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05 outubro 2022

Padronização de carregador de celular na Europa

 


Do Boing Boing

A União Europeia votou hoje para tornar o USB-C o padrão obrigatório para carregar portas em dispositivos de consumo, na esperança de reduzir o desperdício eletrônico e agradar os consumidores cansados de ter que ter carregadores especiais para cada um [dos eletrônicos]. Os modelos mais populares já mudaram nas versões recentes, com uma exceção proeminente: o iPhone da Apple, ainda usando o conector Lightning, de propriedade da empresa. A lei (...) isenta pequenos dispositivos, como relógios e rastreadores de fitness.

Parece razoável, mas é sempre questionar se faz sentido. E se o carregador da Apple for mais eficiente? O burocrata em Bruxelas decidiu que todos devem aceitar sua escolha? 

NFT e a destruição de uma obra de Frida Kahlo

Eis uma história surreal:

(...) um milionário resolveu colocar fogo em uma obra da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) depois de digitalizar a imagem, transformada em 10 mil tokens não fungíveis (NFTs).

O episódio, que aconteceu em Miami (EUA) e foi publicado no final de julho no YouTube, além de gerar uma enxurrada de críticas dos internautas, é objeto de uma investigação aberta pelo Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura (INBAL) do México, que tenta descobrir se a pintura queimada por Martin Mobarak é mesmo o original da obra "Fantasmones Siniestros" (fantasmas sinistros), de 1944, avaliada em 10 milhões de euros, R$ 51,5 milhões pela cotação da moeda europeia na última terça-feira, 27. [foto]

Segundo o magnata mexicano, que detém, ou detinha, a obra desde 2015, e que se autoproclama “alquimista de arte”, “visionário”, “líder filantropo” e “transformador NFT” em sua página no LinkedIn, o objetivo da transformação da obra em NFTs é criar “pedaços” que possam crescer “na eternidade.” Mobarak disse ainda que os fundos arrecadados pela venda dos NFTs serão destinados a entidades ligadas à saúde infantil, à Casa Museu Frida Kahlo e à Escola de Belas Artes Mexicana, e a Escola Nacional de Artes Plásticas, entre outros beneficiários.

A queima de uma obra de arte, na contabilidade, teria um tratamento semelhante a uma perda, um furto ou desaparecimento de um objeto. Ao criar NFT da obra, o empresa poderia estar calculando o valor digital que obteria. Mas quem compraria um arquivo digital sabendo que Mobarak fez o que fez? 

Trump e os impostos

Um novo livro sobre o ex-presidente Trump revela alguns fatos curiosos. Sobre a questão dos tributos:


Em um avião durante a campanha em 2016, Trump foi convidado por seu gerente de campanha Corey Lewandowski e sua secretária de imprensa Hope Hicks para tratar de sua recusa em divulgar suas declarações fiscais — uma questão que eles viram como um problema para a candidatura de Trump à Casa Branca.

Haberman escreve que Trump respondeu inclinando-se para trás antes de ter um pensamento repentino: "Bem, você sabe que meus impostos estão sob auditoria, eu sempre sou auditado", disse ele.

"Então, o que quero dizer é, bem, eu poderia apenas dizer: 'Vou liberá-los quando não estiver mais sob auditoria. Porque nunca deixarei de estar sob auditoria."

Desde Richard Nixon, todos os presidentes dos EUA liberaram voluntariamente suas declarações de impostos. Desde então, uma investigação do New York Times de 2020 revelou que Trump pagou US$ 750 (cerca de R$ 4 mil) em impostos federais no ano em que se tornou presidente.

Rir é o melhor remédio

 

Vi este cartoon no site da New Yorker e pareceu um pouco a figura de certos contadores e seu trabalho. Assim, o termo "contabilidade" foi acrescido pelo blog. 

04 outubro 2022

Fisco inglês fiscalizando os clubes de futebol

O HMRC (algo como Receita e Alfândega de Sua Majestade) é o fisco do Reino Unido. Com mais de 60 mil empregados, o HMRC é responsável pela fiscalização no pagamento de impostos. Em 2021, o HMRC fez diversas investigações em clubes de futebol que renderam um imposto adicional de 59 milhões de libras. Segundo informações o foco da investigação foram as taxas pagas aos agentes e os pagamentos de hotéis e voos para amigos e familiares de jogadores.

Entre os clubes que já foram investigados pelo HMRC estão os Rangers, Newcastle, Manchester United e, mais recentemente, o West Ham. O ex-técnico do City, Manuel Pellegrini, já foi multado em 343 mil libras. Um dos focos do HMRC são os benefícios em espécie, quando o clube paga passagens e estadia para a família de um jogador. Usualmente o clube não declara como pagamento ao jogador, o que evita pagamentos previdênciários.

Multa para influenciadora digital Kardashian


A mega influenciadora Kim Kardashian terá de pagar US$ 1,26 milhão (equivalente a R$ 6,6 milhões) à Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) depois de uma ação de publicidade com criptomoedas. Segundo a SEC, Kardashian infringiu as regras do país ao divulgar um token criptográfico sem revelar que foi paga para isso.

De acordo com a agência federal norte-americana, a influenciadora e estrela de reality shows recebeu US$ 250.000 (R$ 1,3 milhão) para postar em sua conta do Instagram um conteúdo sobre os tokens EMAX, um ativo criptográfico oferecido pela EthereumMax. Segundo a Bloomberg, ela não admitiu ou negou as alegações, mas concordou em não divulgar nenhum ativo digital por três anos.

“Este caso é um lembrete de que, quando celebridades ou influenciadores endossam oportunidades de investimento, incluindo títulos de criptoativos, isso não significa que esses produtos de investimento sejam adequados para todos os investidores”, afirmou Gary Gensler, presidente da SEC, em comunicado. [vide acima] “Encorajamos os investidores a considerar os potenciais riscos e oportunidades de um investimento à luz de seus próprios objetivos financeiros.”

Anteriormente, o órgão regulador já havia alertado que famosos divulgando criptomoedas consideradas títulos precisam deixar claro se são pagos pelo apoio. Em 2018, multas foram aplicadas ao boxeador Floyd Mayweather e ao produtor musical DJ Khaled por esta razão.

Fonte: Época. Veja também aqui

EY e a separação da consultoria

Francine McKenna argumenta que o plano da EY em separar a área de auditoria do braço de consultoria é fruto de uma posição de fraqueza da entidade. No processo de separação, há um acordo de não concorrência, onde a empresa focada na auditoria ficará fora da área de consultoria por um período inicial. 


Eis um trecho interessante:

Finalmente, como as empresas de auditoria dos EUA não publicam demonstrações financeiras auditadas, o público não tem idéia se as empresas são financeiramente viáveis, principalmente quando a empresa se depara com ela perdas de litígios potencialmente catastróficas.

Vimos isso repetidamente até os queixosos têm dificuldade em extrair informações financeiras das empresas ao processá-los, mesmo que o objetivo seja avaliar quanto uma empresa poderá pagar, se vencer.

Neste sentido

A EY está enfrentando ações judiciais de uma série de auditorias recentes fracassadas, incluindo reivindicações legais de bilhões de dólares na Alemanha e no Reino Unido por causa de suas auditorias supostamente fracassadas na Wirecard AG e no operador hospitalar NMC Health PLC.

Foto: Sven Piper