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23 janeiro 2022

Rir é o melhor remédio

 Nem sempre é fácil encontrar piadas sobre contabilidade. É um assunto muito sério? Bom, eis uma piada do jornal Atualidades, de Santa Catarina, edição 6, de 1948:

21 janeiro 2022

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KPMG e os problemas na ilha


Uma criança não estudou para prova e tirou nota abaixo da média. Um quatro. Ao levar o boletim para seu pai, o menino mudou o quatro por um nove. Qual foi o delito mais grave: não ter estudado ou ter enganado seu pai? O leitor pode pensar neste caso quando falamos do grande problema com a KPMG no Reino Unido. A empresa de auditoria, uma das maiores do mundo, é o menino da situação acima: além de não ter estudado, tentou passar uma visão enganosa do seu desempenho.

No caso da KPMG o problema começou com suas falhas com a auditoria que a empresa fez na Carillion. O problema é que a Carillion fracassou e a KPMG não percebeu que foi enganada na sua tarefa de auditor. Mas ao ser questionada pelo Financial Reporting Council (FRC), a entidade que seria responsável por fiscalizar as auditorias no Reino Unido, a KPMG fez igual ao menino do boletim: trocou o quatro pelo nove. No caso da KPMG, a empresa de auditoria, e alguns dos partners – os mais importantes funcionários de uma empresa como a KPMG – falsificou documentos para tentar amenizar suas falhas. Este é o termo usado na acusação contra a KPMG: falsificação de documentos para enganar o regulador. Isto foi reconhecido pela própria KPMG, que nas palavras do atual responsável pela empresa, Jon Holt, ocorreu má conduta. Dentro de um papel típico desta situação, Holt disse que arrependido.

Os auditores da KPMG (Peter Meehan, Alistair Wright, Richard William Kitchen, Adam Bennett, Patrik Paw e Stuart Smith) são acusados na trama. A FRC abriu uma investigação em novembro de 2018 e sem entrar no mérito da falência da Carillion, a entidade informou que os auditores elaboraram documentos forjados e assinados como se tivessem sido criados antes da conclusão da auditoria. Isto incluiu planilhas e atas, documentos criados para indicar a existência de reuniões que não ocorreram.

O problema da KPMG não está restrito a Carillion. Acredita-se que haverá grandes punições para o trabalho da auditoria e isto pode ser anunciado até o final do mês. Além da Carillion, a KPMG também está sofrendo com seu trabalho na Regenersis, em 2014. De qualquer forma, um dos auditores citados anteriormente, Stuart Smith, já fez um acordo com a FRC e admitiu que agiu de maneira inadequada. Por este motivo, foi excluído do ICAEW – uma entidade de profissionais – por três anos e irá pagar 150 mil libras de multa. Não é um valor substancial para uma pessoa na posição de Smith, mas não deixa de ser uma punição.

Além da Regenersis e da Carillion, a FRC também está analisando o caso da Conviviality, no exercício de 2017. E já multou a KPMG (3 milhões de libras) e a partner (Nicola Quayle, 110 mil libras) por conta das falhas.

Um azar da FRC é que esta entidade foi duramente questionada nos últimos meses no Reino Unido, tendo sido ameaça de extinção. A KPMG falhou, mas o sistema de regulação também precisa de melhorias.

Organização Trump e avaliação de ativos


A procuradora de Nova Iorque, Letitia James, acusa a Organização Trump de fazer uma avaliação inadequada de seus ativos para fins de empréstimos, seguros e incentivos fiscais. É mais um capítulo da discussão sobre as finanças do ex-presidente de Donald Trump, que impediu a evidenciação do seu imposto de renda - uma tradição dos presidentes dos Estados Unidos. E certamente um capítulo de um livro longo, que ainda irá render novas emoções.

Trump nega a irregularidade e afirma que a investigação é política, já que James é democrata. James quer interrogar Trump. A novidade agora é que há detalhes da questão. A BBC detalhou algumas situações:

Por exemplo, sua grande propriedade no condado de Westchester, ao norte de Manhattan, foi avaliada pela Organização Trump em US $ 291 milhões em 2012 (189 milhões de libras na época), no entanto, uma avaliação em 2016 a avaliou muito mais baixo, com apenas US $ 56 milhões, segundo o processo judicial.

O procurador-geral também alega que a luxuosa cobertura de três andares de Trump na Trump Tower de Nova York foi avaliada com base em um tamanho de 2.800 pés quadrados (30.000 pés quadrados), mas na verdade é de 10.996 pés quadrados.

O processo judicial alega que pelo menos duas declarações falsas foram feitas ao Internal Revenue Service (IRS) - o principal órgão tributário dos EUA - que "substancialmente superestimaram" o valor de duas propriedades para obter uma redução de impostos.

Além de Donald Trump, o processo também atinge o filho mais velho, Trump Jr, a filha Ivanka e Eric Trump. No meio do ano passado, a Organização Trump e Allen Weisselberg, responsável pelas finanças, foram acusados de redução ilegal de impostos.

Links


Sachs, o economista, que recebe milhões para pesquisar felicidade - texto da intercept mostrando a relação de Sachs com regimes totalitários e sua resistência a danos à reputação. (Inclui uma crítica ao Butão e o índice de felicidade do país asiático)

A questão da expulsão de Djokovic da Austrália - uma investigação do Der Spiegel que lembra uma investigação de fraude



Saint-Gobain e a redução da pegada de carbono: o papel do Brasil - o texto não é crítico, mas não deixa de ser interessante como uma grande empresa pode tomar decisões usando a questão ambiental