Lendo Eric Johnson (que acabou de lançar um livro sobre escolha) no Behavioral Scientist (
How the Netflix choice engine tries to maximize happiness per dollar spent) encontrei algo que tentava entender e não conseguia: a razão da mudança do sistema de classificação da empresa, de nota para binário.
Mas antes disto é importante dizer que Johnson mostra como a Netflix trabalha para que você possa usar seus serviços. São vários itens. Por exemplo, a empresa tem um catálogo de 6 mil títulos, mas eles reduzem estas opções para algo em torno de 80, usando seus algoritmos.
Mas a parte que me interessava: qual o motivo de deixar de usar uma escala de nota? Veja que isto interessa aos pesquisadores, que pedem para seus entrevistados responderem questionários, e gostam de usar a escala de nota. Mas a Netflix parece ter optado pela escala binária. Eis o que Johnson diz:
A Netflix usou uma escala de 5 estrelas, mas acreditava que as pessoas estavam confusas com a escala. As pessoas descobriram que a escala de polegares era mais fácil de usar e a mudança para polegares dobrou o número de classificações coletadas. Eles também descobriram que as pessoas tendiam a avaliar apenas os filmes de alto nível e sérios com uma 5 empresas, embora ficassem felizes em dar um sinal positivo para uma comédia assistida. A escala de resposta binária tornou os avaliadores menos pretensiosos e talvez mais honestos.
Tudo isto foi feito usando os testes A/B, com milhões de espectadores.