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20 novembro 2023

Falta de sinceridade foi o motivo alegado para a demissão do executivo

Todos sabem agora que o executivo que representou a revolução da Inteligência Artificial, Sam Altman, da empresa responsável pelo ChatGPT, foi demitido pelo conselho. Mas veja que interessante a mensagem que o Conselho divulgou sobre a saída dele da empresa:


A saída de Altman segue um processo de revisão deliberativa do conselho, que concluiu que ele não era consistentemente sincero em suas comunicações com o conselho, dificultando sua capacidade de exercer suas responsabilidades. O conselho não confia mais em sua capacidade de continuar liderando o OpenAI

ExxonMobil: Desafios Ambientais, Perspectivas do CEO e Investimentos em Tecnologias de Baixa Emissão

Quando se fala da redução de emissões, a empresa de petróleo Exxon desempenha um papel importante. Além de ser uma grande produtora de petróleo, a companhia sempre foi resistente às propostas mais ambientais. Acompanhar o que ocorre na empresa passa a ser interessante para quem estuda a questão ambiental.

O atual CEO da empresa, Darren Woods, fez algumas declarações recentes que merecem atenção. Ele argumentou que o caminho para resolver o problema do clima não é tornar as grandes empresas de petróleo "vilãs", pois isso teria um efeito contrário na tentativa de reduzir as emissões, além de trazer atrasos para milhões de pessoas no mundo.


As declarações foram feitas em uma conferência. Ele disse que "as soluções para as mudanças climáticas têm sido muito focadas na redução da oferta. Essa é uma receita para as dificuldades humanas e um mundo mais pobre." Em vez disso, sugeriu que o governo apoie o financiamento do desenvolvimento de tecnologias que reduzam as emissões, via mercado.

"Estou plenamente consciente de que muitos questionam o compromisso da ExxonMobil por causa do que foi dito há mais de 30 anos - ou do que eles acham que a Exxon sabia naquela época", acrescentou. "Francamente, estou mais interessado no que a ExxonMobil sabe hoje. A mudança climática é real. A atividade humana desempenha um papel importante."

A Exxon não reduzirá a produção de petróleo e gás nem fará investimentos substanciais em energia renovável, ao contrário de seus colegas europeus, disse Woods. Em vez disso, a empresa planeja concentrar-se em investir em tecnologias de baixa emissão que aprimoram combustíveis fósseis, incluindo captura de carbono e hidrogênio.

A partir do texto disponível aqui

Rir é o melhor remédio

 

Excesso de informação...

Capital Físico e capital monetário

comentamos no blog sobre a distinção entre o capital físico e capital monetário. Isso faz parte da Estrutura Conceitual e tem sido objeto de estudo por alguns na contabilidade. 

No passado, quando existia uma inflação enorme no Brasil, alguns chegaram a defender a substituição da unidade monetária, como unidade de mensuração contábil, por uma unidade física equivalente. Bom, isso não frutificou, mas quando olhamos as duas tabelas que apresentamos a seguir é possível notar uma grande razão para isso. 

Vamos começar com uma atualização de uma tabela que já postamos aqui no blog:

Dois computadores, separados por um período de 36 anos, e suas diferenças. Começa pelo preço, mas temos também as configurações técnicas. Usar a unidade física em computador é bem complicado pela evolução tecnológica existente. Mas um período de tempo de 36 anos é muito grande. Seria fácil de induzir o incauto. Vamos em outro exemplo:

Dois celulares, separados por cerca nove anos. O preço está a cotação para o mercado internacional, já que os impostos no Brasil tornam o comparativo complicado. 

Invasão holandesa no Brasil e o resultado sustentável

A ideia de resultado sustentável é bastante coerente e relevante. Usualmente é importante saber se o desempenho de uma empresa irá persistir no tempo. Ou seja, se é possível assumir que para o futuro a empresa continuará mantendo a sua atual trajetória. Uma forma de obter este tipo de análise é eliminando do resultado da empresa tudo aquilo que não repetirá no futuro. Se a empresa obteve um lucro enorme com a venda de um prédio, o resultado da venda não deveria constar da análise que fazemos, sendo necessário retirar esse valor. Se a empresa teve um grave prejuízo por conta de um desastre ambiental, podemos assumir que esse resultado não irá repetir no futuro. 


O conceito do resultado sustentável surgiu claramente quando eu li o capítulo 10, Governos da Holanda, do livro História da Riqueza no Brasil, de Jorge Caldeira. Vou fazer um breve resumo do capítulo do texto que trata da invasão holandesa no Brasil, entre 1630 a 1654. Antes disso, em 1624, uma esquadra dos Países Baixos invadiu e saqueou Salvador. Depois, invadiram Pernambuco e arredores, o que incluía Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. 

Maurício de Nassau

A aventura dos holandeses foi realizada por uma empresa, a Companhia das Índias Ocidentais ou VOC. A VOC foi a primeira empresa de capital aberto do mundo. Isso significa dizer que seu resultado era divulgado para os acionistas. Ela foi fundada um pouco antes da invasão e seu modo de atuação era a pirataria e saque. Bom, oficialmente era o comércio, que incluía o açúcar, tabaco, especiarias, escravos e outros produtos. Mas o grande impulsionador das atividades da empresa foi a captura de um navio chamado Santa Catarina. 

Caldeira mostra que quando os holandeses chegaram no Nordeste, o saque foi a primeira atividade. Isso gerou receita para a empresa. Mas é uma receita não sustentável. É principio do saque a tomada da riqueza à força, deixando o antigo proprietário sem seu ativo. O problema é que os holandeses venceram a primeira batalha, ao dominar o Nordeste, mas sem permitir que isso gerasse um resultado sustentável. Nas palavras de Caldeira:

A vitória significava não apenas o fim das oportunidades fortuitas como a necessidade de reiniciar a produção que havia sido desarticulada. 

Ou seja, para manter a extração de riqueza no Brasil, os holandeses deveriam fazer investimentos na produção de açúcar. Isso exige dinheiro e pessoas para produzir. A invasão derrubou a produção de açúcar, pois já existia, no Brasil, uma cadeia produtiva articulada e com um agravante em relação aos portugueses: eles precisaram montar um exército regular para defensa do novo território. Caldeira mostra que ao longo da história brasileira, os portugueses extraíram muito, em todos os sentidos, e investiram pouco na terra. Já os holandeses, diante da ameaça de perderem novamente sua conquista, tinham que manter uma segurança aqui. 


Em outras palavras, a história dos holandeses do Brasil é uma história explicada pela contabilidade. De um lado, os holandeses, que inicialmente saquearam o Nordeste e para gerar receita futura precisavam investir, o que significa que precisavam de capital. Ao mesmo tempo, também tinha despesas enormes com a manutenção da nova terra. De outro lado, os portugueses, que durante sua gestão não fizeram grandes investimentos - os engenhos eram investimentos privados e a defesa da terra era fruto das pessoas do local e um pouco do exército lusitano. Ou seja, enquanto a DRE dos holandeses apresentou um resultado inicial extremamente positivo, oriundo dos saques, esse desempenho não era sustentável. Já a DRE dos portugueses sempre foi lucrativa, com baixo investimento do governo lusitano. 

Sabemos como a história terminou.  

Convergência Setor Público e IFRS

 

Um resumo das normas do IPSAS para o setor público e o alinhamento com as IFRS. A norma IFRS que exige pouca mudança é a exceção. Corresponde a parte de cima do gráfico.  O comparativo final, na página 3 do documento, não leva em consideração a estrutura conceitual, que não é considerada uma norma contábil.