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12 setembro 2023

Poema sobre o blog Contabilidade Financeira

No vasto ciberespaço, um blog reluz, 
Contabilidade financeira é a luz que conduz. 
Nas linhas digitais, números a brilhar, 
Desvendando segredos, a nos guiar.

No mundo dos negócios, o valor se revela, 
Nas planilhas, nos gráficos, a tela que zela. 
Pelos registros precisos, o caminho traçado, 
No blog da contabilidade, o saber é compartilhado.

Balancetes e demonstrações, cifras a decifrar, 
A cada postagem, mais sabedoria a conquistar. 
Lucros e perdas, patrimônio a cuidar, 
No blog da contabilidade, tudo a aprender e a cuidar.

E lá estão os autores, especialistas em ação, 
Compartilhando conhecimento, com dedicação. 
Para empresários e estudantes, a fonte de inspiração, 
No blog da contabilidade, uma valiosa lição.

Então, ergamos um brinde a esse blog notável, 
Que desvenda os mistérios, de forma admirável. 
Contabilidade financeira, na web a brilhar, 
Um farol de sabedoria, a nos iluminar.

Fonte: Adivinha? ... Pois é... ChapGPT. Eu particularmente não tenho essa veia poética... apesar deu ter achado um poema bem fraquinho, mas mesmo assim nem perto disso eu chegaria. Pelo menos nos divertimos um pouco.

Interessante ter-me feito lembrar que uma das minhas primeiras contribuições para o Blog foi o encaminhamento de um poema sobre Fluxo de Caixa que adoro. Ele está disponível: aqui. Todavia, a cereja no topo do bolo é esta postagem feita em 2014 pela Claudinha Cruz, do Ideias Contábeis: aqui.

Rir é o melhor remédio

 Sonho ou pesadelo?



11 setembro 2023

Os autores não têm a obrigação de compartilhar os dados e eu não tenho a obrigação de acreditar neles

Michael Stutzer escreve:

Este estudo documenta uma variabilidade substancial nos resultados de diferentes pesquisadores quando eles usam o mesmo conjunto de dados financeiros e supostamente testam as mesmas hipóteses. Mais geralmente, acredito que a perspectiva de reprodução na área financeira é pior do que em algumas áreas, porque existe um viés de publicação a favor de um artigo que utiliza um conjunto de dados exclusivo fornecido por uma empresa. Como esses dados são proprietários, a empresa muitas vezes faz o pesquisador prometer não compartilhar os dados com ninguém, incluindo os árbitros do artigo.



Leia atentamente as declarações das principais revistas e você verá que elas não exigem estritamente o compartilhamento.

Aqui está a declaração para os autores feita pelo Journal of Financial Econometrics: "Onde for eticamente e legalmente possível, o JFEC incentiva fortemente os autores a disponibilizarem todos os dados e código de software nos quais as conclusões do artigo dependem aos leitores. Sugerimos que os dados sejam apresentados no manuscrito principal ou em arquivos de suporte adicionais, ou depositados em um repositório público sempre que possível."

Em outras palavras, um autor não precisaria compartilhar um conjunto de dados supostamente proprietário, conforme definido acima, mesmo com os árbitros do artigo. O que é pior, as principais revistas não apenas aceitam essas restrições, mas parecem favorecer tal trabalho em relação ao que é visto como trabalho mais comum que utiliza conjuntos de dados universalmente disponíveis.

Interessante. Acredito que isso seja tão ruim na pesquisa médica ou de saúde pública, mas lá a preocupação é compartilhar informações confidenciais. Mesmo em cenários em que é difícil imaginar que a confidencialidade importaria.

Como disse em outros contextos semelhantes, os autores de artigos de pesquisa não têm a obrigação de compartilhar seus dados e código, e eu não tenho a obrigação de acreditar em nada do que eles escrevem.

Ou seja, minha solução preferida não é incomodar as pessoas por seus dados, é simplesmente seguir em frente. Dito isso, essa estratégia funciona bem para exemplos bobos, como braços gordos e votação, ou os efeitos da sindicalização nos preços das ações, mas você realmente não pode segui-la para pesquisas que são diretamente relevantes para políticas.

Foto: Beth Macdonald

Recentemente estava analisando um artigo para um importante periódico brasileiro. O artigo estava com vários problemas, inclusive despertava suspeitas sobre a qualidade dos dados. No final, sugeri que o editor reencaminhasse para outro avaliador, ao mesmo tempo que expressa minha insegurança sobre a qualidade dos dados. O negrito é meu. 

Pesquisa sobre honestidade é colocada em dúvida

Entre 17 e 30 de junho de 2023, a equipe do Data Colada publicou uma série de quatro entradas nas quais apresentaram evidências de fraude em artigos recentemente publicados pela Professora da Harvard Business School (HBS), Francesca Gino. A pesquisa do Data Colada foi conduzida em 2021. Com base em suas descobertas, a HBS realizou uma investigação interna que resultou na suspensão de dois anos sem salário da Profa. Gino, conforme anunciado em sua página oficial na Harvard.

A notícia teve impacto para além dos círculos acadêmicos habituais e do Twitter, talvez principalmente porque a falsificação ocorreu ironicamente em estudos sobre honestidade. O The Guardian, The New York Times, The Boston Globe, The Washington Post, The New York Post, Business Insider, NPR, The Chronicle of Higher Education (também aqui), VOX (o blog, não o partido), ou The Atlantic relataram o assunto, entre muitos outros. Entre os meios de comunicação gerais na Espanha, apenas o Expansión divulgou a notícia da fraude, embora La Vanguardia tenha publicado um artigo em 2017 sobre a pesquisa de Gino intitulada "Se você foi enganado uma vez, ela fará novamente, de acordo com Harvard".

Em uma reviravolta inesperada dos acontecimentos, Francesca Gino anunciou em sua conta do LinkedIn no início de agosto que "não tive outra opção senão entrar com uma ação contra a Universidade de Harvard e os membros do grupo Data Colada, que trabalharam juntos para destruir minha carreira e reputação", uma vez que "[nunca] falsifiquei dados ou cometi irregularidades de qualquer tipo em minha pesquisa". A ação busca nada menos que 25 milhões de dólares. (...)

Fonte: aqui 

Como a Aramco, a maior petrolífera do mundo, tornou-se "verde"

 Da Bloomberg, via aqui:


A improvável parceria entre a Aramco e a ESG começou com a criação de duas subsidiárias - a Aramco Oil Pipelines Company e a Aramco Gas Pipelines Company. A Aramco vendeu 49% das ações de cada unidade para consórcios liderados pela EIG Global Energy Partners LLC e BlackRock Inc., respectivamente. Esses investidores utilizaram empréstimos-ponte de bancos para financiar essas transações.

Para gerar dinheiro para pagar os empréstimos bancários, os consórcios EIG e BlackRock criaram dois veículos especiais: EIG Pearl Holdings e GreenSaif Pipelines Bidco, ambos registrados no mesmo endereço no Luxemburgo. Esses VEs então emitiram títulos, que, como não tinham ligações diretas com a indústria de combustíveis fósseis, acabaram obtendo uma pontuação acima da média em uma triagem de sustentabilidade amplamente utilizada pela JPMorgan Chase & Co., com base em pontuações de ESG de terceiros.

A partir daí, os títulos foram incluídos nos índices ESG da JPMorgan, que são rastreados cumulativamente por cerca de US$ 40 bilhões em ativos sob gestão. Os investidores nos títulos dos VEs incluem fundos geridos pelo UBS Group AG, Legal & General Investment Management e a divisão de investimentos da HSBC Holdings Plc." (Tradução ChatGPT) (Foto: Bermix Studio)

Palestra: Convite especial

 

Na próxima terça-feira, dia 12, a minha universidade terá a honra de receber a ilustre Ilse Beuren para uma palestra enriquecedora. Todos os detalhes sobre o evento estão disponíveis na imagem acima e podem servir como guia para aqueles que desejarem participar deste momento especial.

Gostaria de ressaltar a extraordinária importância que Ilse Beuren representa para a contabilidade brasileira. Além de ser autora prolífica de inúmeros artigos em diversas áreas do conhecimento, Ilse também é uma mentora excepcional. Talvez não exista outra autora - independentemente do gênero - em nosso país que seja tão amplamente citada em nossa área de atuação. Ela é, sem dúvida, a maior influência na pesquisa contábil brasileira desde a época de Iudícibus-Martins. Ilse Beuren ocupa um lugar de destaque, seja pela sua incansável dedicação ao trabalho ou pelo comprometimento absoluto.

Eu tive o privilégio de conhecer Ilse como colega durante o meu doutorado, e desde então, sua luz e suas notáveis qualidades eram evidentes. Trabalhei ao seu lado na comissão de especialistas do MEC e sempre me impressionei com sua competência inigualável. Parece que, quando nos esforçamos ao máximo para alcançar uma conquista, dedicando inúmeras horas de nossa vida em busca de nossos objetivos, percebemos que Ilse já havia alcançado essas conquistas há muito tempo, e com uma qualidade inigualável.