólares.
No juri, Bartov afirmou que os bancos ignoraram as informações de Trump e que não tinha nenhuma fraude.
Além de Bartov, há quatro das testemunhas pagas por Trump da empresa de consultoria internacional Ankura, incluindo o especialista em contabilidade Jason Flemmons, cujo depoimento há um mês contradisse o que Bartov diria esta semana. Para Flemmons, os problemas foram dos contadores externos de Trump.