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11 agosto 2022

Onde está ocorrendo a convergência?

 

O quadro acima mostra a posição de adoção de padrões globais na contabilidade. No final de 2021, o grupo de normas mais amplamente adotado no mundo é os padrões de auditoria e seguros, com um status de 62% adotado e 36% parcialmente adotado. O ponto frágil são as normas do setor público, adotadas por 14% das jurisdições e parcialmente adotada por 47%. Mas incríveis 39% das jurisdições não adotam. 

As IFRS são adotadas por 53% dos países, sendo 42% de forma parcial. (Curiosidade: aonde o Brasil estaria classificado? Minha opinião seria "parcialmente adotado")

Auditoria pós pandemia

O Conselho de Relatórios Financeiros (FRC) anunciou recentemente planos revisar a governança corporativa no Reino Unido e, além disso, publicar orientações para auditores - o primeiro do gênero no Reino Unido - para ajudar a melhorar a maneira como eles exercem julgamento profissional. (...)

As auditorias que foram manchetes recentemente no Reino Unido são de contas registradas antes da pandemia ocorrer no início de 2020, supostamente quando todos os freios e contrapesos necessários estavam em vigor e práticas de trabalho firmemente estabelecidas. Consultas como essas, e revisitando padrões em intervalos regulares em geral, proporciona uma oportunidade de aprender com as experiências passadas e melhorar a orientação para o futuro, particularmente se eles não tivessem orientação ou fossem inadequados para lidar com situações que não estavam previstas quando os padrões foram elaborados ou atualizados pela última vez, que em alguns casos pode ser um tempo considerável atrás.

Pressões pandêmicas

(...) As práticas de trabalho mudaram e, com isso, controles, freios e contrapesos foram alterados, substituídos ou rasgados por equipes e funcionários de gerenciamento de clientes de auditores, geralmente em um espaço de tempo incrivelmente curto, aumentando o risco de erros e potencialmente fraudes, intencionais ou não. Olhando para trás, durante a Grande Crise Financeira (CG) de 2007/8, houve um aumento significativo na gerência intermediária cometendo fraudes, enquanto lutavam para manter seus padrões de vida na medida que os bônus caíam e os empregos eram perdidos.

Isso levanta a questão importante de saber se as expectativas existentes dos auditores e reguladores são razoáveis nessas situações extremas e existe uma lacuna crescente entre as expectativas elevadas sobre a qualidade da auditoria, principalmente quando estão envolvidas entidades de interesse público (PIEs) e seus revisores oficiais de contas? Talvez haja um novo nível de incerteza que deva ser refletido em contas que atualmente não estão alinhadas com as orientações, ceticismo e expectativas das partes interessadas. Ou eles precisam ser lembrados de que a gerência e os auditores não têm bolas de cristal e, simplesmente, porque uma empresa falha não significa necessariamente que alguém foi negligente ou não foi cético?

Qualquer que seja o resultado das revisões no ISA600 e ISA 570 (revisado) e o impacto de novas orientações, o setor de auditoria se encontra em uma posição muito diferente daquela em que entrou na pandemia e as mudanças necessárias estão no horizonte.

Fonte: aqui

Mais pressão para convergência

 


A ACCA (algo como Associação dos Contadores Certificados) é uma entidade com 240 mil membros. Em documento recente, a entidade solicita a unificação dos padrões globais relacionados com a sustentabilidade.

Atualmente existem diversos padrões, muito embora seja possível perceber um movimento para que prevaleça os padrões do ISSB. O pedido da ACCA vai neste sentido, solicitando que a Europa, através do Grupo Consultivo que lançou o European Sustainability Reporting Standards, faça um alinhamento neste sentido. 

Segundo o gerente sênior da ACCA, Yen-Pei Cheng, em comunicado, "Pedimos ao EFRAG que forneça uma definição e orientação mais claras sobre a dupla materialidade: especificamente sobre como a materialidade do impacto deve ser avaliada na prática e garanta que a materialidade financeira esteja alinhada com a definição do ISSB.'

OnlyFans e Meta

A fonte não é muito confiável, mas o caso parece algo de cinema. O site OnlyFans cresceu com um conteúdo um pouco mais apimentado. A audiência adulta troca conteúdo exclusivo por pagamentos, que são repassados, em parte, para os artistas.

Segundo o New York Post - não confundir com o NY Times - para retirar potenciais concorrentes da jogada, o OnlyFans pagou para Meta, de Zuckenberg, para que as contas destes artistas fossem marcadas, falsamente, como sendo de conteúdo terrorista. Esta marcação ocorreu especialmente no Instagram, mas não somente. 

Via aqui

Rir é o melhor remédio

A ONU foi fazer uma pesquisa no plenário sobre a situação mundial. Uma única pergunta e nenhum país soube responder. A pergunta era:

Por favor, você poderia me dar sua opinião honesta sobre as soluções para a escassez de alimentos no resto do mundo? 

Os países da África não sabiam o que "alimento" significava. A Índia não respondeu pois não sabia o significado de "honesto". A Europa não sabia o que significava "escassez". A China não conhecia do que era "opinião". Os países do Oriente Média não entenderam o termo "solução". Os países da América do Sul não conheciam o significado de "por favor". E os Estados Unidos não entenderam o que significava "resto do mundo".

Adaptado daqui

10 agosto 2022

Clima e a política da vergonha


A divulgação recente de que celebridades usavam seus jatos de maneira excessiva trouxe a tona a possibilidade de usar a imagem como uma forma de coibir que algumas pessoas contribuam para o aquecimento global. 

Uma pesquisadora calculou que os bilionários, famosos por seu estilo de vida glamoroso, estavam contribuindo com uma grande quantidade de emissão de carbono. Especificamente, a pesquisa mostrou que 20 destes bilionários emitiam, em média, 8.194 toneladas métricas de CO2 na atmosfera, por ano. Uma pessoa média emite menos de 5 toneladas. Isto parece não se justo. 

Esse desequilíbrio é injusto, especialmente enquanto o resto da população está deprimida e se sente culpada por sua reciclagem desleixada ou por dirigir um SUV. Pior ainda, enquanto os super-ricos têm pegadas gigantes de carbono, sua riqueza também lhes permite evitar as terríveis consequências da mudança climática. Eles podem pegar um jato particular para fugir de inundações ou furações e só veem fome e pobreza pelas janelas de suas limusines blindadas.

Uma potencial solução é a "vergonha do carbono", lembrando os super poluidores e forçando uma mudança de atitude. Esta é a opinião da pesquisadora.

Na contabilidade parece que isto não funciona completamente. As empresas de auditoria deveria fazer seu trabalho e o principal incentivo seria a reputação. Mas muitos escândalos contábeis, como colar na prova de ética para continuar seu trabalho, parece indicar o contrário