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13 maio 2023

Perigo dos influenciadores: o caso Trevor Jacob

Trevor Jacob, um influenciador digital conhecido por suas acrobacias aéreas e esportes radicais, tentou levar sua busca por likes e aprovação nas redes sociais a um nível extremo ao criar um vídeo em que alega ter pilotado um avião que parou de funcionar e, consequentemente, teve que saltar de paraquedas para salvar sua vida. O problema é que a situação que ele apresentou era uma farsa, uma vez que ele deliberadamente colidiu o avião em uma montanha na Califórnia do Sul.


O vídeo, que foi postado no final de 2021, chamou a atenção e rapidamente se tornou viral. No entanto, especialistas perceberam que a cena era uma manobra elaborada por Jacob para chamar a atenção e obter curtidas em suas redes sociais. Agora, ele pode enfrentar até vinte anos de prisão por sua conduta imprudente e perigosa.

Além do risco à sua própria vida, Jacob também colocou em perigo a vida e a propriedade de outras pessoas ao colidir seu avião em uma montanha. Ele teve sua licença de piloto revogada e, além disso, pode enfrentar repercussões legais significativas por suas ações.


A situação levanta questões importantes sobre o que as pessoas estão dispostas a fazer para obter seguidores e likes nas redes sociais. Jacob, como muitos outros influenciadores digitais, pode ter pensado que o risco vale a pena se isso significasse uma chance de se tornar mais famoso e aumentar seu número de seguidores.

Agora, Jacob enfrenta as consequências de suas ações e provavelmente sua carreira de influenciador digital está em risco. Sua farsa foi exposta e ele terá que arcar com as consequências de sua conduta antiética e ilegal.

Fonte: aqui

12 maio 2023

Usando cola durante uma prova

Como sou um professor de longa data, há algumas práticas que utilizo em sala de aula cuja a origem eu não sei. Há muito tempo tenho permitido que meus alunos façam a prova usando uma “cola”. Consiste em uma folha de papel A4, sem dobraduras – irei explicar isto mais adiante – e com anotações sobre o conteúdo da prova. As anotações podem ser de punho próprio ou digitadas e depois impressas, a critério do aluno.

Ao longo dos anos tenho observado que alguns alunos usam um papel com anotações digitadas. A letra das anotações é bastante reduzida, para caber mais conteúdo na folha de papel. Outros preferem escrever suas anotações de próprio punho. Há alunos que simplesmente tiram cópia da anotação do colega, muitas vezes no próprio dia da avaliação.

Adoto este critério desde que comecei a dar aula na UnB. Ou seja, há muito tempo. A persistência em manter este critério de consulta a uma folha de papel A4 pode significar que ou eu sou teimoso ou que o método faz um certo sentido. Como acredito firmemente que não sou teimoso, irei listar algumas das vantagens do método da folha de papel A4 no processo avaliativo dos meus alunos.

Em primeiro lugar, é muito interessante para o professor permitir uma “cola” oficial, pois o processo de aplicação da prova é mais tranquilo. Não é necessário verificar se o aluno não está com uma cola oculta entre as pernas ou se escreveu algo na carteira. A única preocupação é impedir a cola do colega ao lado, que parece não acontecer com tanta frequência.

Outro ponto interessante é que o professor pode elaborar uma avaliação mais voltada para a capacidade de entendimento do conteúdo da disciplina e não para o fato do aluno ter condições de memorizar coisas. Cito isto como vantagem, mas confesso que nunca parei para verificar isso com mais atenção.

Ao permitir que o aluno faça uma cola, há um incentivo adicional para que o mesmo estude. Ele precisa selecionar os pontos que devem constar do seu resumo e esta motivação talvez ele não tenha em uma situação normal. Alguns deles podem pensar que a matéria não é tão difícil assim e que pode ser abrangida sem necessariamente copiar todo o conteúdo em uma folha de papel.

Alguém poderia aqui pensar: “tem o aluno que irá tirar cópia da folha de outro”. Mas isso termina sendo um ponto positivo. Este aluno terá contato com seu resumo somente no momento da prova e a chance dele não entender o resumo ou não encontrar o conteúdo será maior. Além disso, o esperto não irá beneficiar do fato de ter feito o resumo. Tenho percebido que usualmente estes alunos que tiram cópia do colega não têm um grande desempenho.


Pelo fato da cola servir para separar quem estudou e quem não fez o seu resumo, eu enfatizo que não recolho o resumo que foi usado na prova. É uma forma clara de dizer que não estou importando com a origem da cola ou se está ou não completa.

Eu entendo que o resumo permitido durante a avaliação é muito mais próximo da realidade cotidiana. Hoje, quando temos dúvida sobre alguma coisa, recorremos a nossa cola usual: pesquisando na internet para saber a resposta de algo que esquecemos. Qual o nome daquela música sobre provérbios, escrita pelo Chico Buarque? Tive esta dúvida ainda a pouco e não tive dúvida: fui no Google e coloquei algumas palavras e logo obtive a resposta. A música chama-se "Bomtempo".

Ao longo dos anos tiveram duas situações interessantes que gostaria de narrar aqui. A primeira foi logo após começar a adotar o padrão de uma folha A4. Uma aluna da época, Lara, chegou para prova com uma folha A4 e nela estava colada uma grande quantidade de pequenos papéis, dobrados. O que seria uma folha A4 se transformou em várias folhas de papel. Desde então, o critério é uma folha A4, lisa, sem dobraduras.

A segunda é o fato de que alguns alunos realmente reduzem a letra para caber o máximo na folha. Isto inclui reduzir margem e o tamanho da letra. Neste semestre um aluno trouxe sua folha e uma lupa, para a leitura do texto.

Foto: KOBU Agency

Efeito Tetris em Casa

 Do livro "O jeito Harvard de ser feliz"

Ao longo do último ano, trabalhando com a KPMG, empresa global de consultoria na área de contabilidade fiscal, para ajudar seus auditores fiscais e gestores a se tornarem mais felizes, comecei a perceber que muitos dos funcionários sofriam de um deplorável problema. Muitos deles precisavam passar de 8 a 14 horas por dia analisando formulários fiscais em busca de erros e, ao fazer isso, seu cérebro era configurado para procurar erros. Isso aumentava a eficiência deles no trabalho mas eles desenvolveram tanto a habilidade de identificar erros e armadilhas potenciais que esse hábito se estendeu a outras áreas da vida deles.



(...) Um auditor fiscal me convidenciou que estava deprimido havia três meses. Conversando sobre as razões de sua depressão, ele mencionou casualmente que um dia, durante um intervalo no trabalho, ele elaborou uma planilha de Excel relacionando todos os erros cometidos pela esposa nas últimas seis semanas. 

(grifo do blog). Foto: Unsplash+

Metodologia para aplicação dos padrões SASB

O International Sustainability Standards Board (ISSB) publicou hoje uma minuta 'Metodologia para melhorar a aplicabilidade internacional das normas SASB e atualizações de taxonomia das normas SASB'. O prazo para envio de comentários é 9 de agosto de 2023.

Um pequeno subconjunto dos padrões do SASB incorpora referências a leis e regulamentos jurisdicionais específicos que podem ser inaplicáveis globalmente, introduzem viés regional, aumentam os custos de aplicação e diminuem a comparabilidade e o uso da decisão das divulgações resultantes. Portanto, o ISSB está trabalhando no sentido de desenvolver uma metodologia para aprimorar o conteúdo dos padrões SASB, a fim de tornar os padrões SASB mais aplicáveis internacionalmente e um diagnóstico GAAP, sem alterar a intenção ou os conceitos subjacentes de qualquer tópico ou métrica de divulgação específica. (...)


Em ordem decrescente de preferência, as emendas aos padrões do SASB não relacionados ao clima seriam feitas pelos seguintes métodos de revisão: 

Abordagem 1 - Substituir as referências específicas de jurisdição por referências disponíveis internacionalmente aplicáveis para padrões, definições ou métodos de cálculo; 
Abordagem 2 - Fornecer definições mais generalizadas para padrões, definições ou processos de cálculo para substituir referências específicas de jurisdição; 
Abordagem 3 - Adotar referências jurisdicionais generalizadas para permitir que os preparadores usem leis, regulamentações, metodologias ou orientações jurisdicionais aplicáveis para substituir referências específicas de jurisdição; 
Abordagem 4 - Remover métricas de divulgação mal adaptadas para aplicação internacional ou que não tenham equivalentes internacionais identificados fora de jurisdições específicas; 
Abordagem 5 - Remover e substituir métricas específicas de jurisdição quando uma substituição relevante puder ser identificada para preservar a integridade do tópico de divulgação, alinhando-se o máximo possível com a intenção da métrica original com base em pesquisas, para atender às necessidades dos usuários de relatórios financeiros de propósito geral.

Fonte: Iasplus. Tradução: Vivaldi e ChatGPT. Foto: Arno Senoner

11 maio 2023

PwC da Austrália é abalada por vazamento de informações fiscais

O principal executivo da PwC da Austrália, Tom Seymour, renunciou diante de um escândalo de vazamento de informações fiscais. Aparentemente a empresa violou algumas regras básicas sobre compartilhar planos do governo da Austrália que eram confidenciais e que favoreciam uma possível evasão fiscal nas empresas. 


Uma entidade do governo da Austrália, o Tax Practitioners Board Conduct Committee, parece estar dividindo informações com a empresa de auditoria e, alguns dos membros, supostamente recebendo pagamento da PwC. 

Em um dos documentos, consta o seguinte trecho:

A Junta de Praticantes Fiscais (TPB) constatou que o Sr. Collins [um funcionário da TPB] violou o Código de Conduta Profissional legislado (Código) por não agir com integridade e por não ter colocado em prática arranjos adequados para gerenciar conflitos de interesse que surgiram em relação às suas atividades como agente tributário registrado. A TPB também impôs um período de dois anos durante o qual o Sr. Collins não pode se inscrever novamente.

Em relação à PwC, em 16 de novembro de 2022, após concluir uma investigação, a TPB decidiu impor uma ordem à PwC nos termos da seção 30-20 da Lei de Serviços de Agentes Tributários de 2009 (TASA). A TPB constatou que a PwC violou o Código legislado, por não ter colocado em prática arranjos adequados para gerenciar conflitos de interesse que surgiram em relação às suas atividades como agente tributário registrado.

Isto lembra o escândalo do PCAOB, entre a entidade e a KPMG, nos Estados Unidos. 

Foto: saeed karimi

Wendy's está usando Chatbot para atender pedidos

A empresa de refeição Wendy's fez uma parceria com o Google para implantar chatbots de IA para processar pedidos de alimentos de clientes. A notícia informa que os bots estão programados para trabalhar com todo menu e programado para entender inclusive gírias, além de ter conversa e receber pedidos personalizados. 


A experiência está ocorrendo em em Columbus, Ohio, onde a Wendy's tem sua sede. E os clientes não são informados que estão interagindo com um chat. 

A razão da opção da Wendy em fazer esta experiência é a redução de custo. 

Desculpa por faltar ao trabalho no antigo Egito

Uma antiga tabuleta originária do Egito, com 3200 anos de idade, correspondia uma especie de folha de presença, com registro dos motivos para a ausência dos trabalhadores. O artefato encontra-se no Museu Britânico e inclui algumas desculpas interessantes. Um trabalhador faltou por estar com problemas nos olhos. Outro foi mordido por um escorpião. Há desculpas para providenciar o embalsamento de pessoas familiares falecidas. 


Entre os motivos encontrados para justificar a ausência, há algumas desculpas que soam estranhas nos dias atuais. Vários funcionários faltaram por estarem produzindo cerveja. A cerveja era uma bebida usada no Egito antigo, associada aos deuses. Ou seja, era importante fazer cerveja.