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04 janeiro 2022

Elizabeth Holmes é condenada por enganar investidores, mas não pacientes

A empresária Elizabeth Holmes foi considerada culpada por enganar investidores. Este foi o veredito de um júri composto por oito homens e quatro mulheres que depois de mais de 50 horas de deliberação absolveu Holmes de enganar pacientes, mas não conseguiu chegar a uma decisão para a acusação relacionada com fraude eletrônica do investidor.

Outro juri deverá ser convocado exclusivamente para analisar este último ponto por parte do juiz Edward Davila. Após a decisão, também deverá ser anunciada a sentença, que pode ir de prisão a uma elevada multa ou ambos.

Foram 15 semanas de julgamento de um caso que atraiu a atenção por envolver uma empresária jovem e que durante um tempo foi um exemplo para os empreendedores. Holmes prometia revolucionar o mercado de exames clínicos, com uma tecnologia que seria superior a atual. Entretanto, a empresa Theranos, de Holmes, não conseguiu entregar o que prometia, usando as máquinas tradicionais de exames.

Holmes aproveitou para constituir um conselho composto de figuras notáveis e obteve apoio financeiro de diversos investidores, que acreditaram nas promessas da Theranos. Ao mesmo tempo que imitava algumas manias de Jobs, vestindo roupas escuras, seu comportamento era admirado por muitos. Holmes, por exemplo, evitava piscar os olhos. Isto atraiu quase 1 bilhão de investimento de pessoas como Rupert Murdoch, Larry Ellison, a família Walton, entre outros. A empresa chegou a ser avaliada em 9 bilhões e Holmes foi capa de revistas.

Uma investigação do Wall Street Journal, em 2015, mostrou que a empresa tinha problemas com sua tecnologia. Holmes não conseguiu responder adequadamente a reportagem e três anos depois a SEC acusou de fraude. Durante o julgamento, Holmes adotou a estratégia de afirmar que era manipulada por um ex-executivo.

É importante destacar que Holmes foi absolvida de enganar pacientes

Foto: aqui

Exxon fez uma das maiores mudanças corporativas em 2021


O texto a seguir tem dois meses, mas o fato é importante: a mudança de filosofia da empresa, anteriormente resistente a questão climática:

A Exxon Mobil indicou pela primeira vez que pode ser necessário anotar o valor dos ativos devido aos efeitos dos riscos das mudanças climáticas na demanda por combustíveis fósseis.

A maior empresa petrolífera do país disse que, como parte de seu processo anual de planejamento de negócios, agora avalia as mudanças climáticas como um risco comercial, semelhante a outros riscos operacionais, estratégicos e financeiros.

Se esse processo "resultar em alterações significativas nos atuais planos de desenvolvimento da corporação para seu portfólio, certos ativos poderão estar em risco de redução ao valor recuperável", disse a Exxon em um documento regulatório.

Até que as avaliações de recuperação de ativos “sejam concluídas, não é praticável estimar razoavelmente a existência ou o intervalo de possíveis prejuízos futuros”, acrescentou.

De acordo com o Houston Chronicle, o aviso é “uma admissão notável dos riscos das mudanças climáticas de um dos gigantes mais recalcitrantes do petróleo, que há muito tempo diz aos investidores que a crescente população mundial alimentará uma sede insaciável de combustíveis fósseis e descartará preocupações crescentes com as mudanças climáticas."

Muitas das maiores empresas e indústrias do mundo que dependem do petróleo se comprometeram a se tornar emissão líquida-zero empresas durante as próximas décadas. Ao contrário de rivais europeus como BP e Royal Dutch Shell, a Exxon relutou em adotar energia renovável, mas em maio, um investidor ativista com espírito climático conquistou um quarto dos assentos em seu conselho.

"É uma mudança bem-vinda que o novo conselho da ExxonMobil esteja forçando a empresa a enfrentar a realidade de que a crise climática que ajudou a causar e a transição para uma economia de energia limpa terão grandes impactos financeiros em seus ativos e resultados, Ben Cushing, gerente de campanha da campanha de finanças sem fósseis do Sierra Club, disse à Reuters.

A Exxon disse em seu documento que “continua avançando em seus planos de redução de emissões de gases de efeito estufa e esforços para posicionar a empresa para obter sucesso em um futuro de emissões de carbono mais baixo."

"A Exxon parece estar levando os riscos climáticos mais a sério, pois a indústria do petróleo enfrenta uma pressão crescente de governos, empresas e público para mudar de rumo para evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas", disse o Chronicle.

Foto: Justin

Imprensa e interesse no controverso

Do Journal of Accounting and Economics:

We survey 462 financial journalists and conduct 18 interviews to obtain insights on the inputs to their reporting, the incentives they face, and the factors that influence their coverage decisions. We report many findings relevant to the accounting literature and identify multiple avenues for future research. For example, financial journalists say the likelihood they write about a specific company or CEO increases when the company is controversial or the CEO has a colorful personality, suggesting journalists gravitate toward provocative topics. We also find that financial journalists routinely use company-issued disclosures and private phone calls with company management when developing articles, and that they believe they are evaluated primarily on the accuracy, timeliness, and depth of their articles. Journalists also believe monitoring companies to hold them accountable is one of financial journalism's most important objectives, but they often face negative consequences for writing articles that portray companies in an unfavorable light. (grifo nosso)

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Acervo de Charlotte Salomon - a pintora foi executada, grávida, no campo de Auschwitz, em 1943. Um aspecto da sua vida está em A Arte Obsessiva e a Grande Confissão de Charlotte Salomon, um artigo de Toni Bentley de 2017, da New Yorker. Este artigo foi publicado em língua portuguesa no livro Os Piores Crimes da Revista New Yorker, de 2021 

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03 janeiro 2022

Falácia da taxa básica ajuda uma percepção errada sobre a vacina

 


Algumas pessoas apontam que as pessoas vacinadas ainda são hospitalizadas, sendo um argumento contra a vacinação. Mas eles ignoram um ponto importante na comparação com o número daqueles que não são hospitalizados. Marc Rummy fez este diagrama de Euler para ilustrar o inverso. (Atualização: o Rummy fornece uma versão atualizada do diagrama. aqui).

É sobre fazer uma comparação justa. Pessoas que usam cintos de segurança ainda podem morrer em uma colisão de carro. As pessoas que usam preservativos ainda podem receber DSTs. Pessoas que se alimentam de forma saudável ainda podem ter colesterol alto. Mas sabemos que essas coisas reduzem as chances de morrer em um acidente de carro, de obter uma DST e ter colesterol alto, por isso ajustamos nossas escolhas.

Fonte: aqui