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26 outubro 2021

Publicação na área pública

 A Revista Contabilidade, Gestão e Governança está propondo uma edição especial na área pública. Serão recebidas pesquisas científicas que reflitam o estado da arte nos seguintes temas:

Relação entre normas The International Public Sector Accounting Standards (IPSAS), as European Public Sector Accounting Standards (EPSAS), em possíveis efeitos no Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP) em Portugal e no Brasil; Impacto das reformas do setor público no sistema de contabilidade governamental; Órgãos de controle e nova governança pública; Accountability e gestão de políticas públicas; Informação contábil e tomada de decisão na Administração Pública; Contribuição da informação contábil na elaboração do orçamento público.

Submissões

Os autores deverão observar os orientações de submissão da CGG (https://www.revistacgg.org/contabil/about/submissions);

Na Carta ao editor deverá ser informado que se trata da Edição Extra: Reformas do Setor Público e Mudanças na Contabilidade Pública;

Recepção dos artigos até 30 de abril /2022

Publicação da edição extra: outubro/2022

Maiores informações acesse: https://www.revistacgg.org/contabil

Rir é o melhor remédio


 Fazendo a reunião mais curta (comigo duraria 30 segundos)

25 outubro 2021

Gasto Militar no Brasil

 Uma série histórica mostra a evolução do gasto militar. Inicialmente, em relação ao tamanho da economia:

É uma surpresa perceber que o maior nível do gasto militar ocorreu no governo JK, quando a percentagem sobre o PIB foi de quase 4,5%. Atualmente, a relação é de 1,4% - dados de 2020 - um pouco abaixo da mediana da América Latina e bem abaixo de um padrão histórico. 

Quando a comparação é com o total de gasto do governo, a série histórica é um pouco menor:

A mediana da América Latina é de 4,6% e o resultado do Brasil é de 3,2%, abaixo da Colômbia (9,2%) ou Uruguais (6,4%), mas acima da Argentina (1,7%). O país com maior gasto relativo aqui é o Belarus, onde quase um terço do gasto público é para fins militares (30,8%, de forma mais precisa), muito embora existam lacunas nos dados. 

Os dados foram obtidos aqui. Leia mais aqui. Uma comparação entre os gastos militares e as despesas operacionais de empresas pode ser encontrado aqui

João Rendeiro


João Rendeiro tem sido notícia na imprensa portuguesa nos últimos dias. Este alfacinha (ou lisboeta), nascido em 1952 foi fundador e gestor do Banco Privado Português. As notícias referem-se ao período da gestão desta instituição financeira, fundada em 1996 e descontinuado em 2010, "depois de verificada a inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição"

Entre 2010 e até o presente momento, o judiciário português tenta provar que ocorreu problemas no banco que podem estar relacionado com lavagem de dinheiro, que os portugueses conhecem como branqueamento de capital. Em 2008, três gestores receberam dinheiro e dez anos depois Rendeiro foi condenado pelo Tribunal de Lisboa a cinco anos de prisão. Além da lavagem de dinheiro, crimes como falsificação de documentação e contabilidade inadequada. 

Em 2020 outro tribunal, agora o Tribunal da Relação, condenou Rendeiro a 5 anos e 8 meses de prisão. A fase de recurso encerrou e as condenações transitaram em julgado em setembro de 2021. Há outros processos contra Rendeiro, que inclui fraude fiscal, abuso de confiança e lavagem de dinheiro. Em 28 de setembro, nova condenação de Rendeiro, agora por burla qualificada. 

No mesmo dia, foi noticiado que Rendeiro tinha fugido de Portugal e da Europa. Há uma mandato de prisão internacional, estando na lista da Interpol. 

Para tentar recuperar parte do prejuízo, a justiça portuguesa foi atrás de bens de Rendeiro. Isto incluía obras de arte, cuja originalidade tem sido questionada. Um dos gestores mais próximos de Rendeiro já foi preso, mas parece que o chefão está solto pelo mundo. 

Auditoria precisa de uma revolução


A auditoria não está atendendo as necessidades da sociedade. Para que isto ocorra, é necessário mudar a lógica da contabilidade voltada para o acionista, segundo Richard Murphy. Ele propõe mudar o objetivo da contabilidade e da auditoria. Eis um trecho do artigo 

O objetivo da contabilidade é fornecer às partes interessadas de uma entidade relatora demonstrações financeiras que incluem informações relevantes, confiáveis e suficientes que lhes permitam tomar decisões informadas.'

Em seguida, relacionamos o objetivo da auditoria a esse objetivo para contabilidade, sugerindo que:

O objetivo da auditoria de uma entidade de interesse público é primeiro informar se as demonstrações financeiras sobre as quais o auditor oferece uma opinião são relevantes, são informações confiáveis e suficientes para os usuários dessas declarações e, em segundo lugar, onde há uma falha, remediar essa falha ou, se não for possível fazê-lo, relatar por que isso e quais são suas consequências.

Esse objetivo transformaria fundamentalmente a auditoria. Tal como está, os auditores são forçados pela regulamentação e pelos reguladores a uma função passiva de marcar caixas que confirma a conformidade com padrões contábeis inadequados. Na abordagem que sugerimos, o auditor tem um papel dinâmico na avaliação do que as partes interessadas podem ser em relação à entidade em cujas contas eles estão relatando. Eles teriam a obrigação de garantir que a necessidade de relatório seja atendida, independentemente de a entidade relatora desejar a divulgação exigida ou não.

Os auditores precisam atender às expectativas

Obviamente, haverá requisitos básicos para garantir a comparabilidade entre as demonstrações financeiras. Mas a suposição de que existe um conjunto de divulgações que atende a todas as demandas das partes interessadas e que os auditores podem cumprir suas obrigações cumprindo um critério básico deve ser consignada ao histórico. O histórico da auditoria revela que foram os auditores que desenvolveram estruturas de relatórios e que, por muitas décadas, atuaram como agentes para aprimorar a divulgação. Precisamos voltar a essa época.

O trabalho do auditor deve ser alcançar as expectativas e não emburrecer para garantir a conformidade com os horizontes limitados dos relatórios das IFRS. Então, e somente então, poderemos obter auditorias decentes e, ainda mais importante, contas que forneçam informações significativas sobre o papel de nossas principais empresas na sociedade.

Links


O prêmio Nobel deste ano é agridoce. É um lembrete do suicídio de Alan Krueger em 2019. Krueger foi co-autor de vários dos trabalhos citados pelo Nobel.




37 melhores cidades do mundo (foto, inclui São Paulo)

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 Karlo Fredon