Um dos desafios da contabilidade ambiental é estimar o valor do impacto ambiental. Por ser algo que irá afetar diversas gerações no futuro, a taxa de desconto tem um papel crucial neste processo, assim como o seu valor (custo, em alguns métodos). Um dos métodos usados para avaliar o impacto da emissão de carbono é através do preço do carbono. O método já foi considerado uma opção importante para a OECD, a entidade que reúne diversos países ricos do mundo ocidental (vide, por exemplo, o documento Adapting Transport Policy to Climate Change, de 2016).
Além disto, a taxa de desconto deve ser usada pelas empresas nas decisões de investimento. Um taxa de desconto que leva em consideração o custo do carbono, via preço de mercado, pode tornar viável ou inviável certos projetos.
A Comunidade Europeia resolveu atuar via o preço do carbono no mercado. Veja a notícia do Financial Times de 16 de março (Accounting needs to be stepped up for climate change costs, Alan Livsey)
A UE reduziu a oferta de créditos disponíveis para a indústria e acelerou a taxa necessária de redução de emissões nos 40 anos a 2030 de 40% a 55%. Isto ajudou a empurrar o preço do carbono da UE a $48 por tonelada, um aumento de 83 por cento em um ano.
Por sinal, o texto do Financial Times lembra que algumas empresas estão dispostas a evidenciar certas informações ambientais, desde que isto não obrigue reconhecer como despesa as consequências para o ambiente.