Aqueles que gostam de futebol e estudam contabilidade sabem que esta época do ano também é o momento em que os clubes fazem as grandes transações com seus atletas. Os clubes europeus estão voltando de férias e o anúncio de reforços mantém as colunas esportivas. Um caso chama a atenção neste momento: o clube Barcelona.
05 agosto 2022
Futebol e contabilidade: Barcelona
Aqueles que gostam de futebol e estudam contabilidade sabem que esta época do ano também é o momento em que os clubes fazem as grandes transações com seus atletas. Os clubes europeus estão voltando de férias e o anúncio de reforços mantém as colunas esportivas. Um caso chama a atenção neste momento: o clube Barcelona.
KPMG faz 125 anos de história
A empresa de auditoria KPMG comemorou, na terça passada, o seu 125o. aniversário. Não é para qualquer um. Em comunicado (via aqui), a empresa anunciou que irá investir 12 milhões nos próximos cinco anos para ajudar a grupos sub-representados. Talvez seja uma boa ideia, já que a empresa foi multada, pelo Departamento de Justiça, por discriminar, no processo seletivo de trabalho, pessoas fora dos Estados Unidos. Isto depois de pagar outra multa por discriminar idosos e mulheres.
Os últimos dias estão sendo movimentados para a Big Four. Estas empresas de auditoria tiveram um aumento nas receitas globais, segundo alguns números parciais. Há um grande fluxo de trabalho, o que pode deixar o gestor feliz, mas que leva a um grande número de horas trabalhadas
No final de julho, mais uma marca na história da empresa: multa, pelo regulador britânico, de 14,3 milhões de libras, por conta do trabalho feito na empresa Carillion. A multa não foi maior por conta da cooperação com o regulador, mesmo após a empresa ter fornecido informações e documentos falsos.
Em abril deste ano o PCAOB aplicou a maior multa em uma pessoa jurídica: Scott Marcello deve pagar 100 mil dólares por ter recrutado ex-funcionários do próprio PCAOB, que passaram informações relevantes sobre a inspeção que seria realizada na KPMG.
Fim do Doutorado da Unisinos
A Unisinos comunicou que estaria fechando diversos cursos de doutorado da entidade
Entre os 26 PPGs oferecidos pela Unisinos, foram extintos os de história, arquitetura, biologia, ciências contábeis, ciências sociais, comunicação, economia, enfermagem, engenharia mecânica, geologia, linguística aplicada e psicologia. Os alunos que já faziam esses cursos manterão as bolsas de estudos e continuarão com as atividades acadêmicas até defenderem suas teses ou dissertações. O Conselho Superior Universitário (Consun) ainda precisa ratificar os fechamentos, o que deve acontecer no final de agosto, quando o órgão deliberativo da Unisinos se reunirá.04 agosto 2022
Valor do Coliseu
A empresa de auditoria Deloitte, através da sua filial italiana, atribuiu um valor para o Coliseu. Segundo um estudo (via aqui), divulgado no site da empresa de auditoria, o monumento icônico da cidade de Roma tem um valor de 77 bilhões de euros. Somente sua contribuição com a economia italiana é de 1,4 bilhão por ano, segundo a Deloitte.
"Parei de ler notícias"
Um artigo de opinião de Amanda Ripley para o The Washington Post: Parei de ler as notícias.
E isso chega ao cerne do problema aqui: se muitos de nós se sentirem envenenados por nossos produtos, pode haver algo errado com eles?
Mês passado, novos dados do Instituto Reuters mostrou que os Estados Unidos têm uma das maiores taxas de evasão de notícias do mundo. Cerca de 4 em cada 10 americanos às vezes ou frequentemente evitam o contato com as notícias - uma taxa mais alta do que pelo menos 30 outros países [vide gráfico a seguir]. E de forma consistente, em todos os países, as mulheres têm uma probabilidade significativamente maior de evitar notícias do que os homens. Afinal, não éramos apenas eu e meus amigos jornalistas hipócritas.
Por que as pessoas estão evitando as notícias?? É repetitivo e desanimador, geralmente de credibilidade duvidosa, e deixa as pessoas se sentindo impotentes, de acordo com a pesquisa. A evidência apóia sua decisão de recuar. Acontece que quanto mais notícias consumimos sobre eventos de vítimas em massa, como tiroteios, mais sofremos. Quanto mais notícias políticas ingerimos, mais erros nós fazemos sobre quem somos. Se o objetivo do jornalismo é informar as pessoas, onde está a evidência de que está funcionando?Então, talvez haja algo errado com as notícias. Mas o que? Muitas pessoas dizem que o problema é viés. Jornalistas dizem que o problema é o modelo de negócios: a negatividade é click. Mas comecei a pensar que ambas as teorias estão perdendo a peça mais importante do quebra-cabeça: o fator humano.
As notícias de hoje, mesmo as de alta qualidade, não foram projetadas para seres humanos. Como Krista Tippett, jornalista e apresentadora do programa de rádio e podcast "On Being", coloca: "Na verdade, não acho que estamos equipados, fisiologicamente ou mentalmente, para receber notícias e fotos catastróficas e confusas. Somos criaturas analógicas em um mundo digital."
(...) Quando destilei tudo o que eles me disseram, descobri que há três ingredientes simples que estão faltando nas notícias como a conhecemos.
Primeiro, precisamos de esperança para acordar de manhã. Pesquisadores têm encontrado essa esperança está associada a níveis mais baixos de depressão, dor crônica, insônia e câncer, entre muitas outras coisas. Desesperança, por outro lado, está ligado à ansiedade, depressão transtorno de estresse pós-traumático e ... morte.
(...) Segundo, os humanos precisam de um senso de ação. (...) sentir que você e seus companheiros humanos podem fazer algo - mesmo algo pequeno - é como convertemos a raiva em ação, frustração em invenção. (...)
Finalmente, precisamos de dignidade. Isso também não é algo em que a maioria dos repórteres pensa, na minha experiência. O que é estranho, porque é essencial para entender por que as pessoas fazem o que fazem.(...)
P.S. Depoimento pessoal: parei de assistir notícias na televisão. E tenho evitado ler algumas notícias nos jornais. E minha decisão de parar o "rir é o melhor remédio" foi postergada.
"Precisamos de mais estudos"
Eis a frase típica das conclusões de um artigo acadêmico. Faz sentido? Vamos para o Ciência Picareta, livro de Ben Goldacre:
um fato pouco conhecido é que essa frase ["há necessidade de mais pesquisas"] foi banida do British Medical Journal por muitos anos, pois não acrescenta nada; você pode dizer qual pesquisa falta ser feita, com quem, como, medindo o que e por que você deseja fazê-la, mas a afirmação superficial e aberta da necessidade de mais pesquisas é inútil e sem significado.
Foto: Janko Ferlič