Seu objetivo é ser chefe.
16 dezembro 2021
15 dezembro 2021
Contágio de desonestidade?
Parece que sim. Uma pesquisa (via aqui) mostrou que quando surge notícia de algum escândalo de corrupção, as pessoas ficam mais desonestas:
Em outras palavras:
Las pruebas presentadas anteriormente demuestran que la corrupción no solo genera costes económicos al malgastar los recursos públicos, sino que también tiene efectos negativos mucho más amplios en la sociedad. Entre ellos, la erosión de la confianza en los demás y la reducción del estigma que conlleva el comportamiento antisocial.
ESG e Risco de Greenwashing
Investimento Responsável, ESG e os riscos do Greenwashing
Nos últimos anos, tem sido notável o esforço internacional para definir métricas de sustentabilidade de modo a garantir que a divulgação de informação seja fiável e transparente.
A crescente narrativa da sustentabilidade e a incorporação de questões ambientais, sociais e governação (ESG) nas decisões de investimento tem impulsionado um crescente posicionamento das empresas no sentido de se alinharem com preocupações ecológicas e de sustentabilidade. Esta tendência tem sido acompanhada pela preocupação crescente com práticas de greenwashing – isto é, casos em que as empresas adotam o discurso sustentável e anunciam ações "verdes" de forma exagerada ou falsa, com o propósito de atrair investimento ou clientela.
As dúvidas acerca da qualidade da informação sobre cumprimento de critérios ESG e o risco de greenwashing têm sido identificadas pelos investidores como os maiores riscos no investimento sustentável. Por outro lado, o acesso à informação global permite aos consumidores identificar com relativa facilidade campanhas de marketing incoerentes e comportamentos dissonantes com as práticas alegadas pelas empresas. É, portanto, expectável, um escrutínio acrescido por parte dos stakeholders e dos consumidores, o que pode gerar o aumento de denúncias de práticas de greenwashing, com impactos comerciais, reputacionais e financeiros incalculáveis.
No entanto, não podem ser descurados os obstáculos de ordem prática que as empresas enfrentam para contabilizar os seus impactos e monitorizar a evolução dos mesmos. Para ultrapassar esta dificuldade, é necessário definir os padrões de reporte de informação não financeira, de forma mensurável e comparável com garantias de processamento uniformizado da informação fornecida.
Nos últimos anos, tem sido notável o esforço internacional para definir métricas de sustentabilidade de modo a garantir que a divulgação de informação seja fiável e transparente. As empresas podem hoje optar por diferentes sistemas de reporte – dos quais destacamos as normas Sustainability Accounting Standards Board (SASB), Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) e Global Reporting Initiative (GRI).
Não obstante, em Portugal, o reporte ao abrigo destas normas é ainda incipiente. O Decreto-Lei n.º 89/2017, de 28 de julho – que transpôs a Diretiva 2014/95/EU do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro de 2014 (NFRD) - define as regras aplicáveis à divulgação de informação não financeira por grandes empresas e grupos. Contudo, a NFRD abrange apenas uma minoria do tecido empresarial português, deixando a maioria das empresas sem diretrizes sobre como medir e reportar dados.
Em dezembro de 2019, a Comissão anunciou a intenção de avançar com a revisão da NFRD. Após a consulta pública realizada, os stakeholders inquiridos identificaram como principais fragilidades a colmatar a falta de comparabilidade, fiabilidade e relevância da informação não financeira divulgada pelas empresas. Outra das preocupações identificadas foi a necessidade de definir padrões simplificados para pequenas e médias empresas de modo a garantir a proporcionalidade dos requisitos aplicáveis.
Na expectativa de que a revisão da NFRD venha a resolver as deficiências identificadas, de modo a evitar os riscos associados ao greenwashing, as empresas devem esforçar-se por entender o conceito de sustentabilidade, optar por estratégias de comunicação transparentes e fundamentadas e investir na certificação por entidades reputadas.
Joana Gonçalves - Jornal de Negócios - 1 de dez de 2021
Foto: Brian Yurasits
NFTs e Museus
O surgimento da NFT levantou a possibilidade de que entidades do terceiro setor pudessem aproveitar da onda para obter recursos. Em especial os museus, que possuem um acervo que poderia dispor sob a forma de arquivo eletrônico. Mas parece que isto não está ocorrendo e existem quatro motivos:
Primeiro - A NFT é algo complexo e os museus não possuem uma especialização no assunto. Seu foco sempre foi a obra física; NFT e criptografia foge do campo de atuação, compreensão e gestão de um museu.
Segundo - Há um aspecto relacionado com a propriedade que escapa das obras existentes no museu. Com a NFT, o artigo mantêm o controle do trabalho. Um livro autografado pelo autor é muito mais valioso que um livro autografado pelo editor.
Terceiro - o mercado tem valorizado o artista, não a instituição. Os investidores parecem considerar que uma NFT de um artigo é uma forma de interação e apoio financeiro para o seu autor.
Quarto - a NFT é volátil e arriscada; algumas delas são inúteis. Os jornais noticiam os casos extremos e provavelmente a maioria delas possuem valores insignificantes. E podem ser arriscado para o investidor.
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14 dezembro 2021
Prioridades do Iasb
O presidente do Iasb, o alemão Andreas Barckow, afirmou que as prioridades para o próximo ano são as demonstrações financeiras primárias, o goodwill e impairment. A declaração ocorreu durante um encontro nos Estados Unidos, com o AICPA e CIMA.
No que se refere as demonstrações, a inovação é a divisão da demonstração do resultado em operacional, investimento e financiamento, além de outras informações sobre desempenho e melhorias na DFC. Sobre o goodwill, o dilema está na questão da amortização. Atualmente a entidade está dividida entre manter a atual abordagem ou uma possibilidade de amortizar. Talvez seja um assunto que não será resolvido em 2022.
Obviamente outra prioridade é apoiar a criação do International Sustainability Standards Board (ISSB). E entre as sugestões de trabalhos futuros tem-se: a questão do risco relacionado com o clima, a moeda criptográfica, a continuidade, o intangível e a DFC. Barckow afirmou que gostaria de começar a trabalhar a questão do intangível.
Outro ponto do discurso é um trabalho conjunto com o Financial Accounting Standards Board (FASB) sobre a convergência. Mas o próprio Barckow reconhece que isto deve ser complicado, em razão das normas mais rígidas e do aumento da diferença entre os dois reguladores.