A empresária Elizabeth Holmes
foi considerada culpada por enganar investidores. Este foi o veredito de um júri composto por oito homens e quatro mulheres que depois de mais de 50 horas de deliberação absolveu Holmes de enganar pacientes, mas não conseguiu chegar a uma decisão para a acusação relacionada com fraude eletrônica do investidor.
Outro juri deverá ser convocado exclusivamente para analisar este último ponto por parte do juiz Edward Davila. Após a decisão, também deverá ser anunciada a sentença, que pode ir de prisão a uma elevada multa ou ambos.
Foram 15 semanas de julgamento de um caso que atraiu a atenção por envolver uma empresária jovem e que durante um tempo foi um exemplo para os empreendedores. Holmes prometia revolucionar o mercado de exames clínicos, com uma tecnologia que seria superior a atual. Entretanto, a empresa Theranos, de Holmes, não conseguiu entregar o que prometia, usando as máquinas tradicionais de exames.
Holmes aproveitou para constituir um conselho composto de figuras notáveis e obteve apoio financeiro de diversos investidores, que acreditaram nas promessas da Theranos. Ao mesmo tempo que imitava algumas manias de Jobs, vestindo roupas escuras, seu comportamento era admirado por muitos. Holmes, por exemplo, evitava piscar os olhos. Isto atraiu quase 1 bilhão de investimento de pessoas como Rupert Murdoch, Larry Ellison, a família Walton, entre outros. A empresa chegou a ser avaliada em 9 bilhões e Holmes foi capa de revistas.
Uma investigação do Wall Street Journal, em 2015, mostrou que a empresa tinha problemas com sua tecnologia. Holmes não conseguiu responder adequadamente a reportagem e três anos depois a SEC acusou de fraude. Durante o julgamento, Holmes adotou a estratégia de afirmar que era manipulada por um ex-executivo.
É importante destacar que Holmes foi absolvida de enganar pacientes