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04 abril 2022

Aviões arrendados pela Rússia

Uma consequência da guerra comandada por Putin pode ser “o maior roubo de aeronaves da história”. O site Jalopnik trouxeram a notícia que autoridades russas aprovaram um lei que permite que aviões que foram arrendados por empresas aéreas russas sejam transferidas para seu patrimônio. Apesar das leis internacionais relacionadas com o arrendamento de aeronaves arrendadas indicar que o contrato deve ser respeitado, as empresas russas, que alugam a maioria dos aviões deveriam respeitar as sanções pela invasão da Ucrânia.

Seriam mais de 400 aviões e o governo de Putin deixou claro que irá reter os equipamentos. Segundo o site, seria “um furto em massa de proporções históricas”. Alguns dos aviões estavam no exterior e não voltaram para Rússia, escapando da apropriação. O site estima um valor de 10 bilhões de dólares.

Como os aviões possuem um rígido controle, o que inclui os estoques de peças sobressalentes rastreáveis e originais, e a Rússia não terá acesso a este fornecimento, provavelmente haverá um sucateamento da frota e, quem sabe, um produção de peças não originais para manter os equipamentos voando.

Algumas empresas russas chegaram a sinalizar a possibilidade de devolução, mas provavelmente o governo russo não irá aceitar. As empresas que arrendaram as aeronaves provavelmente terão um grande prejuízo, reconhecendo a perda do equipamento, enquanto buscam, nos tribunais, uma reparação do governo russo ou dinheiro de seguro.

(Isto pode ser uma questão interessante para discutir em sala de aula, colocar em uma prova ou conversar com amigos contadores, não?)

ISSB trabalhando


Ao contrário do que esperava, o ISSB não esperou sua composição estar definida para começar a trabalhar. Na semana passada, a entidade criada recentemente publicou o primeiro "conjunto de diretrizes globais". O International Sustainability Standards Board (ISSB) foi constituído em novembro, como um braço da Fundação IFRS. Em janeiro e fevereiro foram anunciados os nomes para comandar a entidade, mas as pessoas que irão produzir os documentos seriam selecionadas até meados do ano.

Mas parece existir uma urgência neste assunto. A SEC já divulgou alguma coisa há algumas semanas. O EFRAG tem divulgado um grande conjunto de documentos. O CEO do ISSB considera que a divulgação atende a um alinhamento entre diferentes interessados:

“Raramente governos, formuladores de políticas e o setor privado se alinham atrás de uma causa comum. No entanto, todos concordam com a importância de informações de sustentabilidade comparáveis globalmente e de alta qualidade para o mercado de capitais ”, disse Emmanuel Faber, CEO da ISSB, em comunicado preparado. “Essas propostas definem quais informações divulgar, onde e como divulgá-las."

São duas minutas. A primeira, estabelece os requisitos gerais de divulgação. O segundo detalha "requisitos específicos de divulgação relacionados ao clima e é dividido no escopo 1 (emissões diretas de dióxido de carbono de uma empresa em toneladas), no escopo 2 (emissões indiretas da energia que comprou) e no escopo 3 (todas as outras emissões indiretas, como de fornecedores)".

Haverá um prazo para comentários do público, até 29 de julho. A partir daí, o ISSB emitirá um documento final. O IOSCO, a entidade que reune as Comissões de Valores Mobiliários, reagiu de forma favorável. Isto pode significar que a norma tem potencial para ser adotada no Brasil.

O curto prazo de tempo entre a constituição do ISSB e a divulgação do documento tem uma explicação: os rascunhos se baseiam na " Financial Stability Board’s Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD) e incorporam requisitos de divulgação baseados no setor derivados de padrões desenvolvidos pela Sustainability Accounting Standards Board". No site do CFC há a informação que a norma deve ser emitida até o final do ano.

No site da Deloitte há um bom resumo dos documentos.

Rir é o melhor remédio

 

Bom trabalho é punido com mais trabalho. A lógica das comissões. 

Melhores MBAs do mundo

 De acordo com US news estes são os melhores programas de MBA do mundo em 2022:


1- University of Chicago (Booth)

Custo anual (tuition): 75 mil dólares


2- University of Pennsylvania (Wharton)

Custo anual: 76 mil dólares


3- Northwestern University (Kellogg)

Custo anual: 76 mil dólares


4- Stanford University

Custo anual: 75 mil dólares


5- Harvard University

Custo anual: 73 mil dólares


6- Massachusetts Institute of Technology (Sloan)

Custo anual: 79 mil dólares


7 - Yale University

Custo Anual : 75 mil dólares


8 - Columbia University

Custo Anual : 77 mil dólares


9- University of California--Berkeley (Haas)

Custo Anual : 65 mil dólares


10- University of Michigan--Ann Arbor (Ross)

Custo Anual : 67 mil dólares




Compensação de despesa e a demissão no Deutsche Bank

 

Eis uma história interessante. Executivos seniores do Deutsche Bank foram demitidos por tentar ter um desembolso de US$1 mil durante uma viagem que fizeram à Nova Iorque. Em alguns bancos, a política para situações como esta é realmente "tolerância zero". Assume que se um empregado é capaz de buscar um desembolso falso ou inadequado, ele também será capaz de cometer outras infrações.

Para os funcionários do Deutsche Bank, a demissão representou uma perda estimada de 6 milhões de compensações diferidas. Ao longo do tempo, os funcionários de um banco recebem bônus pelo seu desempenho. O bônus não é pago imediato, mas postergado para prender o empregado à instituição. Mas caso o funcionário cometa algum deslize e seja demitido, o banco não paga o valor devido.

(Isto tem um aspecto contábil interessante. Quando da compensação obtida, tem-se um passivo. Mas caso exista algum problema, como foi o caso dos funcionários, a obrigação futura deixa de existir. Imagina-se que a chance do problema seja reduzida, assim o passivo inicialmente deve ser reconhecido, até como uma forma de prudência contábil. Há algumas discussões interessantes aqui).

A situação fica mais apimentada quando se descobre que o recibo de mil dólares, que provocou a perda de 6 milhões para os ex-funcionários, é que o mesmo é de um estabelecimento chamado Sapphire New York, um clube de strip da cidade. Mas como o clube opera um restaurante, talvez se possível imaginar que os ex-funcionários estivessem ali para almoçar. Só que o restaurante opera o estilo "sushi corporal", onde os clientes podem comer peixe cru a partir do corpo de uma stripper. O caso só foi adiante quando um funcionário subalterno, que acompanhava os três funcionários superiores, confessou que a despesa ocorreu no clube de stip, não no restaurante. O subalterno não foi demitido, por enquanto.

Segundo o banco, "o Deutsche Bank investiga minuciosamente as alegações de possível má conduta de maneira abrangente e sem viés. Não toleramos violações de nosso Código de Conduta ou Política da Empresa e tomamos medidas corretivas conforme apropriado, com base na gravidade das circunstâncias. O Banco se recusa a comentar mais sobre as circunstâncias desse assunto em particular."

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