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05 fevereiro 2023

Musk absolvido

A famosa mensagem que Elon Musk digitou no Twitter sobre o fechamento de capital da Tesla, indicando que teria recursos para fechar a empresa por um valor de 420 por ação teve um julgamento público, quatro anos depois. Os jurados decidiram, depois de duas horas de deliberação e três semanas de juri, que Musk não foi culpado. 


A integridade de Musk esteve em causa no julgamento, bem como parte da sua fortuna que o estabelece como uma das pessoas mais ricas do mundo. Poderia ter sido condenado a pagar milhares de milhões de dólares por prejuízos, se o júri o tivesse considerado culpado pelas mensagens na Twitter em 2018, já qualificadas como falsidades pelo juiz que presidiu ao julgamento.

O julgamento centrou-se em saber se as mensagens de Musk, em 2018, enganaram os acionistas da Tesla, induzindo-os para uma direção que os fez perder milhares de milhões de dólares. O caso civil focou-se m duas mensagens divulgadas por Musk na Twitter, a 7 de agosto de 2018 sobre a retirada da Tesla da bolsa, através da compra das suas ações, o que nunca aconteceu.

Fonte: aqui

Dona da Ortopé é suspeita de fraude

O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar suspeitas de fraudes envolvendo a fabricante de calçados Dok, dona das marcas Ortopé e Dijean. A empresa é investigada por suspeitas de crimes como fraude, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Há também outros 17 inquéritos instaurados pela Polícia Civil por acusações de estelionato. Procurada há dias pela reportagem, a empresa e seus advogados não responderam.


O grupo é acusado de usar notas frias, com base em vendas simuladas a grandes varejistas, para levantar dinheiro junto a bancos e fundos de investimentos. As transações falsas teriam gerado uma dívida estimada em R$ 382 milhões, com 90 instituições financeiras.

As notas fiscais simuladas indicavam vendas de R$ 20 milhões à Riachuelo, R$ 14,4 milhões com a Renner e R$ 4 milhões com a Puma. O Estadão/Broadcast teve acesso a e-mails e comunicados internos da C&A, Riachuelo e Renner, nos quais elas afirmam não reconhecer as movimentações. Há suspeita de falsificação do carimbo das varejistas para falsificar as operações.

“As referidas cobranças sequer foram acompanhadas dos números de pedidos de compra referentes às solicitações de fornecimento que seriam objeto de aludidas notas fiscais, tampouco foram encaminhados canhotos idôneos relacionados à efetiva entrega das mercadorias. Foram identificados, apenas, canhotos com carimbos e assinaturas falsos”, informou a C&A, em um comunicado interno que circulou no início de janeiro. (...)

Segundo a acusação, o esquema de fraudes teria origem em contratos simulados com grandes varejistas, ou seja, sem que a venda tivesse sido realizada. A partir deles, o grupo buscava antecipar recursos no mercado, com bancos e fundos de investimentos.

A partir de novembro, os títulos devidos às instituições financeiras começaram a atrasar. “Eles alegavam fornecimento contínuo, então todo mês havia liquidação dos títulos. Em dezembro, começou a surgir a inadimplência. Na sequência, os supostos devedores dos títulos [varejistas] começaram a informar que não tinham nenhuma pendência financeira. Ou seja, os títulos eram frios e não tinha ocorrido venda nenhuma”, afirma o advogado José Luis Dias da Silva, representante do Evolut Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, que negociava com o Grupo Dok.

Fonte: aqui

04 fevereiro 2023

Concentração na música

O mundo da música não é para qualquer um. Somente 33 artistas possuem mais de 50 milhões de ouvintes por mês. Isto não inclui The Beatles. The Weeknd (ok, confesso minha ignorância aqui), Taylor Swift e Ed Sheeran dominam. 

Bieber , possui 70 milhões de ouvintes, recentemente vendeu seu catálogo por 200 milhões de dólares. Mas a relação entre a posição do artista no ranking do Spotify e o seu valor não é absoluta: Bruce Springsteen, em destaque no gráfico e abaixo dos 20 milhões de ouvintes, vendeu sua obra, há dois anos, por 500 milhões. 

03 fevereiro 2023

Pandemia e Capital Humano

Qual o impacto da pandemia no capital humano? Eis uma possível resposta:

A pandemia do COVID-19 levou ao fechamento parcial ou total das escolas em quase todos os países do mundo. Em média, nos países da OCDE, os prédios escolares foram totalmente fechados por 13 semanas e parcialmente fechados por mais 24 semanas entre março de 2020 e outubro de 2021, o que combinado é equivalente a cerca de um ano letivo completo. As perdas de aprendizado decorrentes do fechamento da escola podem ser difíceis de compensar e, portanto, podem ter um impacto econômico a longo prazo nos alunos afetados, com possíveis conseqüências macroeconômicas duradouras (Ilzetzki 2020, Kuhn et al. 2020, Popova et al. 2020).

Figura 1 Duração do fechamento da escola entre março de 2020 e outubro de 2021

Exploramos uma nova medida do capital humano, derivada em Égert et al. (2022), que combina os anos médios de escolaridade (MYS) e os dados da OCDE do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA). A nova medida é uma média ponderada pela coorte das pontuações anteriores do PISA (representando a qualidade da educação) da população em idade ativa e os anos médios correspondentes da escolaridade (representando a quantidade de educação). Os pesos para pontuações de PISA e anos médios de escolaridade são estimados a partir de regressões que consideram quão bem as variáveis ponderadas pela coorte explicam pontuações do Programa de Avaliação Internacional de Competências para Adultos (PIACC).

Com base nessa nova medida, podemos calcular separadamente o efeito da pandemia nas pontuações do PISA e nos anos médios de escolaridade (MYS) e alimentá-lo na medida de estoque do capital humano. Para cada coorte impactada, somamos os efeitos da pandemia nos resultados dos testes MYS e PISA para estimar o efeito geral no capital humano. Nós os calculamos usando as elasticidades do MYS e do PISA em relação ao capital humano, estimado em Égert et al. (2022). Em seguida, calculamos uma média ponderada da população do impacto de cada coorte afetada para fornecer o efeito global no capital humano.

A nova medida do capital humano mostra uma correlação robusta com a produtividade dos países da OCDE nas regressões do painel de séries temporais entre países. Isso nos ajuda a quantificar as perdas macroeconômicas devido ao fechamento de escolas, refletidas nas perdas nas pontuações do PISA e nos anos médios de escolaridade.

Usando essas estimativas, consideramos três cenários:

O efeito do fechamento das escolas na primavera de 2020 experimentado em muitos países da OCDE, que correspondiam aproximadamente a um terço do fechamento de um ano letivo. Esse período de fechamento se traduz em uma redução de -2,6% nos anos médios de escolaridade correspondendo a uma redução de 1,1% no Pontuações do PISA.

O efeito de um fechamento escolar de um ano, correspondendo amplamente ao fechamento total médio (total e parcial) de escolas observado nos países da OCDE desde o início da pandemia e, de acordo com uma primeira avaliação, à perda de aprendizado dos estudantes mais desfavorecidos dos EUA (Departamento de Educação dos EUA, 2022). Esse cenário se traduz em uma redução de -8,2% no MYS e uma queda de desvio padrão de -0,37 nas pontuações do PISA, correspondendo a uma redução de 2,9% nas pontuações do PISA.

O efeito de um fechamento escolar de dois anos, que ocorreu apenas raramente e amplamente correspondendo ao fechamento total (total e parcial) da escola na Colômbia, Chile, Coréia e México desde o início da pandemia, o que se traduz em uma redução de -16,5% no MYS e de 5,6% e -0,72 desvio padrão cai nas pontuações do PISA

Estimamos o impacto do fechamento da escola na produtividade por meio do efeito do capital humano nesses três cenários. (...)


Envolvimento das empresas de auditoria com a FTX é maior do que o anunciado

Francine McKenna informa que o envolvimento das empresas de auditoria com a ruína da FTX parece maior do que o anunciado inicialmente. 

Recapitulando: a FTX Trading era uma queridinha dos negócios, com seu principal empresário aparecendo na mídia e sendo badalado por políticos (exemplo, Bill Clinton e os Democratas) e outros. Recentemente descobriu que a empresa era uma grande fraude, com uma contabilidade bagunçada. Tendo sede em Bahamas, a empresa parecia que não seria punida por seus problemas. Mas o valor era muito alto para manter os reguladores passivos. 


As primeiras notícias apontavam um vínculo da FTX com duas empresas de auditoria: a Prager Metis e a Armanino. Depois, a Forbes indicou que a PwC e a Deloitte prestaram consultoria para a FTX. E agora, Mckenna mostra que a BDO e a EY também trabalharam para FTX, em diversos escritórios das empresas. 

Lembre-se de que a PwC audita a Tesla que se interessou em possuir ativos de criptografia, a EY audita o Block (Square), que registra mais receita na compra e venda de Bitcoin do que em seus dispositivos de pagamento e a KPMG audita a Microstrategy, que é essencialmente um fundo de hedge Bitcoin que a Deloitte aconselha.

A Deloitte também é a auditor externa registrada da Coinbase, a bolsa pública, corretora, banco pseudo-não regulamentado, custodiante e empresa que possui dois corretores registrados na SEC.

Foto: SUNBEAM PHOTOGRAPHY