A Arábia Saudita retomou os planos de listar mais ações da Aramco, a petroleira mais valiosa do mundo, segundo pessoas familiarizadas com a estratégia. O governo quer vender até US$ 50 bilhões em papéis da empresa, o que representa cerca de 2,5% de participação na estatal.(...) A listagem de ações seria, de longe, a maior da história do mercado de capitais e poderia ser difícil de ser realizada. A empresa estabeleceu o recorde anterior de maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do mundo em 2019, quando levantou US$ 29,4 bilhões na Tadawul, ou bolsa de valores saudita.
(...) A listagem de 2019 foi uma versão reduzida das ambições originais da empresa, que planejava vender 5% da empresa por até US$ 100 bilhões, inclusive em uma grande bolsa internacional. Mas os investidores internacionais desconfiaram das questões de governança e do preço das ações, que avaliaram a empresa em US$ 1,7 trilhão. O IPO apenas doméstico acabou listando 1,5% da petroleira.
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Anteriormente, a Arábia Saudita teve problemas em lançar as ações no exterior por conta do preço do petróleo e da questão política - leia-se o assassinato de Jamal Khashoggi. Os planos originais incluíam uma grande bolsa internacional. Mas o governo teve que contentar com uma IPO doméstica, onde as compras de ações ocorreram por pressão do governo.
O momento político mudou: a pressão sobre o governo já não existe mais. Além disto, há sinais de uma crise energética em um futuro próximo; alguns dizem que esta crise é decorrência das questões ambientais. A crise da Rússia e Ucrânia pode ajudar.
Em termos de lucro, a Aramco é muito lucrativa; sua estrutura é relativamente enxuta e o custo de produção é muito baixo, o que faz com que o ponto de equilíbrio seja muito interessante.
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