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10 março 2021

A Era de Ouro da Ignorância

Não concordo, mas Tim Hadford é provocativo ao afirmar que estamos na era de ouro da ignorância:

(...) Como chegamos a isso? A explicação mais simples - para reaproveitar uma frase do ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers - é: “Existem idiotas. Olhe em volta." Mas embora haja uma certa satisfação visceral nessa explicação, há muito mais coisas acontecendo.

Robert Proctor, um historiador, cunhou o termo “agnotologia” [vide aqui] para descrever o estudo acadêmico da ignorância. Ele se interessou pelo fenômeno depois de estudar o esforço bem-sucedido da Big Tobacco para semear dúvidas sobre as evidências científicas sobre os riscos dos cigarros.

Três elementos [ajudam a explicar isto e] vale a pena destacar - nenhum deles [é] inteiramente novo.

Primeiro, distração. É possível que as pessoas gastem horas todos os dias consumindo o que é descrito como “notícias”, sem nunca se envolver com nada significativo. Algumas distrações são óbvias: fazer o sudoku não ajudará você a entender as implicações do acordo comercial pós-Brexit, assim como olhar para fotos de celebridades.

(...) Em segundo lugar, tribalismo político. Em um ambiente polarizado, toda afirmação factual se torna uma arma em um argumento. (...)

As distrações nos impedem de prestar atenção ao que importa, e o tribalismo político nos faz rejeitar evidências que colocam nossa tribo em uma posição ruim. Combine os dois, adicione esteróides e você terá o terceiro elemento da era da ignorância: o pensamento conspiratório.

Os pensadores da conspiração dedicam enorme energia mental para extrair significado de trivialidades. Evidências esmagadoras podem ser descartadas como notícias falsas fabricadas pela conspiração. Então, a ignorância pode ser banida? Não é fácil. David McRaney, criador do livro e podcast You Are Not So Smart , e Adam Grant, autor de Think Again , oferecem conselhos semelhantes: não comece com os fatos.

Em vez disso, estabeleça um relacionamento, faça perguntas e ouça as respostas. (Desnecessário dizer que isso é muito mais fácil em uma conversa na vida real do que nas redes sociais.) 

(...) Em vez de tentar esclarecer outra pessoa, sugiro que cada um de nós comece com seus próprios pontos cegos. Estamos todos distraídos. Todos nós também temos tribos: sociais, senão políticas. Somos todos vulneráveis, então, a acreditar em coisas que não são verdadeiras. E somos igualmente vulneráveis ​​a negar ou ignorar verdades importantes. Devemos todos desacelerar, nos acalmar, fazer perguntas e imaginar que podemos estar errados. É um conselho simples, mas muito melhor do que nada. É também um conselho muito fácil de ignorar.

Minha opinião é que a ignorância sempre existiu. Talvez agora seja mais fácil de mapear.

Imagem: aqui

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 Como o sucesso acontece

09 março 2021

Clima e relatório para instituições financeiras


Duas semanas depois da eleição do presidente Joe Biden, o Partnership for Carbon Accounting Financials (PCAF) lançou o primeiro Global Greenhouse Gas Emissions Accounting and Reporting Standard for the Financial Industry.

Com estes padrões, as instituições financeiras podem medir e divulgar suas emissões em razão dos empréstimos e financiamentos (e investimentos) que fizeram. 

Aqui um relatório de um funcionário das Nações Unidas sobre a questão do clima e as instituições financeiras.

A Febraban, uma entidade que reuni as instituições financeiras brasileiras, está apoiando este esforço e foi citada em um relatório de um Força-Tarefa sobre Divulgações Relacionadas com o Clima (TCFD).

Mudança na definição de Estimativas Contábeis


O Iasb (via aqui), entidade que emite normas contábeis de contabilidade financeira, está propondo uma alteração em um antiga norma, o IAS 8. Esta norma trata da questão de políticas contábeis e estimativas contábeis. A proposta é que a norma entre em vigor em 2023. 

A distinção é importante, pois mudanças de políticas contábeis tem um efeito retroativo. Já as mudanças nas estimativas contábeis são registradas em termos prospectivo. Ou seja, é um assunto com impacto nas demonstrações contábeis de muitas empresas. 

Achei interessante a proposta de definição de estimativa contábil. Segundo a proposta as estimativas são “valores monetários nas demonstrações financeiras que estão sujeitos à incerteza de mensuração”. Bastante abrangente, não? 

Imagem: aqui

Auditoria de ESG


Os relatórios que combinam as questões sociais, ambientais e de governança estão na moda. Uma novidade é que os auditores podem contar com uma espécie de manual para o trabalho na área.

Uma parceria entre o AICPA e o CAQ, o relatório pretende ajudar os auditores na questão relacionada com a ESG, sigla para os três termos (ambiente, social e governança). O documento pode ser obtido no link acima. 

Sorteio: Fraudes Contábeis

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