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12 julho 2022

Nome e sucesso


Eis um trecho do El Blog Salmon:

Sí, así lo han probado en una investigación en Estados Unidos, la cual señala que si tienes un nombre difícil de pronunciar lo vas a tener más difícil para acceder a este mundo. Vamos, que el profesor Garaikoetxea (por poner un ejemplo, no se me ofendan); lo tendría complicado para ser doctor en economía.

Los candidatos con nombres difíciles de pronunciar tienen menos opciones a estos puestos. Es un hecho. Y parece que no solo sucede con académicos, como indica este estudio, también para puestos de un rango más bajo. Vaya, que los apellidos poco comunes lo van a tener algo complicado.

Y, ¿por qué pasa esto? Pues no está muy claro cuál es el principal motivo para esta discriminación, pero los autores del estudio, que han analizado 1.500 candidaturas entre los años 2016-2018, intentan dar algunas claves.

As explicações não são razoáveis. Neste momento, relendo Todo Mundo Mente, de Seth Stephens-Davidowitz, no capítulo 1, o autor comenta que nomes estranhos estão associados a classe mais baixa. Assim, o efeito do nome talvez seja, nada mais nada menos, que o efeito da classe social.

Rir é o melhor remédio

 

Teoria e prática

11 julho 2022

Aposta no Bitcoin de El Salvador

Com o desabamento do preço das criptomoedas, algumas pessoas perderam muito dinheiro. Mas um país sentiu bastante a movimentação do mercado: El Salvador. O país tinha adotado a criptomoeda, uma atitude considerada inovadora. Uma reportagem do New York Times descreve a situação:


As reservas do governo em bitcoin perderam aproximadamente 60% de seu valor presumido durante a recente queda no mercado. O uso de bitcoin entre os salvadorenhos despencou, e o país está ficando sem dinheiro vivo, depois de Bukele fracassar em captar novos fundos com investidores do ramo de criptomoedas.

No ano passado, o governo de Bukele alocou o equivalente a 15% de seu orçamento anual de investimento na tentativa de incorporar o bitcoin à economia nacional.

O governo ofereceu US$ 30, cerca de 1% do que um trabalhador salvadorenho médio ganha em um ano, para todos os cidadãos que baixassem um aplicativo de pagamentos com criptomoedas apoiado pelo governo chamado Chivo Wallet; chivo significa “legal” na gíria local.

Bukele afirma que aproximadamente 3 milhões de salvadorenhos, ou 60% da população adulta, atenderam ao seu chamado.

Ainda assim, após um impulso inicial, o uso da criptomoeda despencou.

Somente 10% dos usuários do Chivo continuaram a fazer transações com bitcoin no aplicativo depois de gastar os US$ 30 que lhes correspondiam, de acordo com um estudo realizado por três economistas com base nos Estados Unidos em fevereiro, publicado pela ONG National Bureau of Economic Research. Quase nenhum usuário novo baixou o aplicativo este ano, constataram os pesquisadores.

“O governo deu a esse projeto tanto estímulo quanto pôde — e mesmo assim fracassou”, afirmou Fernando Alvarez, economista da Universidade de Chicago e um dos autores do estudo.

Uma outra sondagem, da Câmara do Comércio de El Salvador, realizada em março, constatou que apenas 14% das empresas do país fizeram transações em bitcoin desde que a criptomoeda foi introduzida no país, em setembro, e apenas 3% afirmaram perceber algum valor comercial nela.

Os salvadorenhos radicados nos EUA também ignoraram o chamado de Bukele para que usassem bitcoin no envio de dinheiro para seus parentes no país centro-americano. Aplicativos de pagamentos digitais, como o Chivo, foram responsáveis por menos de 2% desses envios nos primeiros cinco meses de 2022, de acordo com o Banco Central de El Salvador.(...)

Clima e evidenciação


Em um artigo para o The Conversation, a professora Lily Hsueh discute se o projeto da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, para a questão do clima tem chance de sucesso. O ponto questionado por Hsueh é se evidenciação realmente influencia o comportamento das empresas. E esta tem sido a chave dos reguladores neste momento. 

De certa forma, é novamente a ideia de que somente podemos gerenciar o que é mensurado. A posição da professora é que somente isto não é suficiente para resolver o problema. E que as empresas podem atrapalhar, com a manipulação de informações, conhecida como lavagem verde. Para ela, a SEC tem uma oportunidade de reagir aos problemas que já foram detectados. 

Algumas pesquisas (por exemplo aqui) já mostraram que a divulgação pode ajudar na redução da emissão. Usando dados do Carbon Disclosure Project, Hsueh observou cerca de seiscentas empresas com ações na bolsa, entre 2011 e 2016. Ela encontrou que as emissões de carbono por funcionários diminuiu para as empresas de divulgam as informações. Mas os dados são mais sutis, pois o comportamento não foi igualitário. As empresas sem um pressão regulatória, como os setores financeiros, de saúde e voltados para o cliente, não tiveram o mesmo comportamento. Isto tem sido também confirmado em outros estudos, com setores específicos. Além disto, informar não significa praticar. Uma empresa citada pela pesquisadora que exemplifica isto é a WalMart, que vendia produtos descritos como feitos de bambu e ecologicamente corretos, na verdade eram feitos de rayon, que usa produtos químicos tóxicos. 

Para impedir os problemas, seria necessário diretrizes claras sobre o significado de "iniciativa de baixo carbono", a comparação de metas com as emissões históricas, todas auditadas, e a definição clara das métricas, para uma comparação entre as empresas. 

Quatro gráficos

 

Desde a pandemia, os escritórios ficaram vazios. E ainda estão, segundo dado de ocupação. 

A pandemia fez despencar o número de horas trabalhadas. No início. Hoje o valor agregado cresceu substancialmente.

Estamos em um mês onde 99% da população do mundo terá, em uma determinada hora, a luz do sol. O gráfico abaixo é a representação do dia 8, as 11 horas UTC
Para finalizar, da Nature. A principal causa da emissão é o transporte de alimentos. A carne, além de emitir na produção (lado direito), mas vegetais e frutas são os maiores responsáveis pela emissão por distância. 



Grande demais para auditar

 A confusão entre empresa de auditoria e os negócios de consultoria é uma fonte permanente de dor de cabeça para os reguladores. Em "Grande Demais para Auditar", o Dealbook, uma coluna do New York Times, trata do assunto, especialmente o caso da Perrigo.

A Perrigo é uma empresa de produtos farmacêuticos, fundada no final do século XIX, com receita de US$3,5 bilhões.

A questão envolve a empresa EY, que elaborou um "planejamento tributário" para a Perrigo, em 2008. Na época, a EY era a consultoria tributária e a empresa que fazia a auditoria era a BDO. Os auditores da BDO questionaram o esquema, que possibilitava uma economia de milhões em tributos (O texto fala em 100 milhões, sem especificar se são valores anuais, mas tudo leva a crer que são os valores ao longo do tempo). Quando a auditoria da BDO questionou o esquema, foram substituídos por outros auditores, da própria EY. A nova equipe de auditoria não encontrou nenhuma razão para questionar o planejamento tributário.

Agora a entidade que trata de tributos, a Secretaria da Receita Federal dos Estados Unidos, está questionando a manobra, cobrando os impostos atrasados e as multas. A EY possui receita anual de 40 bilhões, sendo a terceira maior empresa de contabilidade do mundo e emprega mais funcionários que a Apple, Exxon e Pfizer, somadas.

Conflito de interesse entre auditoria e consultoria, dentro da mesma empresa, não é algo novo. Mas a questão é mais combatida conforme o governo. Recentemente, o problema tem sido considerado neste momento nos Estados Unidos, a tal ponto que algumas empresas estão pensando em separar o braço de auditoria da área de consultoria.


Como era o esquema elaborado pela EY para Perrigo? A empresa, sediada nos Estados Unidos, evitou a carga tributária do país, criando uma subsidiária em Israel, sem funcionários e sequer escritórios, para comprar os medicamentos de um fabricante. Logo a seguir, o medicamento era vendido para a Perrigo dos EUA, com lucro, que deveria ser tributado em Israel. Mas no país asiático, o lucro, neste tipo de operação, não é tributado.

Leia mais aqui

08 julho 2022

iPhone e a produção mundial

 

O novo iPhone 13 Pro da Apple é um feito notável da cooperação internacional. Com sua bateria desenvolvida pela empresa chinesa Sunwoda Electronic, a tela da Samsung e LG da Coréia do Sul e a caixa de vidro da Corning dos EUA, o iPhone une o trabalho de empresas de todo o mundo. Em uma análise mais aprofundada, você descobrirá que os microchips são projetados por fabricantes terceirizados, a memória flash é desenvolvida pela Kioxa do Japão e a interface é da NXP Semiconductors na Holanda.

O iPhone é a vaca leiteira da Apple, com cerca de metade do faturamento da empresa sendo trazido pelo produto de assinatura. Mas, assim como qualquer outro gigante da tecnologia, para permanecer competitivo a Apple está constantemente à procura de maneiras de diversificar. Em 2021, a divisão de entretenimento da empresa, iTunes e Apple TV, representou uma participação de 19% nas vendas. Seus alto-falantes e fones inteligentes - como o Apple Watch - também tiveram crescimento nos últimos anos. Enquanto isso, as ações trazidas por seus Macs e iPads permaneceram relativamente consistentes, em torno de 10%.

Fonte: aqui