Como assim? Com a recuperação das duas potências, que devem crescer entre 6% e 7% nesse ano, aumenta a procura por produtos primários (minério de ferro, soja, açúcar, petróleo, etc), que são commodities com forte peso na balança exportadora brasileira.
Analistas já enxergam o momento como um novo “superciclo de commodities”, uma janela de oportunidade para sairmos da crise.
Há quem espere uma expansão de 59% na exportação agropecuária e de 34% na indústria extrativa em 2021. Especialistas em investimentos acreditam que as empresas tradicionais brasileiras — da “economia real” — tendem a sair ganhando.
Para entender a importância: as commodities representam mais de 60% de tudo o que é exportado pelo Brasil. Somado à alta do dólar, o saldo comercial deve ter recorde. No último ano, o petróleo, o minério de ferro e a soja tiveram altas de mais de 100%.
Outro fator importante… A expectativa é que o pacote trilionário de Joe Biden para a infraestrutura aumente a procura por produtos como minério de ferro e aço.
Risco futuro: Em relação a soja, a China está querendo complicar as coisas. O país, que é o maior importador de grãos no mundo, determinou que cada província terá que produzir anualmente pelo menos 650 milhões de toneladas de soja. O objetivo é claro: tornar-se independente de nações exportadoras no longo prazo, como Brasil e EUA.