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22 março 2022

Amor, saúde, felicidade e finanças


Em um extrato do livro Why We Love algo bem inspirador. Sobre um estudo realizado por Julianne Holt-Lunstad e seus colegas em 2010

Julianne coletou os dados de 148 estudos que haviam explorado as taxas de mortalidade após doenças cronicas - câncer, doença cardiovascular e insuficiência renal sendo as mais proeminentes - e os aspectos da rede social de uma pessoa. (...) ela concluiu que estar dentro de uma rede social de apoio reduziu o risco de mortalidade em 50%. Isto coloca em igualdade com a interrupção do fumo e manter uma medida saudável de IMC. 

Assim, ter relações sociais de boa qualidade - que é denominado de capital social por Anna Machin, autora do livro, pode ser muito importante para saúde, felicidade e satisfação com a vida. Ter amigos, e isto inclui familiares, pode ser importante e fazer bem para a vida de uma pessoa. Mas como afeta as finanças? Melhor saúde significa melhor qualidade de vida e menor gasto com esta saúde. Nas palavras de Machin:

os neuroquímicos liberados quando você interage com as pessoas que ama têm um papel direto no funcionamento do sistema imunológico

Mas e o amor do título? Citando Machin:

o amor é a força que nos motiva a superar as dificuldades do grupo que vive para cooperar em um nível incomparável em relação a qualquer outra espécie. 

De forma curta: amor é sobrevivência. 

No capítulo 3 do livro Humanidade Bregman traz um ponto interessante. A ciência descobriu que em quatro testes de inteligência - compreensão espacial, cálculo, causalidade e aprendizado social - o ser humano começando a andar teve o mesmo desempenho que os chimpanzés e orangotangos. Exceto em aprendizado social, onde o ser humano foi absurdamente superior. Talvez esta seja a explicação para o fato do Homo sapiens ter prevalecido sobre o Homo Neanderthalensis, especula Bregman. 

Credibilidade da ciência e meio de divulgação

Lembro que já orientei uma pesquisa de TCC próxima, sobre o assunto. A fonte da informação pode fazer diferença em termos de credibilidade

projetamos e implementamos duas pesquisas em que os entrevistados indicaram a credibilidade em encontrar informações científicas on-line. Enquanto a primeira pesquisa comparou credibilidade em vários tipos de mídia, incluindo o Twitter, a segunda pesquisa se concentrou mais de perto nos elementos dos Tweets que podem contribuir para uma maior credibilidade. Este estudo nos permitiu estudar como as informações são percebidas on-line, bem como como os pesquisadores podem moldar suas mensagens para se destacar do dilúvio de informações na web.

O poder dessas pistas formais não deve ser subestimado. Nosso trabalho descobriu como as informações científicas on-line podem parecer mais credíveis, alterando apenas onde e como são apresentadas. A mesma descoberta científica foi percebida como mais credível se estivesse alojada em um local on-line mais credível (Fig. 1 [acima]). As capturas de tela de artigos científicos foram consistentemente consideradas as mais credíveis pelos entrevistados, o que sugere que as descobertas científicas originais geralmente começam em uma posição credível. Outros tipos de mídia, como notícias e postagens de blog, também tendem a ser um pouco credíveis. No entanto, obter cobertura da mídia ou escrever uma postagem completa no blog pode estar além das restrições de alcance ou tempo de um acadêmico ocupado. O Twitter, por outro lado, é a plataforma com a menor barreira de entrada para pesquisadores, facilitando o compartilhamento de seu trabalho pelos pesquisadores. Porém, descobrimos que as informações no Twitter eram consistentemente vistas como menos credíveis do que as outras opções.

Com respeito ao Twitter, apresentar uma figura do artigo ou do resumo traz mais credibilidade. 

Links


 Grande mestre Sergei Karjakin é banido do xadrez por seis meses pelo apoio à guerra

A marmota que faz previsão do tempo é uma fraude - parece óbvio, mas há pessoas acreditam (vide filme Feitiço do Tempo)

Evolução da democracia ao longo do tempo, com mapa interativo

Finlândia, um país que a população é conhecida por ser séria, foi eleito, pela quinta vez seguida, o país mais feliz do mundo - aqui memes. Talvez o problema esteja na medida.

Rir é o melhor remédio

 

cientista, quando conta uma piada na conferência e quando conta em casa

21 março 2022

Publicação da América Latina em Economia

Using Fontana et al.’s (2019) database, we analyze levels and trends in the global distribution of authorship in economics journals, disaggregating by country/region, quality of journal, and fields of specialization. We document striking imbalances. While Western and Northern European authors have made substantial gains, the representation of authors based in low-income countries remains extremely low -- an order of magnitude lower than the weight of their countries or regions in the global economy. Developing country representation has risen fastest at journals rated 100th or lower, while it has barely increased in journals rated 25th or higher. Fields such as international or development where global diversification may have been expected have not experienced much increase in developing country authorship. These results are consistent with a general increase in the relative supply of research in the rest of the world. But they also indicate authors from developing countries remain excluded from the profession’s top-rated journals.

 

Publicação na área de economia (escuro) e riqueza (azul). América Latina publica menos que sua relevância em termos econômicos. 

Mais aqui

Futebol e Chelsea

Sobre a questão do clube de futebol Chelsea, de propriedade de um russo


Tudo isso que está acontecendo nos ensina uma coisa: O futebol europeu vive em uma dicotomia moral e econômica total isso pode custar caro. Oligarcas de países com uma democracia duvidosa (se não inexistente) são bem-vindos em troca de um punhado de milhões, prejudicando a imagem do esporte mais seguido do mundo.

Na Espanha, temos casos claros com o Catar e a Arábia Saudita patrocinar e dirigir a partir do envelope algumas das principais equipes. E o exemplo mais claro é a Copa do Mundo disputada este ano no Catar, que foi denunciado por uma infinidade de organizações de direitos humanos.

Mesmo que a UEFA se apresse em expulsar equipes russas das competições europeias, o futebol tem muito dinheiro por trás das mãos manchadas. E o pior não é Roman Abramovich.