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20 agosto 2021

Simulação climática


Site bem interessante, que apresenta a simulação sobre o comportamento do clima no futuro (via aqui). Informe os pressupostos e veja o que ocorre com a temperatura. Por exemplo, se o crescimento econômico for baixo, o aumento da temperatura cai de 3,6 graus para 3,3. 

No modelo, o preço do carbono é a variável mais sensível. Um preço alto pode reduzir o aumento para 2,6 graus, mantendo as demais variáveis constantes. 

No momento que estamos discutindo a incorporação da questão climática nas demonstrações contábeis, ferramentas como esta podem ser úteis na mensuração contábil. 

(P.S. Ainda não li/ouvi, mas o Five-Thirty-Eight tem um artigo recente sobre o assunto)

Incerteza Brasileira

 

Já comentamos sobre o índice EPU de incerteza política. Analisando os textos da Folha de S Paulo, os autores tentam refletir os problemas de um país. A figura acima é a representação gráfica mais recente do índice. O ano de 2017 foi bastante tenso e o índice atingiu 550 pontos. No início da pandemia, em março de 2020, foi de 369; em outubro, 345. Em julho, o índice baixou para 64, abaixo da média histórica de 133. 

Tempo


O tempo que a terra gira 

É o tempo que a tempo corre; 

O tempo que a vida tira 

Ao tempo que a gente morre. 

 

Sei que ao ser concebido 

Foi meu começo de vida 

Em cada dia vivido 

Fico mais perto da partida 

 

O curso da vida é breve 

Não importa o tempo vivido 

O peso da idade é leve 

Quando ele é bem vivido 

 

Sempre fui um adolescente 

Maduro, fazendo planos. 

Hoje um jovem experiente 

Com mais de oitenta anos.
 
(Baltazar Guimarães, técnico em contabilidade, atualmente com 95 anos) (Via aqui) (foto: Nathan Dumlao)

19 agosto 2021

Materialidade e ESG

Vincent Ryan comenta a questão da divulgação de informações ambientais, sociais e de governança (ESG) por parte de empresas dos Estados Unidos. A SEC tinha recebido mais de 400 comentários sobre a evidenciação do risco climático. O presidente da SEC, Gary Gensler, chegou a listar algumas das informações: detalhes como uma empresa gerencia assuntos relacionados ao clima, métricas sobre impactos na empresa, emissões de gases a partir das operações da empresa e de sua cadeia de valor, como as mudanças climáticas podem influenciar os negócios da empresa, entre outras questões. 


Mas a lista é muito ampla para caber em uma regra abrangente, segundo Ryan. E poderia violar um ponto importante na divulgação de informação: a materialidade. Este ponto é importante por filtrar informações importantes daquelas irrelevantes, defende Ryan. 

Até os mais fortes defensores dos padrões de mitigação e sustentabilidade do risco climático admitem que os investidores estão se afogando em informações de ESG das empresas, algumas das quais são irrelevantes porque não existe um padrão ou estrutura única para o que os emissores devem divulgar.

Há uma pressão para aceitar que toda informação sobre o clima seria material. Há uma norma do congresso dos Estados Unidos sobre o assunto, mas no passado os avanços do legislativo sobre o assunto de evidenciação empresarial relacionado com negócios no Congo foram derrubados no judiciário. Basicamente, a mistura de política (ou seja, congresso) com informação não seria relevante para as decisões de investimento. Em público, Allison Herren Lee (foto), da SEC, considerou que os investidores são os árbitros da materialidade. Isto realmente é muito interessante e deixa claro que este deve ser o usuário da informação contábil, não os políticos, que usam o discurso das necessidades da sociedade para cobrar mais informações.

Finalmente, é importante destacar que não está claro quem será o responsável pelas normas para evidenciação de informações de ESG nos Estados Unidos. A aceitação das normas da nova entidade da Fundação IFRS pode aproximar o Fasb dos outros países. Mas será que os Estados Unidos apostariam suas fichas em uma entidade que ainda não está estruturada e foi criada para "criar normas"? 

Como a Intel perdeu a batalha do chip ao focar no valor


(...) O salário executivo baseado em ações, na forma de opções de ações e prêmios de ações, criou incentivos para os CEOs da Intel fazerem recompras em larga escala para dar aumentos manipuladores no preço das ações da empresa. A Tabela 3 documenta a remuneração total, incluindo ganhos realizados com opções de ações e prêmios de ações, dos CEOs da Intel nas últimas três décadas. 

Dos US $ 170 milhões. na remuneração total que Grove levou para casa ao longo de seis anos como CEO, 90% foram obtidos ganhos com o salário baseado em ações, com 89% dos US $ 170 milhões. fluindo para sua conta bancária em 1996 e 1997, com o boom do mercado de ações na Internet decolando. Ajudado pelo boom e pela duplicação das recompras da Intel para US $ 6,8 bilhões. em 1998, a remuneração total de Barrett em seu primeiro ano como CEO foi de US $ 117 milhões., com 98% dos ganhos obtidos com o exercício de opções de ações. (...)

O argumento de Lazonick no seu artigo é que a Intel optou pela recompra de ações (e remuneração para executivos). Isto parecia que o mercado queria, focando sua política no aumento de valor. Mas deixou de investir em pesquisa e desenvolvimento. E agora desejam incentivos do governo. 

Links


Sem café da manhã ou enxaguante bucal: Um advogado de tecnologia chamado Paul Skallas argumenta que devemos colher mais sabedorias da Antiguidade 

Como a medicina controlou o corpo feminino ao longo da história 


Roteiro do FSB para lidar com riscos financeiros relacionados ao clima (de julho deste ano) 

85% das grandes empresas brasileiras elaboram relatórios de sustentabilidade, revela KPMG (o título do texto não identifica que a pesquisa é com empresas de grande porte)