Recentemente o Youtube, do Google, que hospeda este blog, retirou dos vídeos a numeração da quantidade de "não gostei" ou "dislike". É possível instalar a função através de uma extensão, mas o usuário comum provavelmente não irá fazê-lo. Pode parecer pouca coisa, mas a internet lembro que a ausência desta informação pode ser um problema. Veja um meme:
26 janeiro 2022
Youtube retira o "não gostei"
25 janeiro 2022
Aula de Comércio de Lisboa
O artigo apresenta, de forma inédita, o discurso pronunciado em Lisboa em 21 de Agosto de 1776 por Alberto Jaquéri de Sales (1731-1791), professor da Aula do Comércio (AC), por ocasião da inauguração do quinto curso da AC. Nesse ano, a AC registou o maior número de alunos matriculados da história da instituição, 307 no total. A literatura contém diversas referências a este documento impresso em 1776, mas, por circunstâncias desconhecidas, o opúsculo parece não constar do acervo documental das principais bibliotecas portuguesas; e tampouco a localização do folheto é fornecida pela literatura de forma precisa, pelo menos tanto quanto é do nosso conhecimento. Desta forma, este estudo visamostrar à comunidade o documento que persiste mais ou menos desencontrado com a história da contabilidade portuguesa e que se localizou no Catálogo de Miscelâneas da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Aproveita-se também a oportunidade para dar conhecimento de uma fotografia da AC, datada de 1894 (que se crê inédita no âmbito do tema AC), a qual mostra o edifício em Lisboa onde a escola se instalou e funcionou de 1759 a 1768
Eis a fotografia:
Proporção, racionalidade e contabilidade
Em uma entrevista, o professor Paulo Quattrone lembra da origem da palavra proporção
A palavra racionalidade vem de proporção. Proporção, em latim, significa duas coisas. Uma é a razão, então a proporção. Para ser racional, você precisa ser equilibrado, precisa ser proporcionado. Dois é conta, porque conta dá a ideia de simetria e equilíbrio (...) Uma coisa interessante também é que nos primeiros tratados contábeis (...) para explicar àqueles que estão lendo esses tratados sobre o que era a contabilidade, um exemplo usado é a metáfora do espelho.
A entrevista é longa e há mais conteúdo lá, mas lembro que o nome do primeiro livro de contabilidade impresso chamava-se Summa de arithmetica, geometria, Proportioni et proportionalita.
24 janeiro 2022
Contabilidade para o mercado e para o fisco
A existência de duas regras contábeis, uma para o mercado e outra para o fisco, resultou em uma proposta de tributação baseado no resultado do mercado nos Estados Unidos. Alguns políticos e comentaristas perceberam que grandes empresas geram muito lucro, mas pagam pouco imposto. Assim, surgiu a proposta de um imposto mínimo sobre o lucro apurado para fins de divulgação para o mercado.
Surgiram alguns argumentos de que a apuração do resultado para o mercado, baseada nos princípios de contabilidade, o GAAP, seria politizada com a adoção do imposto sobre o resultado. O promarket apresentou alguns pontos favoráveis a tributação do resultado para o mercado. Segundo Ramanna, o autor do texto, as empresas hoje possuem fortes incentivos para exagerar nas receitas da contabilidade financeira, melhorando os resultados para os investidores e, com isto, aumentando o preço das ações. Também nos dias atuais, as empresas possuem incentivos para reduzir a receita para o fisco, para reduzir o imposto de renda.
Eis um trecho que achei interessante:
Quanto ao argumento da politização, a criação de regras do GAAP já é política devido às suas enormes implicações financeiras, mas às vezes tão pouco competitiva que os interesses especiais das empresas podem prevalecer sem muita luta. De fato, há quase trinta anos. acadêmicos têm alertado que as regras que definem a receita do GAAP estão sendo silenciosamente diluídas para serem menos "prudentes" (...). Diferentemente das regras de contabilidade tributária, que são marteladas ruidosamente nos corredores de um Congresso dividido, sob os holofotes da mídia e do escrutínio do IRS, as regras de contabilidade do GAAP dos EUA são feitas por uma organização privada, em um parque de escritórios gentil, no subúrbio arborizado de Connecticut.