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29 novembro 2021

Covid e a satisfação com a democracia


A crise de saúde poderia afetar a satisfação com o regime democrático? Aparentemente sim, mas não a ponto de fazer com que a população abrace regimes não democráticos. Uma pesquisa em 12 países, incluindo o Brasil, com 22.500 respondentes, verificou a influencia da pandemia na atitude das pessoas e o impacto na satisfação com o governo. Eis o resumo:

Beyond its immediate impact on public health and the economy, the COVID-19 pandemic has put democracy under stress. While a common view is that people should blame the government rather than the political system for bad crisis management, an opposing view is that dissatisfaction with government performance may cause deeper dissatisfaction with democracy even in consolidated democratic regimes. We use a pre-registered survey and experiment covering 12 countries and 22,500 respondents to examine the impact of the pandemic on public attitudes about incumbent governments, the functioning of democracy and support for different types of regimes. To estimate causal effects, we leverage experimental treatments using an instrumental variable design. We find that dissatisfaction with the government, which is equally driven by economic and health considerations, decreases satisfaction with how democracy works. However, it does not translate into an embrace of non-democratic regime types.

Pesquisa na internet: Google versus Yandex

 

Como dois sites de busca respondem a pesquisa sobre "Vacina Pfizer". O Google, que possui 94% do mercado nos EUA (e provavelmente algo próximo no Brasil) traz como sugestão os locais de vacinação ou outras informações. O Yandex, de procedência russa, tem como sugestão o tema "morte". Tanto o Google - que é dono da Blogger, onde hospedamos este blog - quanto o Yandex fazer uma "seleção" sobre o tema. Tenho usado do Duckduckgo, mas percebo que ele é ruim para apurar plágio, por exemplo, um uso que faço deste instrumento. Parece que o Duckduckgo está baseado no Bing e talvez por isto o Google ofereça melhores respostas, no caso do plágio

Netflix: Quantidade, não Qualidade


A Netflix é uma empresa a observar e entender. Mas há algumas críticas pesadas. A empresa está provocando uma corrida para produção de conteúdo. Eis um dado importante: a empresa produziu está lançando mais de 70 novos filmes por ano, bem mais que a MGM produzia no passado (50 filmes por ano). Isto colocou pressão em outras empresas, que correram para aumentar a produção de filmes. O problema é a qualidade. 

Os assinantes desejam um fluxo constante de filmes e séries para continuar pagando sua assinatura. Mas os filmes da Netflix obtiveram uma nota média de 59,1, em 100, entre os espectadores. E de 54,4 entre os críticos. Bem abaixo dos concorrentes: Disney = 70,3 e 66, entre espectadores e críticos, na ordem, por exemplo. 

Muitos originais da Netflix acabam se sentindo assim, como imitações baratas da coisa real.

Meme: aqui

Links

Pedro Demo e a crítica ao marketing acadêmico

Órgão dos EUA irá demorar 55 anos para liberar o acesso a toda documentação relacionada com a vacina da Pfizer - lá existe um tempo de resposta de 20 dias, mas como o número de páginas é muito grande, o volume liberado corresponde a 500 páginas por mês

Como Musk, com seus comentários no Twitter, influencia o preço da ação

Pesquisa mundial sobre medos e ameaças: colombianos estão bem pessimistas

Juventus, clube italiano, sendo investigado por inflar preço de transferência

Rir é o melhor remédio

 

O que é lavagem de dinheiro?. No original: estou lendo sobre cuidados pessoais; o que é hidratação?

28 novembro 2021

CMN aceita a IFRS 9


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira resolução que alinha critérios contábeis aplicáveis a instrumentos financeiros detidos pelas instituições financeiras às melhores práticas internacionais, mais especificamente ao chamado IFRS 9.

O novo arcabouço vem após consultas públicas sobre o tema abertas em 2017 e 2018 e representa, segundo o Banco Central, "passo relevante" em direção à finalização do processo de convergência das normas contábeis previstas no Padrão Contábil das Instituições Reguladas pelo Banco Central do Brasil (Cosif) em relação aos padrões internacionais de contabilidade.

As novas normas entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2025. O BC defendeu que, com o prazo, haverá tempo suficiente "para ajustes nos processos e rotinas das instituições financeiras, garantindo um processo de transição suave e eficiente".

O IFRS 9 é o padrão internacional de contabilidade para classificação, reconhecimento, mensuração e provisionamento de instrumentos financeiros.

Ele foi editado pelo International Accounting Standars Board (IASB) em 2014, em decorrência da crise financeira de 2008, passando a valer a partir de 2018.

Com seu advento, a provisão deve ser constituída pelas instituições financeiras com base na perda esperada, já na data da concessão do crédito e com reavaliação periódica sempre que houver indícios da deterioração da capacidade creditícia do tomador de crédito ou do emissor do instrumento.

Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, criticou o fato de a base de capital do sistema bancário brasileiro ser muito concentrada em crédito tributário, com a fórmula para um banco contabilizar perda esperada sendo muito diferente da que a contabilidade exige, e defendeu a inserção do IFRS 9 para eliminação desta distorção referente à criação de crédito tributário.

Uma fonte do governo, contudo, disse à Reuters que apenas o novo arcabouço não resolve a questão dos créditos tributários. Em condição de anonimato, a mesma fonte pontuou que um projeto de lei foi elaborado sobre o tema e ainda está em fase de avaliação interna pela equipe econômica.

Veja a diferença entre a data de validade da IFRS (2018) e nossa adoção. Processo lento para convencer as autoridades brasileiras, não?

Fonte: aqui