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08 novembro 2021

Confiança Global

Ipsos faz uma pesquisa em diversos países questionando se algumas profissões são confiáveis ou não. Eis o resultado de 2021:

Médicos e cientistas, que estiveram diante da batalha contra a pandemia, receberam avaliação positiva. O valor do gráfico é a diferença entre quem confia e quem não confia em cada profissão. Por exemplo, os médicos receberam 64% de aprovação e 10% de reprovação, o que corresponde a uma valor de 54%. Políticos (menos 52%) e ministros do governo (-39%) não estão muito bem cotados. 

O relatório também está desmembrado por país. Vejamos as cotações para o Brasil:

Médicos = 66% - 9% = 55%
Cientistas = 68% - 9% = 57%
Professores = 68% - 8% = 60%
Membros das forças armadas = 35% - 26% = 9%
Polícia = 30% - 31% = 1%
Pessoas normais = 35% - 14% = 21%
Juízes = 26% - 32% = -6%
Advogados = 22% - 33% = -11%
Apresentadores de Televisão = 26% - 33% = -6%
Pesquisa de opinião = 33% - 22% = 11%
Padre e Pastor = 25% - 31% = 6%
Jornalista = 34% - 30% = 4%
Servidores públicos = 27% - 26% = 1% 
Líderes empresariais = 23% - 24% = -1%
Banqueiros = 14% - 47% = -33%
Executivos de propaganda = 19% - 28% = -9%
Ministros do governo = 11% - 65% = -54%
Políticos em geral = 6% - 77% = -71%

Ou seja, avaliamos nossos políticos e ministros pior que a média global. 

Mas gostaria de chamar a atenção para um resultado da pesquisa. Você já deve ter lido uma bobeira dizendo que no Japão o único profissional que não curva para o imperador é o professor. Além de não proceder, veja o resultado da pesquisa:
A pior avaliação para professor está na parte debaixo da figura. Veja que o Brasil é um dos países com elevada valorização ao docente. 

Empresas e sustentabilidade


A AAT, uma entidade contábil inglesa, está discutindo a divulgação de sustentabilidade no sentido de evitar a "lavagem verde" (greenwashing). A lavagem verde é a atitude de empresas que induzem investidores e público em geral a acreditar que seus produtos e serviços são mais ecológicos do que são na realidade. É uma manipulação relacionada com a questão da sustentabilidade. 

Neste sentido, "a AAT lançou uma nova orientação ética sobre sustentabilidade, que inclui uma lista de verificação para as empresas seguirem. Inclui: perguntar como sua organização e base de clientes podem ajudar a sociedade e a sustentabilidade; garantir que cada novo projeto ou área de desenvolvimento seja completamente explorada e pesquisada do ponto de vista da sustentabilidade; medir tudo, de KPIs e metas a resultados; realizar regularmente avaliações de risco; e estabelecer metas baseadas na ciência.

Links

 James Bond, cardápios de restaurante e taxa de câmbio histórica

Como a imprensa pode distorcer a noção percebida de risco: avião x automóvel - viés da representatividade

Um guia rápido de termos climáticos e seu significado

A melhor entrevista de xadrez - Em 2018, no torneio de Gilbratar, Ivanchuk (nascido em 1969) foi questionado sobre sua partida. Ele faz a análise de memória, com detalhes impressionantes. (via aqui). Aqui em português

Usando a linguagem textual para identificar as patentes relevantes (figura acima)

Rir é o melhor remédio

 

Itchy Feet são quadrinhos sobre diferença cultural. Mais aqui e abaixo:







07 novembro 2021

Documentos do IFAC

 O IFAC acaba de publicar Pontos de Vista (POV) em francês, árabe, russo e espanhol. A série apresenta discussão sobre relatórios corporativos, responsabilidade e transparência no setor público, profissão contábil, confiança e crise, auditoria, clima e corrupção e lavagem de dinheiro

A imagem a seguir é do setor público e mostra a quantidade de países que adotam o regime de competência:


Além disto, o IFAC está permitindo uma consulta online aos padrões desenvolvidos pelo International Audit and Assurance Standards Board (IAASB), o International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA) e o International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB). Clique aqui

Contar a emissão de carbono faz sentido?


Não tinha pensado desta forma:

(...) as empresas estão sendo solicitadas a fazer é um exercício amplamente sem sentido. O fato é que não queremos medir a quantidade de carbono que está sendo injetada na atmosfera como se fosse assim que resolveremos nossa crise climática. O que nós, como sociedade, queremos é que essas emissões sejam radicalmente reduzidas. Em outras palavras, o problema que as empresas precisam resolver não é como elas medem suas emissões de carbono, mas como as eliminam e a que custo. (...)

Então, para usar um dos meus exemplos favoritos, o Aeroporto de Gatwick afirma que é um negócio neutro em carbono. Faz isso ignorando inteiramente suas emissões do escopo 3 [as criadas em razão da existência da empresa]. O fato de todo o seu modelo de negócios depende do envio de aeronaves para as pistas, o que criará grandes quantidades de emissões desnecessárias de carbono, é algo que eles optam por ignorar. Se, no entanto, eles fossem obrigados a eliminar suas emissões do escopo 3, teriam duas opções. Eles poderiam se tornar um centro de aeronaves elétricas, se fosse possível demonstrar que as aeronaves elétricas poderiam ser neutras em carbono. Como alternativa, eles poderiam admitir que é impossível alcançar seu objetivo e poderiam se declarar, nas palavras de contabilidade de custos sustentável, insolvente de carbono.

Foto: Chris LeBoutillier

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