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27 agosto 2021

Política Monetária em tempos extradiordinários

 Resumo:

We characterize optimal monetary policy in response to asymmetric shocks that shift demand from one sector to another, a condition arguably faced by many economies emerging from the Covid-19 crisis and its aftermath. We show that the asymmetry naturally manifests itself as an endogenous cost-push shock, breaking divine coincidence, and resulting in inflation optimally exceeding its target despite elevated unemployment. In fact, there is no simple, possibly re-weighted, inflation index that is optimally targeted. When labor is mobile between sectors, the benefits of monetary easing can be even higher, if it translates into wage increases in the expanding sector.


Monetary Policy in Times of StructuralReallocation - Guerrieri et al.(2021)




ESG tem desempenho superior?

Sobre a sustentabilidade, a RealClear Foundation divulgou um relatório contrário a SASB:


Sem surpresa, as alegações de desempenho superior do ESG são contraditas por estudos.

As alegações de que as ações [de empresas] favorecidas pela ESG tiveram um desempenho superior durante o colapso do mercado por conta do Covid-19 desaparecem quando outros determinantes do desempenho das ações são controlados. Os fatores ESG foram associados negativamente ao desempenho das ações durante a fase de recuperação do mercado no segundo trimestre de 2020.

O corolário da tese do ESG - de que “estoques de pecados” com classificação baixa em ESG estão condenados a ter um desempenho inferior ao mercado de ações - é decisivamente refutado pelos dados. (...) 

O ESG é supostamente sobre a avaliação objetiva do risco de investimento. O objetivo declarado do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), um órgão apoiado por Michael Bloomberg, é fornecer um regime de divulgação que permita melhor aos investidores avaliar riscos, sendo o risco climático um dos principais.

Ao mesmo tempo, o SASB visa aproveitar o poder do mercado de capitais para fins políticos. Assim como a pandemia de Covid estava varrendo o mundo, a Bloomberg declarou a mudança climática a maior ameaça para a América e o mundo. (...)

O risco climático é principalmente sobre os custos potenciais de futuras regulamentações climáticas, mas as divulgações climáticas exigidas pelos criadores de padrões ESG são sistematicamente enganosas porque tratam o mundo como um espaço regulatório homogêneo. Os regulamentos climáticos são feitos pelos estados e variam do rigoroso e inatingível em partes da Europa ao praticamente inexistente em muitas outras partes do mundo. (...)

A discussão é sempre benvinda 

Foto: aqui

Valor dos unicórnios


De um jornal indiano

Os unicórnios tendem a 'especializar-se' na arte de comandar avaliações de bilhões de dólares, independentemente da sua rentabilidade (...) Infelizmente, estes conceitos de ações não têm qualquer valor a oferecer nas suas demonstrações financeiras, exceto vender sonhos poderosos com apresentações cor-de-rosa, para os quais existe um comprador pronto em cada fase, que também paga avaliações mais elevadas. 

Esse comprador é frequentemente referido como o "maior tolo" no mercado privado, que parece estar simplesmente a seguir o mantra de "quanto maior for o risco, maior será o lucro". Mas eles são investidores com um apetite de alto risco. 

Foto: Annie Spratt

Links


A Steinhoff (que no passado esteve envolvida em escândalo contábil) está tentando sobreviver 

A planta mais cara do mundo: US$20 mil em um leilão

10 fatos divertidos sobre a DC Comics (inclui que a letra Comic Sans tem sua origem nas letras de Batman)

Posição do Iosco sobre a sustentabilidade

Por que ninguém nunca concorda se os bloqueios de COVID valeram a pena?

Feliz aniversário de 50 anos, Southwest Airlines.


Rir é o melhor remédio

A racionalidade atende aos objetivos individuais? Bom, nem sempre a racionalidade é a melhor alternativa. Eis uma história adaptada daqui

O barbeiro diz para seu cliente: 

- Sabe aquele garoto que está vindo. É o menino mais idiota que já vi. 

Um garoto entra na barbearia. O barbeiro quer mostrar que tem razão e diz:

- Ei garoto, o que você esta nota de 20 reais ou estas duas notas de cinco?

O garoto escolhe as duas notas de cinco e sai da barbearia. O barbeiro diz:

- Viu como eu tinha razão.

Logo depois o cliente sai e vê o garoto comprando uma guloseima. E resolve ajudá-lo.

- Ei garoto, porque você escolheu as duas notas de cinco?

O menino responde:

- Se eu escolho a nota de 20 reais, o jogo acaba. 


26 agosto 2021

OnlyFans entre o financiamento e o cliente

A plataforma OnlyFans tem um grande crescimento nos últimos anos, conforme é possível perceber pelo gráfico abaixo:


Tendo surgido em 2011, o OnlyFans encontrou no conteúdo "adulto" uma base de criadores de conteúdo e seguidores. Mas muitos conteúdos eram explícito demais. Uma entidade que combate a exploração sexual, a NCOSE, começou a atuar junto às empresas financeiras para interromper os pagamentos para o OnlyFans. A grande pressão fez com que o site anunciasse que proibiria a publicação de conteúdo sexualmente explícito a partir de primeiro de outubro. 

Os bancos JP Morgan Chase, o Bank of New York Mellon e o britânico Metro teriam a transferência de recursos para o OnlyFans por conta da pressão. Mas o conteúdo sexual (para não dizer pornográfico) foi responsável pelo crescimento da base de clientes, e da receita, da empresa. Provavelmente a pressão dos produtores de conteúdo e dos clientes deve ter dado resultado. Logo depois do anúncio, parece que recuaram e retiraram a restrição. 

Como resolver esta questão? 

SEC agindo contra as empresas chinesas


A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, na sigla em inglês) começou a emitir novos requisitos de divulgação para empresas chinesas que buscam se listar em Nova York como parte de um esforço para aumentar a consciência dos investidores sobre os riscos envolvidos, segundo documento analisado pela Reuters e pessoas a par do assunto.

Algumas empresas chinesas já começaram a receber instruções detalhadas da SEC, que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, sobre uma maior divulgação de seu uso de veículos offshore conhecidos como entidades de VIEs (interesse variável) para IPOs (Oferta Pública Inicial); implicações para os investidores e o risco de que as autoridades chinesas interfiram nas operações da companhia.

No mês passado, o presidente da SEC, Gary Gensler, pediu uma pausa nas ofertas públicas iniciais norte-americanas de empresas chinesas e buscou mais transparência sobre essas questões. As listagens chinesas nos Estados Unidos pararam após a ação da SEC. Nos primeiros sete meses de 2020, essas listagens atingiram um recorde de US$ 12,8 bilhões, com as empresas chinesas se capitalizando no crescente mercado de ações dos EUA.

“Descreva como este tipo de estrutura corporativa pode afetar os investidores e o valor de seus investimentos, incluindo como e por que os acordos contratuais podem ser menos eficazes do que a propriedade direta, e que a empresa pode incorrer em custos substanciais para fazer cumprir os termos dos acordos”, disse uma carta da SEC vista pela Reuters.

A SEC também pediu às empresas chinesas uma divulgação de que “os investidores nunca podem deter diretamente participações acionárias na empresa operacional chinesa”, de acordo com a carta. Muitas VIEs chinesas estão incorporadas em paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman. Gensler disse que há muitas perguntas sobre como o dinheiro flui por meio dessas entidades.

“Evite usar termos como ‘nós’ ou ‘nosso’ ao descrever atividades ou funções de uma VIE”, afirma a carta.

Um porta-voz da SEC não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A SEC também forneceu requisitos de divulgação relativos ao risco de os reguladores chineses intervirem nas políticas de segurança de dados da empresa, disseram as fontes. No mês passado, poucos dias após o IPO da Didi Global, os reguladores chineses proibiram a gigante do transporte por aplicativo de cadastrar novos usuários. Esse movimento foi seguido por repressões contra empresas de tecnologia e educação.

A SEC também solicitou a algumas empresas mais detalhes nos casos em que não cumpram com a Lei de Prestação de Contas de Empresas Estrangeiras dos EUA sobre divulgações contábeis para reguladores. Até agora, a China impediu que as empresas compartilhassem o trabalho de seus auditores com o Conselho de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas dos EUA. No mês passado, a SEC removeu o presidente do conselho, que não teve sucesso em sua tentativa de garantir auditoria independente de empresas chinesas listadas nos EUA.

A ação da SEC representa o último golpe dos reguladores norte-americanos contra a China corporativa, que por anos frustrou Wall Street com sua relutância em se submeter aos padrões de auditoria dos Estados Unidos e melhorar a governança de empresas mantidas de perto pelos fundadores.

A SEC também está sob pressão para finalizar as regras sobre deslistar empresas chinesas que não cumpram os requisitos de auditoria dos Estados Unidos. (Com Reuters)

Fonte: aqui