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29 junho 2022

Artur Avila , o gênio brasileiro

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A conquista de uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês), em 1995, chamou a atenção dos pesquisadores do IMPA, que convidaram o então estudante a cursar algumas disciplinas de mestrado, como a aula de introdução à topologia de Elon Lages Lima, ex-diretor e pesquisador emérito do instituto. Apesar de discreto, o desempenho do aluno nas aulas mostrou que ele poderia ir além. Em 1996, Artur conciliou o último ano do ensino médio com o mestrado no IMPA, antes mesmo de iniciar a graduação na área.

Apesar de muito jovem, conta que não se sentiu intimidado de circular no ambiente que reunia grandes cânones da pesquisa matemática brasileira. “Já tinha contato com muitos professores que eram ligados à olimpíada, como o Gugu (Carlos Gustavo Moreira). Conversava muito com o Elon, que tinha uma preocupação enorme com a transmissão e educação matemática. Ele tinha muita paciência comigo e me chamava para conversar por bastante tempo, estabelecendo um contato individualizado que aproveitei bastante neste momento.”

A partir dali, o carioca viveu uma trajetória-relâmpago nos estudos. Em 2001, aos 21 anos, terminou o doutorado, também no IMPA, e, de quebra, a graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante o doutorado na área de sistemas dinâmicos, orientado por Wellington de Melo, colaborou com autores como Mikhail Lyubich, vencedor do Prêmio Jeffery–Williams de 2010, e o francês Jean-Christophe Yoccoz (1957-2016), medalha Fields e pesquisador honorário do IMPA.

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O ápice deste reconhecimento veio com a conquista da medalha Fields, entregue a Artur durante o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM, na sigla em inglês) de 2014, em Seul, na Coreia do Sul. Mais prestigiosa distinção da área, a medalha é comparada ao “Nobel da matemática”, e concedida de quatro em quatro anos para matemáticos de até 40 anos que contribuíram significativamente para o avanço da disciplina. Ele foi o primeiro (e ainda único) latino-americano a receber o prêmio. Uma vitória também do IMPA, já que nenhum outro ganhador recebeu seu doutorado numa instituição do Hemisfério Sul.







Fonte: aqui


Tutoria

À medida que envelheci, fiquei cada vez mais convencido de que a atitude necessária para o aprendizado não é confiança, mas humildade. Paramos de aprender não porque não acreditamos que possamos aprender, mas porque achamos que já sabemos o que é melhor. 

Scott Young discute as vantagens da tutoria e saiu com esta frase. Um dos pontos apresentados é que pessoas que se destacaram no seu campo geralmente fizeram uso da tutoria (xadrez, matemática, música etc). As pesquisas mostraram que a tutoria é a melhor forma de aprender algo. Na figura abaixo, o problema da educação de Bloom, indicando que o desempenho médio com tutoria é bem superior aos outros métodos.

Um ponto interessante é como as pessoas deixam passar a oportunidade de usar a tutoria. Quando estamos estudando na graduação, muitos cursos colocam o monitor em diversas disciplinas. Mas esta figura é subaproveitada. O Trabalho de Conclusão de Curso é uma forma de tutoria, também subaproveitada: alguns alunos consideram muito mais uma obrigação para sua formatura e professores deixam de usar a tutoria para ensinar a produzir e defender argumentos. 

Fasb decide sobre o Goodwill e talvez não seja uma decisão

Depois de anos estudando o que fazer com o Goodwill, a entidade do terceiro setor que emite normas contábeis que são usadas pelas empresas dos Estados Unidos, decidiu parar de discutir o assunto. O Fasb optou, em meados deste mês e de forma consensual, parar o projeto. Isto não é algo comum - interromper anos de estudos sobre um determinado assunto. 

A entidade estava estudando a amortização do ágio, algo que foi abandonado há anos pelo Fasb. Entretanto esta medida não tinha a simpatia de executivos financeiros. 

Uma discussão sobre o assunto e o caso de Buffett com a Kraft pode ser encontrada aqui

Rir é o melhor remédio

 

Música e direção com os vidros abertos

Rir é o melhor remédio

 

Propaganda de uma funerária

28 junho 2022

EY é multada em US$100 milhões por trapaça em exame de ética

A notícia do dia na contabilidade: a empresa de auditoria Ernst & Young – que gosta de ser chamada de EY – irá pagar cem milhões de dólares para encerrar as acusações da SEC sobre a trapaça cometida por seus auditores na obtenção do CPA.


Quando uma empresa resolve pagar uma multa para encerrar um processo, usualmente reconhece as acusações. No caso da EY, é a maior multa contra uma empresa de auditoria. Além da multa, a EY afirmou que irá adotar medidas para corrigir os problemas éticos.

A SEC descobriu que empregados da EY obtiveram ou distribuíram gabaritos para os exames do CPA, além de trapacear no quesito de educação profissional. O irônico é que a trapaça ocorreu no tema “ética”. A SEC chamou a atenção de que profissionais responsáveis por detectar fraudes de clientes trapacearam em exames de ética. Além disto, a própria EY parece ter dificultado as investigações da SEC. Em uma resposta à SEC, a EY não informou sobre uma denúncia interna da trapaça, mesmo após uma investigação interna da auditoria ter comprovado a trapaça e discutido o assunto com a gestão superior da empresa.

Esta não é a primeira empresa multada por questões éticas. Em 2019 a KPMG foi multada em 50 milhões pelo mesmo motivo de trapacear nos exames. Em comunicado, a EY disse que “nada [na empresa] é mais importante que nossa integridade e nossa ética."

Leia mais aqui e aqui