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31 março 2022

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30 março 2022

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Manipulação dos dados do Covid no mundo - 2

Ainda sobre a manipulação dos dados do Covid no mundo, um ponto interessante comentando por David Wallace-Wells:

Se você ajustar a idade (...) as diferenças [na fatalidade] entre os continentes se tornam mais dramáticas - sugerindo uma reversão dos resultados, em vez de uma convergência. 

O que isto significa? O excesso de mortes da Europa e Estados Unidos não são tão elevados quanto em outros países quando há uma ajuste pela idade. Com este ajuste:

o maior país atingido do mundo não foi os Estados Unidos, que ocupa a 47a. posição em excesso de mortalidade per capita, ou Grã-Bretanha, que ocupa a 85a posição ou mesmo a Índia, que ocupa a 36a. posição. É a Rússia, que perdeu, segundo estimativas do The Economist, entre 1,2 milhão e 1,3 milhão de pessoas, uma taxa de mortalidade duas vezes maior que os Estados Unidos.

Na verdade, a região mais atingida do mundo foram os países do antigo Pacto de Varsóvia: Bulgária, Sérvia, Macedônia do Norte, Rússia, Lituânia, Bosnia, Belarus, Georgia, România e Sudão. Peru estaria na 11a. posição. Os dados pode ser acessados no OurWorldData:

(Como a escala está padronizada, fatalidade por 100 mil habitantes, o valor da Bulgária é realmente maior que o excesso de fatalidade ocorrida no Brasil)

Manipulação dos dados do Covid no mundo

Eis que a pandemia lançou um desafio para os pesquisadores: como medir o efeito da pandemia na população mundial? O desafio era grande já que as estatísticas governamentais em alguns lugares não eram adequadas. O número de pessoas que contraíram a doença poderia ser mascarado pela não notificação dos casos; o número de fatalidades dependia do sistema de comunicação entre o hospital e os órgãos governamentais; e a assim por diante.

Para se ter um grande panorama do efeito da pandemia, os pesquisadores usaram uma medida: o excesso de mortalidade. Apesar de ser uma estimativa, o valor é muito mais confiável que as medidas tradicionais. O cálculo é feito observando quantas pessoas falecem em um país em um ano típico. Este número é confrontado com o número de pessoas que faleceram a partir de 2020. A diferença é o excesso de mortalidade e assume que isto ocorreu por conta da pandemia. Uma simples conta de diferença e temos uma boa noção do efeito pandêmico. 

Um artigo publicado no The Lancet em março de 2022 estimou este valor em 18,2 milhões. O texto calculou valores para 191 países. Os pesquisadores também calcularam em algumas subdivisões, como os estados do Brasil. Eis o mapa da pesquisa:

Quanto mais escuro, maior o excesso de mortalidade pela população. A pandemia foi rigorosa em alguns estados do Centro-Oeste, Amazonas, Maranhão, Ceará e São Paulo. O mapa do mundo fornece as seguintes informações:

A pandemia parece que foi rigorosa com a América Latina, os Estados Unidos, alguns países da Europa e o sul da África. Mas poupou parte da Ásia e Oceania. 

É obvio que este excesso de mortalidade é algo "incerto". Assim, o relato da Lancet apresenta um intervalo dos dados. Veja o caso dos estados do Brasil:
A primeira coluna é o número de mortes reportados. A segunda é a taxa de mortalidade. O Brasil tinha 619 mil mortes reportadas, com uma taxa de 146 por cem mil habitantes. A terceira coluna é a estimativa do excesso de mortalidade, com os intervalos superiores e inferiores. No Brasil, 173 mil pessoas morreram de Covid e não estão nas estatísticas oficiais. Este número é da diferença entre o excesso de mortalidade, 792 mil menos 619 mil. Mas pode chegar a 847 mil o número de fatalidade. 

No mundo, o número de fatalidade reportado foi de 5,9 milhões. Mas o cálculo do artigo é de 18,2 milhões. Uma boa parte desta diferença está em países como a Índia, que oficialmente divulgou 490 mil mortes, mas a estimativa foi de 4 milhões de pessoas. 

O gráfico a seguir mostra os países onde a manipulação dos dados foi maior:
Os valores em vermelho são os locais com maior manipulação dos dados: Venezuela, parte da África, China. (Sejamos justos, nem sempre a notificação a menor deve-se a uma manipulação; falhas no processo de coleta dos dados e desconhecimento médico podem contribuir para a diferença)

Mas a metodologia do artigo da The Lancet foi criticado (aqui, por exemplo). O The Economist e o OurWorldData divulgam esta informação, sendo que a revista britânica estima em 20 milhões o excesso de mortos.


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