Translate

26 dezembro 2021

Bilionários não pagam imposto de renda nos Estados Unidos


O Propublica apresentou dois artigos mostrando como bilionários não pagam imposto de renda nos Estados Unidos. Os dois textos exemplificam as falhas nas leis tributárias que permitem aproveitar brechas. 

Em "A Massive Oil Spill Helped One Billionaire Avoid Paying Income Tax for 14 years" o foco está em Phyllis Taylor, uma viúva e dona da Taylor Energy, responsável pelo vazamento da plataforma Deepwater Horizon em 2010. Cada dólar gasto pela Taylor Energy na tarefa de limpar o derramamento de óleo, foi aproveitado para redução do imposto pessoal de Phyllis. A bilionária, de 80 anos, foi chamada de "perdedora" por conta dos "prejuízos" pessoais que sofreu nos últimos anos. Mas conseguiu deixar de pagar imposto de renda entre 2005 a 2018. E provavelmente não irá pagar nos próximos anos, embora tenha gosto por viagens ao redor do mundo.

O segundo texto, When you are billionaire your hobbies can slash your tax bill, o foco são os "investimentos" que os bilionários fazem em cavalos de raça, corridas de automóveis, fazendas, hotéis de luxo e outras atividades. Tais aplicações criam a possibilidade de redução tributária, escapando do imposto de renda. O texto começa com a descrição do Kentucky Derby, uma corrida tradicional (foto) de cavalos. Segundo o texto, seis dos vinte cavalos da corrida deste ano eram de propriedade de bilionários. Sua paixão por cavalos produziu uma perda de 600 milhões de dólares, usadas para compensar seu imposto de renda. Os bilionários usam a lei a seu favor para pagar menos imposto. 

Links


 Neste índice de liberdade econômica o Brasil está muito mal - 143o. lugar no mundo. Estamos muito mal na eficiência da justiça e na integridade do governo. Melhores padrões em impostos e liberdade monetária

Fasb avança na estrutura conceitual - novos conceitos (incluindo perdas e ganhos) e apresentação - breve voltamos ao assunto

40 frases de pessoas famosas - gostei de "roubar de uma pessoa é plágio; de muitas, pesquisa"

Os piores anúncios de 2021 (foto)

25 dezembro 2021

Lei de Zipf

Em qualquer língua criada naturalmente (Esperanto não vale, portanto) a palavra mais usada ocorre duas vezes mais que a segunda palavra mais frequente e três vezes mais que a terceira palavra mais frequente e assim por diante. Isto vale para o português, mas também para outras línguas:


O padrão foi percebido por um linguista chamado George Kingsley Zipf e por este motivo tem a denominação de Lei de Zipf. O interessante é que o padrão observado para a linguagem também foi observado no número de citações de artigos científicos, número de livros vendidos, chamadas de telefone, terremoto, intensidade da guerra e população das cidades. 

Ao conhecer este tipo de padrão, o contador pode usar para perceber uma manipulação nos números contábeis e descobrir fraudes. 

2021: Ano Ambiental


Se 2020 foi o ano marcado pela presença da Covid, o ano de 2021, na contabilidade, foi o ano com a preocupação ambiental. A tal ponto que ocorreu a popularização de uma sigla, ESG, onde claramente o E, vinculado ao ambiente, prevaleceu. Entre os fatos que podemos citar para comprovar o ano verde temos: o encontro dos líderes da Escócia, a criação de uma entidade voltada para a emissão de padrões ambientais, o crescimento de fundos de investimento "verdes" e até a manipulação de informações sobre o tema. 

O mundo mudou, mas a questão ambiental permanece muito mais como uma pergunta do que uma resposta. 

Foto: Buscher

24 dezembro 2021

Big 4 é igual a contabilidade precisa e transparente?


Sobre a melhoria da governança na empresa Aços Verdes do Brasil, a revista Exame diz:

1. Contabilidade precisa e transparente

Desde 2009, a Aço Verde do Brasil realiza seus processos de auditoria com empresas renomadas do segmento ─ são as chamadas Big Four Accounting Firms ou “Quatro Grandes Firmas de Auditoria e Consultoria”, na tradução.

Atualmente, a Ernst & Young (EY), com sede em Londres, garante o cumprimento, o controle, a gestão e a transparência dos dados da empresa.

A resposta da pergunta do título seria sim. Eis uma citação sobre o tema:

Certamente existe a percepção de que empresas maiores fornecem melhores serviços. Ninguém pode culpar um executivo que escolhe uma grande empresa quando problemas estão se formando. Existe um nível de conforto inegável que vem com as grandes empresas porque elas estabeleceram uma reputação e possuem muitos recursos. Mesmo que algo corra mal, ninguém irá culpar o executivo  que escolhe uma grande empresa. [o mesmo não ocorre com uma pequena empresas de auditoria]

(...) Escolher entre pequenas e grandes empresas não é um tipo de coisa de tudo ou nada. 

Desonestidade em grupo


Afinal, o grupo pode afetar a desonestidade? Uma pesquisa mostrou que sim. Eis o abstract:

News of dishonest acts has become increasingly frequent, either in politics or daily life, as well as in cases of scandals involving corruption schemes in companies. To explain the dishonesty process, the Maneuver Margin Theory states that the individual performs internal "maneuvers", balancing the benefits that they will receive from the act and the self-concept that they have of themselves. Thereby, the objective of this research is to verify if there is more dishonesty when decisions are taken in the group when compared to the individual ones., For this, we did an experiment with 250 accounting students, in the state of Rio de Janeiro (average age = 23; 51% male; 49% female), where they should observe the die-rolling game and then report the number seen, for example, if the respondent reported that the dice presented the number 3 (three), they would earn 3 (three) points, although the number seen had been 1 (one). The participant’s reward was linked to the number reported and not the number displayed, thus enabling them to be dishonest. Additionally, participants should be divided into two groups, one where they should enter the same number to receive. Otherwise, they would not win anything, and, in the other, where the combination of the same number was not necessary for remuneration. The experiment was programmed and conducted through software specially created for this research and the McNemar statistical test was performed to compare the two samples and to verify if individuals are more dishonest when making group decisions than individual ones. The results of the research corroborated that individuals are more dishonest when making decisions in a group (36% of participants) comparing to decisions taken individually (23%). These findings corroborate previous research and begin work on group dishonesty in Brazil, showing that individuals behave dishonestly when making group decisions rather than individually. The results presented in this paper reinforce the idea that, both in groups and individually, internal considerations are important when making decisions about dishonesty. This can help to understand the motivations that lead people to be dishonest as well as to seek mechanisms that are capable of inhibiting this behavior. For future researches, it is recommended that this same experiment be expanded not only in other courses but also in universities from different regions in order to provide an overview of the dishonest behavior of Brazilian students (future decision-makers in companies), especially when they interact in a group. Another suggestion is also to increase the number of people in each group so that the experiment might resemble the decisionmaking in real-life companies because, in real life, the number of people engaging in dishonest acts can vary greatly.

RAU - v19 n5 setembro – dezembro, 2021 - Foto: Sukoff

Links


O problema da dívida estudantil nos EUA: uma história pessoal que reflete o "descuido" dos emprestadores

O que explica o apelo do livro Duna - a saga foi rejeitada por 23 editores, antes de ser publicada por uma editora conhecida por fazer manuais de conserto de automóveis


O mito que o erro humano é o principal responsável pelos acidentes de automóveis - e como isto leva ao comodismo com os erros na engenharia das estradas, na construção dos automóveis, no apoio à tecnologia adequada ...

Os autocratas estão vencendo - um belo artigo sobre como os autocratas estão vencendo sua guerra contra a democracia. Inclui Bielorrússia, China, Venezuela e outros países. Sobram críticas para empresas como Apple, Google e, óbvio dos óbvios, McKinsey