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12 fevereiro 2022

Fraude e Inteligência Artificial


Um trecho do blog de Tracey Conen, sobre o uso de Inteligência Artificial (AI) no combate de fraude. 

Algumas das coisas que o software que usa a AI para detectar fraudes pode identificar como problemas incluem:

= > número incomumente alto de transações um pouco abaixo do nível de autorização para um supervisor

= > alto número de desembolsos físicos

= > transações que ocorrem com frequência com valores redondos

= > padrões incomuns para perdas ou ajustes

= > evidência de pagamento de faturas duplicadas

= > pagamentos parciais por parte de clientes

= > identificação de endereços suspeitos ao comparar dados de funcionários, clientes e fornecedores

= > faturamento de fornecedores além dos valores orçados devido à codificação inadequada de pagamento

= > preço do fornecedor aumenta a uma taxa que excede os valores semelhantes de outros fornecedores

=> alterar os padrões de compra (...)

Existem três vantagens principais no uso de software com IA:

A capacidade de examinar grandes conjuntos de dados em um curto período de tempo

A capacidade de monitorar transações em tempo real

O aprendizado de máquina significa que o software aprende a reconhecer padrões e atividades suspeitas para detectar melhor a fraude no futuro

Acrescento que a IA por si só não garante a inexistência de fraude. A possibilidade de usar a IA é real quando você tem uma grande massa de dados para o aprendizado; em muitas empresas, isto não é possível e o software só irá "aprender" depois que a fraude for uma realidade. 

Rir é o melhor remédio

quando você diz que quer comprar algo no telefone
 

11 fevereiro 2022

Finanças pessoais: tudo deve ser pago duas vezes

 


Em finanças pessoais é importante lembrar de um conceito importante para alguns produtos que compramos: devemos pagar duas vezes. Considere dois exemplos dados no site raptitude

O primeiro, você comprar o livro Moby Dick por dez reais em um sebo. Parece que este seria o único valor que gasto por você. Mas para que o livro tenha seu valor, você precisa ler. Este é o segundo preço: as várias horas dedicadas a leitura sobre a caça de uma baleia. E este tempo tem um custo. Assim, o livro Moby Dick possui dois preços pagos: do livro e do tempo consumido na leitura.

Pensar em um livro desse jeito torna mais real o efeito da compra de um livro. Geralmente quando compramos livros temos o hábito de pensar no potencial prazer da leitura, mas esquecemos que há um custo, sob a forma de deixar de assistir uma série no streaming, conversar com amigos, dormir ou trabalhar. Se ao tomarmos a decisão de compra do livro pensarmos realmente no seu segundo custo, talvez a ideia de comprar Moby Dick não seja tão razoável para alguns.

Há diversos outros exemplos, mas cito aqui a assinatura de um serviço de streaming. Você paga um valor mensal e este é o primeiro custo. Ao usar o serviço chegamos ao segundo custo: as horas que passamos na frente da televisão tem o seu preço.

O site Raptitude manda você pensar na sua casa e notar a presença de diversos produtos ou serviços que você pagou o primeiro preço, mas não o segundo: livros ainda não lidos, assinatura que você não usufrui, jogos não jogados, mensalidade da academia que você não vai, produtos ainda na caixa, entre outros.

Continuamos pagando o primeiros preço, criando uma dívida enorme referente ao segundo preço.

Links


Zuckerberg e Metaverso: é possível acreditar? - segundo o autor, não. Para ele, todo mundo que fala que metaverso é o futuro está embalando novamente coisas antigas e trazendo desinformação. 

Enciclopédia iconográfica restaurada do século XIX (ou aqui) (figura acima)

25 artistas mais bem pagos dos EUA

Arrependimento: vantagens para sua vida

Pirataria e Oscar (aqui uma planilha com dados de 19 anos)

Rir é o melhor remédio

 

Quando você fecha o balanço antes do prazo

10 fevereiro 2022

Resista à cultura de esclarecimentos


Sempre achei estranho uma entidade emitir uma norma e logo a seguir soltar um documento esclarecendo o que escreveu. Se isto estava ocorrendo a razão era simples: a norma não estava bem escrita. Os últimos anos isto tornou-se uma praga. Achei alguém que pensa da mesma forma:

A SEC e o FASB passam muito tempo "esclarecendo" seus padrões anteriores. Esses esclarecimentos geralmente são procurados por empresas com grandes orçamentos de conformidade. Os esclarecimentos acabam criando uma cultura de atendimento a esses "clientes". É melhor que auditores e executivos exerçam julgamento profissional para aplicar os padrões ao seu conjunto único de circunstâncias. 

Mais ainda:

regras complexas criam seus próprios incentivos perversos: privam o investidor não técnico e desinformado e criam uma porta giratória entre montadores ou reguladores e empresas de consultoria. 

Já postamos que normas são negócios, que há um problema na regulação contábil, entre outros pontos. O ISSB poderia aprender com os erros do passado e começar uma nova era na normatização contábil.