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13 outubro 2021

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Os poluidores emitem mais quando os inspetores não estão assistindo 

Analisando a comunicação visual, vocal e verbal na oferta inicial de ação 

Hannah Fry:  O que os dados não podem fazer (comentários aqui)

Uma cientista, Eunice Foote, descobriu a causa das mudanças climáticas em 1856

O mapa do topologista - somente com as fronteiras

Custo real dos alimentos

O chamado "custo oculto" pode ser surpreendente. Eis o caso dos alimentos:

O nível de despesa é significativamente maior quando fatores ocultos ausentes do preço de varejo são trazidos para a equação. (...) Por exemplo, a obesidade resulta em cerca de US $ 359 bilhões em custos médicos e perda de seguro por ano, além de combinações de doenças, como hipertensão, câncer e diabetes, que somam pouco mais de US $ 600 bilhões.

O relatório afirma que "entender o custo real dos alimentos que consumimos é um primeiro e necessário passo para refazer a estrutura de incentivos que impulsiona nosso sistema alimentar hoje e, finalmente, transformá-lo". 

Fonte: Forbes, Niall McCarthy. Relatório: O verdadeiro custo dos alimentos é três vezes o que os americanos pagam por isso 

O infográfico mostra esta realidade. No lado esquerdo, o custo "mensurável". O custo oculto, que inclui custos de saúde, ambiente, biodiversidade e outros, é quase três vezes maior. 



Rir é o melhor remédio

 


12 outubro 2021

Alternativas Contábeis para Criptomoedas


As criptomoedas são recentes no mercado, mas provocam uma discussão interessante na contabilidade. E esta discussão refere-se a duas posições "possíveis" do seu tratamento contábil. 

Como é um assunto novo, os preparadores e os reguladores fazem uma escolha sobre qual a melhor forma de resolver o problema. A primeira solução é considerar que a criptomoeda seria um ativo financeiro. A segunda solução consideraria um investimento, a exemplo do intangível. 

Mas é importante observar que a questão não é de classificação, mas de mensuração (1). A determinação da criptomoeda como um ativo parece ser uma questão superada, mas a classificação traz, como consequência,  escolha de mensuração distinta.

No primeiro caso, a criptomoeda seria mensurada pelo valor justo. Isto significa dizer que quando existir uma valorização no seu preço, este acréscimo seria expresso no ativo, com um aumento no lucro. Mas existindo  uma redução no preço, isto provocaria um redução no valor, com reflexo negativo no resultado. Este tem sido o medo dos críticos desta opção, expresso no aumento da volatilidade da principal medida contábil de desempenho. 

A segunda alternativa é conservadora. Regularmente é confrontado o valor que está registrado na contabilidade com o valor de mercado. Caso seja inferior, é feita uma alteração no valor, para menos, com reflexos no resultado. Mas se o valor for positivo, o preparador não faz nenhuma alteração. Esta opção é criticada pelo conservadorismo e, portanto, por afastar do que o regulador decidiu chamar de "representação ficticia" (2). Não existindo a reavaliação, é o mesmo que ocorre com máquinas, equipamentos e outros ativos. Assim, esta opção não é nada de nova, mas tem sido criticada por mostrar somente um lado da história. 

A segunda alternativa é a opção adotada atualmente. Muitas empresas entendem que a atual opção é como não usufruir dos benefícios de uma valorização do ativo, mas colhe os ônus de uma desvalorização. É bem verdade que os bônus de um aumento nos preços da criptomoedas pode ser levado a resultado quando de sua venda, ou seja, este argumento parece não ser muito consistente. 

Para o mercado de criptomoedas o uso de valor justo ou valor histórico pode encorajar algumas empresas a aventurar neste tipo de aplicação, o que pode impulsionar os preços. Oferta e demanda aplicada pode ser um incentivo para ficar solicitando uma mudança nas regras. Para as empresas, a mudança nas regras contábeis não deveria alterar substancialmente sua capacidade de gerar riqueza. O valor de uma empresa não deveria estar na forma de apresentação dos montantes de ativos. Mas isto é o que aprendemos nos livros; a realidade parece indicar que a mensagem pode afetar o valor percebido pelo mercado. Isto pode ser um incentivo mais que suficiente para solicitar e pressionar 

Nota: Algumas destas questões são discutidas na quarta edição do livro de Teoria da Contabilidade. O fato das criptomoedas serem ativos encontra-se no capítulo 7 do livro. A adoção de mais de um tipo de medida tem uma discussão no capítulo 6. 

Nota 2: obviamente que é representação fidedigna ou representação fiel. Mas não resisti em fazer um trocadilho. 

Rir é o melhor remédio

 

Contador que é contador usa e-mail, não chat. Evidências...

11 outubro 2021

Licenciamento ocupacional não afeta a qualidade do mercado de trabalho


A exigência para exercício de profissão geralmente é defendida como um critério relevante para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Um exemplo, no Brasil, é o exame do Conselho Federal. Mas algumas pesquisas insistem em negar isto. 

 I examine the effects of occupational licensing on the quality of Certified Public Accountants (CPAs). I exploit the staggered adoption of the 150-hour rule, which increases the educational requirements for a CPA license. The analysis shows that the rule decreases the number of entrants into the profession, reducing both low- and high-quality candidates. Labor market proxies for quality find no difference between 150-hour rule CPAs and the rest. Moreover, rule CPAs exit public accounting at similar rates and have comparable writing quality to their non-rule counterparts. Overall, these findings are consistent with the theoretical argument that increases in licensing requirements restrict the supply of entrants and do little to improve quality in the labor market.

A última frase é relevante. A pesquisa está no NBER, o que é uma garantia de qualidade.

Atraso nos padrões ESG

Os profissionais financeiros estão enfrentando grandes obstáculos quando se trata de relatórios ambientais, sociais e de governança, de acordo com uma nova pesquisa, incluindo estruturas de divulgação concorrentes e às vezes conflitantes, metodologias de relatórios e demandas das partes interessadas.

O relatório, divulgado na quinta-feira [isto é, 23 de setembro] pela Financial Executives International's Financial Education & Research Foundation, entrevistou 53 diretores de contabilidade e controladores de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos, e descobriu que 53% dos entrevistados indicaram que ainda não haviam começado a integrar relatórios ESG com seus relatórios financeiros, enquanto 43% disseram que apenas começaram a fazê-lo. (...) A abundância de padrões e estruturas concorrentes também é um grande desafio, com 85% das empresas usando várias estruturas de relatórios ESG. Os profissionais de finanças relataram que tiveram dificuldade em ouvir em meio a todo o barulho e fornecer métricas ESG concisas e relevantes ao contar a história ESG de sua organização. (...)

Fonte: aqui