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11 novembro 2022

Classificação de dívida com convênios

 

O International Accounting Standards Board (IASB, na sigla em inglês) emitiu, nesta segunda-feira (31), alterações à norma IAS 1 – Presentation of Financial Statements. A iniciativa visa melhorar as informações divulgadas por empresas sobre dívidas de longo prazo com covenants, e permitir que os investidores entendam o risco de que determinada dívida seja reembolsada antecipadamente. As modificações emitidas pelo IASB são efetivas para exercícios anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2024, com adoção antecipada permitida.


A IAS 1 exige que uma empresa classifique a dívida como não circulante somente se a empresa puder evitar a liquidação da dívida nos 12 meses após a data do relatório. Por exemplo, uma empresa pode ter uma dívida de longo prazo que pode ser reembolsada em 12 meses, se a empresa não cumprir com os convênios nesse mesmo período.

As mudanças implementadas na IAS 1 especificam que as cláusulas restritivas a serem cumpridas após a data do balanço não afetam a classificação da dívida como circulante ou não circulante na data do balanço. Em vez disso, as modificações exigem que uma empresa divulgue as informações sobre essas cláusulas restritivas nas notas nas demonstrações financeiras.

As alterações também respondem às propostas de feedback das partes interessadas sobre a classificação da dívida como circulante ou não circulante, quando da aplicação de requisitos introduzidos em 2020 e ainda não vigentes.

Do site do CFC, Foto: Kostiantyn Li

Auditorias de empresas chinesas com ações negociadas na bolsa

Segunda a Bloomberg (via aqui), as autoridades na área de auditoria nos Estados Unidos concluíram a primeira fase da inspeção de empresas chinesas com ações negociadas no mercado acionário americano. Funcionários do PCAOB estiveram em Hong Kong, cumprindo um cronograma previsto entre os dois países. Mas ainda não é possível afirmar se existe ou não aprovação da contabilidade das empresas, já que este é um estágio inicial do trabalho do PCAOB.

O trabalho começou em setembro e logo no início as autoridades chinesas solicitaram a ocultação de nomes, endereços e salários, informou a Bloomberg. Mas os funcionários que estavam fazendo a inspeção de auditoria tiveram acesso aos documentos.

O trabalho do PCAOB é previsto na legislação dos EUA desde 2002, mas a China e Hong Kong negavam o acesso às informações. Uma nova lei, de 2020, forçou um compromisso das autoridades chinesas, já que existia o risco de deslistagem das empresas asiáticas da bolsa.

Uma nova maneira de publicar um artigo

Um periódico na área da vida e medicina, o eLife, apresentou uma proposta para os artigos submetidos para publicação. Caso o artigo seja aceito, o autor deverá pagar dois mil dólares para publicar e o acesso é gratuito. Até agora, nada de mais. O valor pago é menor que os 3 mil cobrados anteriormente, desde que o autor aceite revisão por pares e as críticas sejam postadas on-line.  



O autor poderá até revisar o artigo e publicar uma nova versão. Anteriormente o eLife passou a exigir que todos os artigos fossem publicados como pré-impressão, sem o carimbo de "aceitação".

A proposta do periódico entra em vigor no próximo ano e há antecedentes onde pesquisadores publicam manuscritos que outros podem revisar. 

Mais um órgão na Fundação IFRS

Os curadores da Fundação IFRS anunciaram, nesta terça-feira (1), a adesão a um novo grupo consultivo: o Integrated Reporting and Connectivity Council (IRCC), órgão consultivo voltado à Fundação IFRS, ao International Accounting Standards Board (Iasb, na sigla em inglês) e ao International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês), cujos propósitos são fornecer orientação sobre como os relatórios exigidos pelo Iasb e pelo ISSB podem ser integrados e como esses devem integralizar a aplicação de princípios e conceitos da Estrutura de Relato Integrado aos seus projetos.

(...)Os membros do grupo incluem reguladores de todo o mundo, investidores, emissores de normas nacionais, profissionais de contabilidade, acadêmicos e indivíduos de empresas e organizações não governamentais. (Fonte: CFC)


Há uma expansão do escopo da Fundação IFRS. A criação do ISSB e novas entidades, como o IRCC criado agora, significa um aumento nos custos da Fundação. É bem verdade que as demonstrações contábeis da Fundação apresentam uma boa saúde financeira. Mas será que o aumento nos gastos pode ser suportado pelas reservas existentes (caixa e aplicações financeiras)? Teremos que esperar a divulgação das demonstrações no próximo ano para saber. 

Foto: Khamkéo Vilaysing

Obrigatoriedade de análise de cenários

 Eis uma notícia interessante:

O International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês) confirmou por unanimidade que as empresas serão obrigadas a usar a análise de cenários relacionados ao clima para informar a análise de resiliência. A decisão foi tomada no dia 1º de novembro de 2022, durante a reunião complementar do conselho.

Na ocasião, o ISSB votou para confirmar que as empresas são obrigadas a usar a análise de cenários relacionados ao clima para relatar a resiliência climática e identificar riscos e oportunidades relacionados ao clima para apoiar suas divulgações.

O ISSB informou que dará suporte para aplicação aos preparadores, incluindo o uso de materiais desenvolvidos pela Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês) para fornecer orientação sobre como realizar a análise de cenários. Esta decisão responde a perguntas das partes interessadas sobre o que se entende pelo termo “análise de cenários relacionados ao clima”.

Isto é interessante pois o ISSB é uma entidade do terceiro setor, sem autoridade para obrigar outra entidade a fazer algo. Bom, talvez o termo seja inadequado, mas é sempre bom lembrar que a compulsoriedade da norma ocorre quando uma autoridade nacional sanciona seu uso. No Brasil isto é feito, por exemplo, pela CVM. 

Foto: Benjamin Wedemeyer

10 novembro 2022

Novelas e Contadores

Da revista da FSA  

The present research aims to analyze the stereotypes of the accountant characters represented in Brazilian soap operas, between 2010 and 2020. We selected six television productions produced by Rede Globo that contained accountants in their plot were selected. We chose Rede Globo productions for their leadership in the audience and production of soap operas in the country which it can impact society. We accessed the telenovelas' websites to extract character descriptions and identify the physical, behavioral, and attitude characteristics of the accountants. Therefore, we adopted Langer's classification (2004) to analyze the characteristics and professional skills associated with the characters in the face of prevailing stereotypes in literature: traditional accountant and contemporary accountant. We found out that the characters were represented by male individuals, they were involved in illicit activities, and they have a life without major changes; none of them were protagonists or belonged to the central environment of the novels. Only one character was represented by a black actor, which makes room for greater representation of the accountant. Among the professional skills, the representation based on the stereotype of the traditional accountant who, in the exercise of accounting functions, are meticulous, perform numerical tasks of a technical and operational nature, is still predominant. While two characters have management positions in companies and are associated with the stereotype of the contemporary accountant. Taken together, the results illustrate the need for productions to convey positive characteristics linked to the accountant, especially to the activity of contemporary accounting professionals.

A Representação do Contador nas Novelas Brasileiras: Análise dos Estereótipos - Revista FSA . out2022, Vol. 19 Issue 10, p347-365. 19p. Ribeiro Silva, Mariana Cristina; Alves Arantes, Vagner; Aparecido Batista, Donizete; da Fonseca Tonin, Joyce Menezes

09 novembro 2022

Rir é o melhor remédio

Este pequeno vídeo mostra como os alunos devem se comportar na escola. É para os pequenos, mas há alguns conselhos para universitários também