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29 novembro 2022

Deloitte Comercial: positivo ou negativo?

A Deloitte, aproveitando o final de uma série sobre zumbis, fez um comercial relacionado com a contratação de pessoas. Controverso: criativo e inovador ou revelador que o contratado para trabalhar em uma Big Four é um zumbi?

28 novembro 2022

Credit Suisse e o socorro do regulador

Os leitores lembrarão isso em meados de outubro nós relatamos que o Fed estava transferindo silenciosamente valores cada vez maiores em dólares para o Banco Nacional Suíço - que acabou chegando a cerca de US $ 11 bilhões semanalmente - que, por sua vez, estava usando essas linhas de swap em dólares para preencher buracos de financiamento em um ou mais bancos comerciais suíços.


Não era preciso ser cirurgião de foguetes para descobrir que o banco em questão era o Credit Suisse, que viu seu estoque cair em meio a uma incansável enxurrada de escândalos, erros corporativos e fraudes ocasionais (que conhecemos) e o que dissemos provavelmente estava sofrendo com uma dolorosa corrida bancária nos bastidores.



(...) nesta manhã o segundo maior banco suíço confirmou nossa especulação de pior caso, admitindo que havia acabado de passar por uma corrida bancária impressionante na qual os clientes retiraram até 84 bilhões de francos suíços, ou US $ 88,3 bilhões, do seu dinheiro do banco durante as primeiras semanas do trimestre, sublinhando as preocupações contínuas sobre os esforços de reestruturação do banco após anos de escândalos. 

Em outras palavras:

se os fundos não chegassem, o Credit Suisse provavelmente teria falido!

Fonte: aqui

Impairment e Normas internacionais: fica tudo como está

 Notícia do site do CFC:

O International Accounting Standards Board (Iasb) decidiu, nesta quinta-feira (24), manter a abordagem de impairment apenas para reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill). Essa decisão provisória culmina a avaliação completa que começou com a Revisão Pós-implementação (PIR) da IFRS 3 - Combinações de Negócios, em 2014.


Ao tomar sua decisão, o Iasb considerou o feedback das partes interessadas do PIR da IFRS 3, o documento de discussão que o Iasb publicou em março de 2020 e pesquisas subsequentes. A entidade concluiu que a extensa evidência coletada não demonstrou um caso convincente para mudar sua decisão anterior sobre a contabilização do ágio.

Em setembro de 2022, o Iasb também votou para adicionar requisitos de divulgação ao IFRS 3 que trata de informações sobre o desempenho subsequente de uma aquisição, em resposta ao feedback dos investidores sobre o PIR. Ao elaborar esses requisitos de divulgação, o Iasb também respondeu ao feedback das empresas sobre os desafios de fornecer essas informações.

Em seguida, a entidade irá considerar se publicará essas propostas em uma minuta de exposição. Nesse caso, o Iasb finalizará os detalhes de suas propostas para exigir uma melhor divulgação sobre o desempenho subsequente das aquisições e explorará possíveis melhorias e simplificações no teste de redução ao valor recuperável antes de publicar tal minuta de exposição.

É bom lembrar que Lev faz críticas à contabilidade e a distância entre o valor real de uma empresa e o ativo contábil. Para o autor, a distância entre a contabilidade e o mundo real estaria nos intangíveis. Pelo visto, o Iasb adotou a postura de Bartleby e sua famosa frase: "I would prefer not to."

FTX e a auditoria

O AccountingWeb traz um texto relacionando o colapso da FTX com a auditoria. Mas como lembra Philip Fisher, o autor do texto, nenhuma das Big Four estava envolvida no problema. O que talvez seja algo estranho em razão dos últimos escândalos contábeis de grande porte, com a excesso de Madoff. 

Entre os problemas contábeis encontrados na empresa FTX destaca-se a questão da entidade. Parece que o executivo maior da empresa tratava o dinheiro da FTX como seu, usando o dinheiro para comprar imóveis na Bahamas e nas apostas em criptomoedas da Alameda Research. 


A responsabilidade pela auditoria era da Armanino e Prager Metis. Não é um nome conhecido no mercado. Mas assim como o auditor de Madoff era desconhecido, a presença desta empresa pode ter facilitado a fraude. Afinal um empresa com ativos de bilhões de dólares poderia ser auditada por alguém sem reputação? Mas seria isto mesmo? Veja o que diz o texto:

Armanino é uma das 25 maiores empresas independentes de consultoria em contabilidade e negócios nos Estados Unidos, com 21 escritórios geralmente pequenos em todo o país, mas principalmente na Califórnia.

Eis o que diz a empresa:

Com Armanino pode-se pensar estrategicamente e fornecer informações sólidas que levem a uma ação positiva. Abordamos não apenas seus problemas de conformidade, mas também seus desafios comerciais subjacentes.

Já a Prager Metis “é uma empresa internacional de consultoria e contabilidade com mais de 100 parceiros e diretores, mais de 600 membros da equipe e 24 escritórios em todo o mundo”. 

Não eram tão pequenos assim os auditores da FTX. 

(É interessante notar que no verbete da FTX na Wikipedia a palavra "audit" não era citada até o dia de hoje)

Medidas para evitar investimento em uma nova FTX

A empresa de capital de risco Sequoia Capital foi um dos investidores que perderam muito dinheiro com a falência da FTX. A estimativa é de 150 milhões de dólares na aposta realizada. Para evitar que apostas tão arriscadas aconteçam novamente, a empresa afirmou que irá melhorar o processo de decisão futura. 


Se no passado a empresa apostou na Apple, no Google e no Airbnb, a aposta na FTX foi um fracasso. Uma das medidas adotadas será a exigência de demonstrações financeiras de startups em estágio inicial que sejam auditadas por uma Big Four. 

Pelos relatos atuais, a FTX não tinha sequer contabilidade. 

FTX pode virar série

A Amazon está finalizando um acordo com os irmãos Joe e Anthony Russo, conhecidos pela direção de filmes da Marvel, para criar uma série sobre o colapso da FTX, a gigante das criptomoedas que faliu em meio a inúmeros escândalos internos.

A produção está prevista para iniciar em meados de 2023 e deve trazer David Weil, da séries Hunters, para escrever o piloto.(...)

“Esta é uma das fraudes mais descaradas já cometidas. Atravessa muitos setores – celebridades, política, academia, tecnologia, criminalidade, sexo, drogas e o futuro das finanças modernas”, disseram os irmãos Russo a série. “No centro de tudo está uma figura extremamente misteriosa com motivações complexas e potencialmente perigosas. Queremos entender o porquê".

Empresas como matéria prima de séries



As plataformas de streaming descobriram que empresas, empreendedores e suas jornadas mirabolantes podem ser uma fonte quase inesgotável de roteiros originais.

Os espectadores já possuem uma lista vasta de histórias recentes para acompanhar: a queda da WeWork foi contada em WeCrashed, da Apple TV+; já a fraude Elizabeth Holmes, da Theranos, pode ser vista em Dropout, da Hulu; e o controverso CEO Travel Kalanick, da Uber, em Super Pumped, da Netflix. 

Fonte: Exame

Anteriormente comentamos que Michael Lewis estaria escrevendo um livro sobre o assunto. Aqui é possível ler sobre Caroline Ellison, provável namorada do executivo da FTX, com opiniões controversas sobre diversos assuntos. 

Foto: Jonathan Borba

25 novembro 2022

América Latina e sustentabilidade

Um ano após o lançamento da IFRS Foundation, o Conselho Internacional de Padrões em Sustentabilidade (ISSB) na COP26 em Glasgow, está em andamento o trabalho para estabelecer uma verdadeira base global para a disseminação de informações financeiras sobre sustentabilidade, com o objetivo de atender às necessidades do mercado de capitais.


Na COP27, no Egito, em novembro, o ISSB anunciou uma estrutura colaborativa para o desenvolvimento de capacidade que integra totalmente todas as jurisdições igualmente ao desenvolvimento contínuo e à adoção global de alta qualidade do IFRS sobre Sustentabilidade, para garantir a escalabilidade e proporcionalidade que incluem as PME, especialmente no desenvolvimento. economias.

Essa iniciativa é baseada no reconhecimento de que a adoção antecipada dessas normas pode desempenhar um papel fundamental na liberação dos fluxos financeiros necessários para uma transição justa e um desenvolvimento resistente ao clima, de acordo com os objetivos da COP27.

O Grupo Latino-Americano de Emissores de Normas Financeiras (GLENIF) apoiou esta iniciativa da IFRS Foundation como "associada desde o início" e trabalha ativamente na divulgação, estudo e discussão de projetos de Sustentabilidade do IFRS.

Fonte: aqui. Foto: micheile dot com