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01 maio 2021

Nobel para Mileva

#NobelforMileva foi criado em defesa da igualdade de gênero e do reconhecimento feminino em ciência e tecnologia. É também um movimento global para defender a justiça, pedindo à Fundação Nobel da Suécia reconhecer o trabalho e o talento de Mileva Marić, a física e matemática sérvia que foi também a primeira esposa do físico Albert Einstein, vencedor do Prêmio Nobel em 1921 (exatamente 100 anos atrás). Mileva foi co-autora em muitas realizações acadêmicas do famoso cientista, incluindo a teoria da relatividade.

Uma das ações para lançar a campanha é um vídeo sobre plataformas digitais com uma breve história de Mileva Marić e um convite para mulheres e pessoas de qualquer identidade de gênero pegarem selos de língua de fora e depois colocá-los nas mídias sociais, dando novo significado ao gesto que transformou Albert Einstein em um ícone pop e representação de um gênio. O gesto é o principal símbolo para representar a luta pela igualdade de direitos.

Além da mobilização digital, a campanha reconhece a contribuição de Mileva para a ciência em outras frentes, incluindo pinturas, grafites, murais e até mesmo tatuagens do rosto do primeiro cônjuge de Albert Einstein, feitas por artistas de diferentes partes do mundo. O movimento inclui estátuas de busto da cientista com a língua para fora, que podem ser impressas em 3D para serem exibidas em universidades de classe mundial.

O movimento também conta com a "Milevas of the Future", um curta de animação, com a história de três garotas apaixonadas pela ciência e que encontram em Mileva Marić o incentivo necessário para seguir seus sonhos .

    

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


Nem toda evidenciação é boa. Agassi e Becker foram grandes tenistas e no vídeo Agassi conta como conseguia saber como Becker iria sacar. E como guardou esta informação - evidenciada sem querer por Becker - para atingir seu objetivo.  

Pandemia e as grandes empresas de tecnologia


Representando 25% do valor de mercado da SP500, as cinco grandes empresas de tecnologia foram as vencedoras do mercado nos últimos trimestres. O gráfico apresenta a mudança da receita trimestral, entre 2016 e o início de 2021. Todas tiveram uma mudança substancial nos últimos trimestres. 

30 abril 2021

Fundação IFRS cria comitê de sustentabilidade


Em uma decisão já esperada, a Fundação IFRS, entidade que regula as normas internacionais de contabilidade, resolveu mudar sua "constituição". O objetivo é criar um novo conselho de padrões de sustentabilidade. Isto inclui: 

a) mudança no seu objetivo, já que a Fundação teria dois criadores de padrões, a IFRS e ISSB ou International Sustainability Standards Board. Segundo a Fundação IFRS, seu objetivo seria "desenvolver, no interesse público, um único conjunto de padrões de sustentabilidade de alta qualidade, compreensíveis, exequíveis e globalmente aceitos com base em princípios claramente articulados". 

b) mudança na estrutura organizacional 

c) o ISSB teria 14 membros, nomeados pelos curadores, com a possibilidade de ter membros de meio período. Isto é interessante, já que o board atual não tem esta possibilidade. Será que isto decorre de uma questão orçamentária? A distribuição geográfica seria: três membros da região da Ásia-Oceania, três membros da Europa, três membros das Américas, um membro da África e quatro membros indicados de qualquer área. Esta proposta ainda está em discussão.

Novas minutas de normas para o Setor Público


O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) colocou em audiência pública, a partir desta quarta-feira (28), cinco Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) convergidas às normas internacionais. Quatro delas abordam instrumentos financeiros e a outra tem como foco a substituição da norma de custos em vigor. 

Os comentários podem ser enviados até o dia 1° de agosto de 2021. 

 São elas: NBC TSP 30 – Instrumentos Financeiros: Apresentação, referente à IPSAS 28 – Financial Instruments; NBC TSP 31 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, referente à IPSAS 41 – Financial Instruments; NBC TSP 32 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Contabilidade de Hedge) - Aplicação Residual, referente à IPSAS 29 – Financial Instruments: Recognition and Measurement; NBC TSP 33 – Instrumentos Financeiros: Divulgação, referente à IPSAS 30 – Financial Instruments: Disclosures; e a NBC TSP 34 - Custos no Setor Público. 

Para conhecer o texto das minutas na íntegra, clique aqui.

Destas normas, a TSP 34 está esperando muitos comentários, pois não é mera tradução das IPSAS.

Rir é o melhor remédio


 Como reter talentos

29 abril 2021

As lições do fracasso da Superliga


A recente tentativa de criação de uma Superliga, com alguns dos maiores times europeus, trouxe algumas reflexões sobre a questão do dinheiro e o futebol. Os clubes tentaram impor um torneio sem rebaixamento, da forma como ocorre na liga de basquete profissional dos Estados Unidos, mas uma reação negativa fez com que voltassem na sua decisão. O jornal Estado de S Paulo traz uma entrevista com Simon Kuper, co-autor de Soccernomics. 

Como fazer o futebol ser mais lucrativo? 
Nós sabemos que no Brasil os clubes sempre tiveram dívidas e alguns até foram à falência. Mas são recriados. Um time de futebol nada mais é do que ter uma camisa e um nome. Um exemplo: se o Flamengo for à falência, você recria um Flamengo amanhã de manhã com as mesmas cores e terá a mesma torcida. Se você analisar os clubes mais antigos da Inglaterra, os quase os mesmos que existiam em 1921 continuam existindo hoje. Os clubes sobrevivem a todas as recessões, crises, suportaram tudo. Vale lembrar do exemplo da Fiorentina, na Itália. O clube faliu e voltou. Muitos dirigentes falam da importância de se dirigir um clube como se fosse uma empresa. 

Por que isso é tão difícil de se concretizar? 
Porque as pessoas dos clubes e a mídia não estão interessados em processos. Se você está em uma companhia, você tem de obter lucro e resultados para se manter. No futebol, a imprensa, a torcida, os jogadores e os dirigentes não se importam se vai ter lucro. Se você vende um jogador por 50 milhões de euros, o clube pode considerar que teve essa quantia como lucro, certo? Mas não. A torcida e a mídia vão querer que esses 50 milhões de euros sejam gastos em reforços. A cultura é de gastar todo centavo que tiver em jogadores, porque quanto mais você gastar, mais você terá atletas de qualidades e mais poderá vencer. É impossível afastar o dinheiro do futebol. A cultura é de gastar todo centavo que tiver em jogadores, porque quanto mais você gastar, mais você terá atletas de qualidades e mais poderá vencer. É impossível afastar o dinheiro do futebol 

Nos últimos anos, empresas como Red Bull e o City Football Group adquiriram e montaram vários clubes pelo mundo comandados pelos mesmos donos. Como você vê esse processo? 
A lógica do Red Bull não faz isso para ter lucro. Faz como propaganda. Você quase não vê a marca deles em ações publicitárias na TV, mas sim associada a eventos esportivos e a times. É um tipo de marketing. No caso do City Football Group, eles compraram um time no Uruguai, onde é barato. É importante relembrar o quanto o futebol traz fama. Você pode ser um bilionário, mas ninguém se importa com isso. A partir do momento que você compra um time de futebol, todo mundo sabe quem você é. 

É possível apostar que um dia o futebol terá gestão 100% profissional? 
Na Europa isso tem melhorado nos últimos dez anos. Porém, quando alguém assume o clube, recebe uma herança do passado financeiro. Muitas vezes você tem na diretoria ex-jogadores e outras pessoas que trazem para o comando seus amigos. O processo de seleção é muito ruim. E você pode manter o negócio dessa maneira porque o clube não vai falir. Você pode assumir o Flamengo e fazer uma má gestão que continuará sendo o Flamengo. O clube sempre existirá. Agora, se você tiver um mercado e não cuidar da gestão, ele vai fechar. 

A pandemia e a Superliga deixam algum legado de aprendizado? 
Eu acho que a Superliga será abandonada por algum tempo, o que é de certa um aprendizado. Futebol envolve negócios com direitos de transmissão e também com o segmento de eventos, como um teatro ou um concerto musical. O coronavírus matou esse segmento de eventos ao vivo. E com certeza isso vai acabar, é temporário. Isso não vai afetar a forma como é operado o negócio do futebol. Isso vai voltar ao normal.