Translate

05 fevereiro 2022

História da Contabilidade: Academia de Comércio do Piaui, em 1944


Em 1944, no jornal Gazeta, edição 1474 (e outras edições), a Academia do Comércio do Piauí publicava um Aviso para Matrícula, com os seguintes dizeres:

Os diretores da Academia de Comercio do Piauí (1), avisam aos interessados que, de hoje a 14 de março próximo estarão abertas neste estabelecimento as matriculas (2) para o CURSO COMERCIAL BASICO (Antigo Propedêutico), para o CURSO DE CONTADOR (3) (2a. e 3a. séries) e para os CURSOS TÉCNICOS DE ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE.

Para a matrícula nos dois últimos cursos deverá o candidato apresentar os seguintes documentos:

a) certificado de conclusão do antigo curso propedêutico; certificado de conclusão do curso ginasial, diploma do curso normal, ou, ainda, certificado de conclusão do 1o. ciclo do curso normal (inciso II do artigo 21 da nova lei organica do ensino comercial);

b) atestado de sanidade (4), de que conste não sofrer o candidato de moléstica infeto-contagiosa, inclusive do aparelho visual;

c) atestado de vacinação ou revacinação (5) recente. (...)

Algumas poucas observações:

(1) Academia de comércio - este termo tornou-se popular a partir da chegada da família Real. Correspondia a mesma academia aberta por Pombal em Portugal, que no Brasil foram abertas em várias cidades a partir de 1808. Sem dúvida, tornou-se parâmetro para o ensino comercial no país

(2) Vejam a divisão dos cursos. Recentemente publicamos um esclarecimento sobre a estrutura de curso existente no Brasil.

(3) A terminologia Contador não significa curso superior aqui, obviamente. 

(4) o termo "sanidade" não possui relação com doença mental

(5) o atestado de vacina era uma exigência. 

História da Contabilidade: venham verificar o que eu fiz


 Anúncio de 1941, na cidade de Vitória, Pernambuco. O Escritório de Contabilidade pede aos clientes para "virem verificar os seus trabalhos no fim de cada mês". O jornal é O Vitoriense.

Rir é o melhor remédio


 Fiscalização do imposto de renda

04 fevereiro 2022

Facebook e o fracasso da sua criptomoeda


Há alguns meses, o Facebook anunciou com grande alarde a criação de uma moeda. Em parceria com algumas empresas com nome na área financeira, como Paypal e Visa, a empresa que possui uma grande participação nas redes sociais, parecia ser uma ameaça para os bancos tradicionais e os próprios bancos centrais.

Se o surgimento da moeda foi notícia, quase não se fala do seu fracasso. Um artigo do The Washington Post , de autoria de Elizabeth Dwoskin e Gerrit De Vynck, deixa claro que os problemas da moeda estão relacionados com conflitos internos e questões regulatórias:

Diem foi efetivamente condenado desde o início, disseram pessoas familiarizadas com o tema. Foi anunciado em 2019, com grande alarde, sob o nome de Libra. Os governos estrangeiros, os membros do legislativo e reguladores expressaram medos sobre o projeto de imediato, dizendo que o Facebook não estava preparado para resolver as preocupações com lavaem de dinheiro, proteção ao consumidor e outros riscos financeiros em potencial.

É bom lembrar que meses antes a empresa tinha sido um grande fracasso em controlar a manipulação da rede durante as eleições e existiam denúncias de venda de informações dos usuários para a Cambrigde Analitys. Afinal, como confiar um tema tão sensível à uma empresa com tão baixa credibilidade? Agora temos o seguinte:

Dois anos depois, após uma mudança de nome para Diem e uma revisão do projeto, para que fosse atrelado ao dólar dos Estados Unidos, criando mais estabilidade, [o projeto] enfrentou uma resistência maior dos reguladores, que disseram que a empresa agia de maneira arrogante. 

Alguns chegam a dizer que a reputação e confiança condenaram o projeto desde o início. Diversos episódios fortaleceram esta análise, como o ataque ao Capitólio e monitoramento da rede em diversos países. 

Foto: Kate Winegeart

Sobrepeso e corrupção

The more overweight the government, the more corrupt the country, according to a new study of 15 post-Soviet states. The study’s author, Pavlo Blavatskyy of Montpellier Business School in France, used an algorithm to analyse photographs of almost 300 cabinet ministers and estimate their body-mass index (BMI), a measure of obesity.

O estudo já não é tão recente, mas a conclusão é inusitada. Via The Economist

O uso inexplicável de uma tecnologia


Como o uso da tecnologia pode ter uma razão inexplicável. Eis um caso: 

Em 2018, a equipe do Facebook tinha um quebra-cabeça nas mãos. Os usuários cambojanos representavam quase 50% de todo o tráfego global da função de voz do Messenger, mas ninguém na empresa sabia o porquê, de acordo com documentos divulgados pela denunciante Frances Haugen.

Um funcionário sugeriu a realização de uma pesquisa, de acordo com documentos internos visualizados por Resto do mundo Tinha a ver com baixos níveis de alfabetização. eles se perguntaram? Em 2020, um estudo do Facebook tentou perguntar aos usuários em países com alto uso de áudio, mas só conseguiu encontrar um único entrevistado do Camboja, mostraram os mesmos documentos. O mistério, ao que parecia, permaneceu sem solução.

Surpreendentemente, a resposta tem menos a ver com o Facebook e mais com a complexidade da linguagem Khmer, e com a maneira como os usuários se adaptam a uma tecnologia que nunca foi projetada com eles em mente.

No Camboja, todos, desde motoristas de tuk-tuk até Primeiro Ministro Hun Sen prefere enviar notas de voz em vez de mensagens. O estudo do Facebook revelou que não eram apenas os cambojanos que favorecem as mensagens de voz - embora em nenhum outro lugar fosse mais popular. No estudo, que incluiu 30 usuários da República Dominicana, Senegal, Benin, Costa do Marfim e o único cambojano, 87% dos entrevistados disseram que usavam ferramentas de voz para enviar notas em um idioma diferente daquele definido em seus aplicativos. Isso aconteceu no WhatsApp - a plataforma mais popular entre os entrevistados - junto com o Messenger e o Telegram.

No caso do Camboja, nunca houve uma maneira fácil de digitar Khmer. Enquanto Khmer Unicode foi padronizado bastante cedo, entre 2006 e 2008, o próprio teclado ficou para trás. Os desenvolvedores do primeiro teclado de computador Khmer tiveram que acomodar os 74 caracteres do idioma, o máximo de qualquer script do mundo.

Fonte: aqui

Links


 Emprego informal e seguro imperfeito no Brasil

Onde a criptomoeda é mais usada? (mapa acima)

Computação quântica tem futuro? - parece que não e isto pode estar retirando dinheiro de outras pesquisas

Financiando ciência via Vale do Silício